Capítulo Oito. - Novas experiências.

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Flashback.

Mesmo depois de Dylan ter se mudado, eu fazia questão de ligar pra ele todos os dias, para poder lhe contar tudo o que acontecia na minha vida. Era como escrever em um diário.

Me lembro do último telefonema que o dei. Brad me ajudou a me livrar de um cara no shopping, dizendo que era o meu namorado. Mesmo que ele não fosse de verdade aquelas palavras mexeram comigo. Ter Brad como namorado era tudo o que eu queria, e aquele teatrinho me fez sentir um gostinho de como seria se aquilo fosse real.

—  Ele disse que era o seu namorado? — Dylan perguntou do outro lado da linha telefônica.

— Sim. Isso não é o máximo?!

— Ele só quis te ajudar...

— Eu sei, mas eu sinto que um dia ele pode me enxergar como uma namorada de verdade.

— Você está ficando iludida mesmo.

— Ei, não me julgue! — brinquei.

— Por que você não consegue esquecer o Brad?

—  Porque eu não me vejo com mais ninguém... acho que sempre vou ser apaixonada por ele. — suspirei.

Dylan ficou em silêncio por um tempo. Olhei a tela do meu celular, para conferir se a ligação não tinha caído. Mas as minhas dúvidas sumiram quando ouvi a respiração do meu amigo.

—  Dylan, você ainda tá aí?

— Estou... mas eu preciso desligar.

— Tudo bem, até amanhã!

 —  Até.

No dia seguinte eu liguei pra ele, mas ele não me atendeu. Ele começou a responder apenas as minhas mensagens, e ainda assim, muito vagamente. Nunca entendi aquele afastamento, achei que fosse uma fase, mas eu estava errada.

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Dias atuais.

— É sério, amiga, você precisa sair dessa bad! — Eva disse enquanto mexia em meu guarda-roupa.

— Eu só queria entender o porquê de ele não me querer por perto...

— Vai ver ele é apaixonado por você, e você partiu o coração dele.

— O que? Sem chances!

O Dylan apaixonado por mim? Parece até uma piada. Nós sempre nos vimos como amigos, e nada além disso.

— Eu não duvidaria. — cantarolou.

— Eu posso saber a razão de você estar bagunçado o meu guarda-roupa?! — mudei de assunto.

— Vai ter uma resenha na casa do Jônatas, e nós vamos!

— E quem disse que eu vou?

— Eu.

— Você não manda em mim!

— Mas você é a minha melhor amiga, e vai me ajudar a ficar com esse garoto!

— Você está me manipulando.

— Então aceite ser manipulada, porque agora sou sua única melhor amiga, o Dylan pulou do barco.

— Você é má!

— E você me ama mesmo assim, que fofa! — brincou.

— Que autoestima, viu. — zombei.

— Mas falando sério, você precisa me ajudar, por favorzinho! — Fez bico.

— Tá, eu vou. — me dei por vencida.

NÃO ERA VOCÊOnde histórias criam vida. Descubra agora