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Capítulo cento e cinquenta e sete: Amor único.
Por: Andrew Delluca.
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O amor dos pais pelos filhos não diminui conforme eles crescem, nem a necessidade de cuidar e protegê-los. Mesmo quando eles voam e começam a criar suas próprias vidas, nós ainda queremos que eles saibam que estaremos sempre por perto para quando precisarem de apoio.
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Ligação on.- mãe?
- oi amor - ouvi ela bocejar - o que aconteceu filho?
- Meredith está no hospital - falei. Senti o nó preso em minha garganta, estava ali desde o momento que Meredith ligou, e ainda não havia se desfeito, acreditava que não aconteceria logo, era medo de algo ruim acontecer.
- Andrew! O que aconteceu com ela?
- o que houve? - ouvi meu pai perguntando, odiava sentir que os tirava do conforto deles, mas precisava mais do que de ajuda, precisava ouvir eles.
- seu pai está ouvindo também.
- ela tá grávida - falei sorrindo e chorando ao mesmo tempo - vocês vão ser avós.
- que notícia incrível - meu pai falou, ao mesmo tempo que minha mãe falava.
- meu amor, que notícia maravilhosa - Elise parou por um segundo então perguntou - porque ela está no hospital?
- ela se queixou de cólicas nas últimas semanas, a médica falou que se aumentasse deveria ir ao hospital, devido ao acidente que ...
Engoli em seco tentando diluir aquele bolo em minha garganta, mas não ajudou.
- filho - havia uma certa dor em sua voz - onde ela está agora?
- no quarto, já foi medicada, teve um pequeno sangramento... Mas o médico de plantão falou que está tudo bem com o bebê, mas pediu para ela ficar em observação até amanhã quando a obstetra dela chegar.
- se ele falou, então é o melhor... Chego aí mais tarde.
- mãe.
- você está trabalhando, ela não pode ficar sozinha... Chego amanhã.
- tenho que ir para Washington na quarta, mas vou com sua mãe, fico esses dois dias com vocês, e ela fica até poderem voltar.
- eu amo vocês. Meredith pediu para ligar só pela manhã, mas ela dormiu, e eu estou com a cabeça a mil... Ela não pode perder esse bebê.
- e não vai - Elise afirmou, eu amava quando minha mãe falava daquele jeito, seu tom era tão amoroso, parecia que ela era capaz de resolver tudo, mesmo que não pudesse, eu sentia que ela era a única a conseguir o impossível - vamos saber o que precisa ser feito para que fique tudo bem, e vamos seguir à risca.
- vamos chegar aí em algumas horas, já estou providenciando nosso vôo - ouvi meu pai falar.
- desculpa acordar vocês - suspirei, ainda eram três da manhã, mas eu não conseguia dormir, não conseguia me acalmar, precisava conversar com alguém, na verdade precisava falar com eles, com as pessoas que mais confiava no mundo.