"Maior desejo"Beijei-a com uma vontade aterradora. Tinha necessidade dela, da sua boca, do seu cheiro, do seu corpo inteiro. Era uma urgência que me tirava do sério.
Sabia que precisava tê-la imediatamente, do contrário poderia morrer de tanto desejo. Prendi-a em meus braços e a apoiei na parede, deixando-a sem saídas. Adorava a ideia de sua incapacidade de se afastar.
Já estávamos quase sem fôlego, mas não parecíamos dispostos a nos afastar nem tão cedo.
Maraisa apertou os braços ao redor do meu pescoço, assanhou os meus cabelos e gemeu baixinho entre os meus lábios. Deliciosa. Já a queria tanto que chegava a doer. Entretanto, era uma dor diferente, distinta da que eu estava sentindo antes de ela chegar.
Aquela era gostosa, causava-me um prazer indescritível.
Havia uma tonelada de vestido que me impedia de tocá-la melhor, por isso Maraisa se manteve na vantagem. Com as mãos apressadas, puxou a minha camiseta para fora, sacudindo-a em um canto desconhecido. Logo, seus dedos iniciaram uma sessão frenética de exploração; tocou-me o peito, os ombros e o abdome. Deixei-me levar pela sensação incrível das suas mãos macias pegando para si o que, de fato, lhe pertencia.
Não pude esperar nenhum segundo a mais. Já morria de tesão, de modo que minha ereção já não cabia direito dentro da bermuda.
Peguei Maraisa nos braços, do mesmo jeito que os recém-casados costumam fazer. Se parássemos para pensar, a situação chegava a ser hilária; ela não havia se casado, e nem eu não era seu marido, mas, mesmo assim, lá estávamos nós, agindo de um jeito surpreendentemente natural.Guiei-a através do corredor, sabendo exatamente onde a queria: na minha cama. Não ousei tirar meus olhos dos seus.
Também não consegui conter as lágrimas, que eram devidamente enxugadas pela Maraisa. Não me julgue, eu tinha fortes motivos para chorar, que se resumiam na emoção de compreender que Maraisa era minha, que aquela palhaçada inteira havia se resolvido, que eu finalmente tinha ganhado a guerra depois de tanto lutar...O alívio era imenso, como se eu pudesse finalmente voltar a respirar depois de quase ter me afogado em um mar de amargura e decepção.
Seu vestido se misturava com a cauda comprida, deixando o corredor tomado por uma onda branca.
Aquele momento poderia acontecer apenas uma vez na vida de uma pessoa, mas algo dentro de mim sabia que se repetiria.Eu guiaria Maraisa nos braços dentro de um vestido de noiva, só que, quando acontecesse, estaríamos com nossas alianças na mão esquerda. Exatamente, eu queria me casar com ela. Na verdade, podia fazer aquilo no dia seguinte, se permitisse. Para quê esperar?
Só não o faria naquela noite porque não a tiraria da minha cama nem tão cedo.Um raio de lucidez me fez pensar no noivo dela. O idiota otário. O cara devia estar, no mínimo, arrasado.
Não me permiti sentir pena do sujeito.Depois conversaria com a Maraisa sobre ele, tenho certeza de que o fato de tê-lo magoado a constrangia. Entretanto, não podia permitir que o nosso momento fosse estragado pelos problemas que certamente teríamos que enfrentar. Juntos.
Sorri para a Maraisa, achando lindo seu gesto de enxugar minhas lágrimas com tamanha delicadeza. Ela sorriu de volta e enterrou o rosto no meu pescoço, dando-me um cheirinho que foi capaz de me deixar arrepiado.
Ainda era impressionante para mim o fato de amá-la tanto. Nunca pensei que fosse sentir algo tão forte na minha vida, o que me fazia ter certeza absoluta de que a amaria para sempre.
Depositei Maraisa na minha cama, deixando-a de bruços. Minha ideia era retirar aquele vestido, que estava me atrapalhando bastante. Precisava tocar seu corpo branquinho, tinha que senti-la entre meus dedos. O tecido se fechava atrás com fitas brilhantes, semelhante a um espartilho. Ia ser complicado e um pouco demorado, mas não queria que nosso clima se partisse. Decidi fazer daquele momento algo íntimo para nós, portanto fui retirando as amarras devagar, parando vez ou outra para massagear a carne que ia ficando exposta aos poucos.
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The Trip "Danisa"
FanfictionTotalmente fora dos seus planos, Maraisa concorda com uma despedida de solteira...