Capítulo Trinta e três - A Páscoa

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Sempre adorei a Páscoa, não só por conta do chocolate, mas também por conseguirmos reunir todos os nossos amigos. Isso sempre tornou esse dia ainda mais especial.

Em todos os anos a minha mãe faz um almoço e chama os Ribeiro's e os Rocha's. Nós trocávamos chocolates e passávamos o dia inteiro brincando. Era um dos meus dias favoritos do ano, bom... até Dylan ir embora. Sem ele a nossa pequena comemoração ficou sem graça. Por um bom tempo tudo pareceu ficar sem graça pra mim.

O engraçado é que agora que ele voltou eu não faço ideia se ele vai vir. Eu não faço ideia se vai ser confortável se ele vier. E eu não sei como vou me sentir caso ele não venha. O meu coração chega a acelerar em nevorsismo com tantas possibilidades.

— Hannah, você já está a dez minutos na frente desse espelho! — Olívia disse impaciente.

— Que mentira, não devem fazer nem cinco minutos!

—  Não entendo o porquê de querer estar tão arrumada. Você nunca se importou muito com isso.

— Você sempre me incentivou a ser mais vaidosa, e é isto o que estou fazendo.

— Bom, de qualquer forma se apresse, os convidados já começaram a chegar.

— Quais convidados?

— Os Rocha's.

— Avise que já estou descendo.

— A Eva não vem mesmo?

— Não, ela viajou com a família para o interior.

— E você nem queria que ela vinhesse, não é?

—  Você sabe que esse sempre foi o meu feriado com a família e com...

— Os meninos, eu sei.

— Vou passar perfume e já desço, ok?

— Ok, mas não demore!

Espirrei um pouco do perfume no meu corpo e me olhei mais uma vez no espelho. Acho que estou preparada para o dia de hoje. Preparada para o qualquer coisa que aconteça.

Se ele vier vou tentar agir naturalmente, mas se ele não vier... vou tentar não ficar tão decepcionada.

Respirei fundo antes de descer as escadas. Não sei porquê estou tão nervosa, é uma Páscoa como as outras, não é?

Quando cheguei na sala Brad correu para me abraçar. Ele disse que estou muito bonita, e o meu coração acelerou drasticamente com tal elogio.

Ele sempre me disse que eu era linda, mas nunca vou me cansar de ouvir. Saber que o cara,por quem você sempre foi perdidamente apaixonada, te acha bonita é uma sensação maravilhosa.

Comprimentei os pais de Brad, e quando percebi ambas famílias já haviam engatado em uma conversa.

A todo o momento meus olhos fitavam a porta, na expectativa de que Dylan pudesse chegar a qualquer momento.

Será que ele não vem?

—  O que você tanto olha pra porta, querida?

—  Nada, mãe.

— Ok... Já que não é nada, você pode me ajudar na cozinha?

— Claro.

— Coloca aquele peixe na travessa, por favor. — pediu assim que chegamos no cômodo. — A mesa desse ano vai ficar mais bonita do que a do ano passado! — disse com animação.

—  É...

— O que está passando na sua cabecinha, querida? Você  está tão cabisbaixa.

—  Estou?

NÃO ERA VOCÊOnde histórias criam vida. Descubra agora