4º Capítulo "4 dias depois..."

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"4 dias depois..."

Acordar com a Maraisa nos braços era uma injeção de ânimo a cada manhã. Sua presença era a tinta que coloria o meu mundo inteiro; as coisas ganhavam novos sentidos e a minha vontade de viver era ampliada. Estava começando a me acostumar com aquelas novas expectativas, certamente sentiria muita falta nos dias em que dormíssemos separados.

–Bom dia, príncipe – ela sussurrou, erguendo os braços para se espreguiçar.

–Bom dia, princesa.

–Que calor! Estou toda suada.

Maraisa nos livrou da manta grossa que ontem à noite foi muito útil, mas que agora oferecia a sensação de que estávamos cozinhando. As roupas que usávamos também não ajudavam; camisas e calças compridas de moletom.

Tirei a camisa rapidamente. Maraisa se levantou e fez o mesmo, só que tirou tudo e ficou apenas de calcinha. Meu cérebro fez questão de me trair mais uma vez, imaginando todas as coisas que eu podia fazer com ela naquele quarto. Sua pele branca exposta e os seios deliciosos estavam praticamente berrando por mim.

Aquela abstinência estava acabando comigo. Podia sentir cada pedaço de mim arder de desejo, implorando para que fizesse alguma coisa a respeito.
Minha ereção deu sinal de vida quase que imediatamente. Respirei fundo e desviei os olhos, tentando me concentrar em outra coisa.
Maraisa não ajudava; desfilou graciosamente até uma das janelas e a abriu ao máximo, deixando o sol quente entrar e iluminar o quarto. Sua pele brilhou com o toque dos raios.

–Fique aí – falei, levantando-me.

Ela virou na minha direção com uma expressão de dúvida nos olhos escuros, mas permaneceu rente à janela.

Abri o armário – organizamos todas as nossas coisas nas gavetas e compartimentos ainda no dia anterior – e peguei a bolsa que continha uma câmera fotográfica profissional. Precisava tirar uma foto daquilo.
Maraisa entendeu o que eu ia fazer e deixou o rosto corar.

–Cubra os seios com as mãos, linda – pedi, fazendo os últimos ajustes para conseguir o efeitoque eu queria.

Ela obedeceu, encarando-me de um jeito selvagem. Meu sexo latejou dentro da calça, a excitação atingindo um limite insuportável.

–É para sorrir?

–Você decide... Seja espontânea.

Tirei a primeira foto antes mesmo que Maraisa se preparasse. Ela não fez poses, apenas sorria de leve e me observava ternamente.
A vista da janela era composta por uma vegetação verde e vasta, que contrastaram com os raios de sol e sua pele. Seus cabelos voavam um pouco com algumas rajadas de vento que entravam sem pudor.

Acho que tirei umas cinquenta fotos.

–Nem quero ver essas fotografias, devem ter ficado horríveis. Não pelo fotógrafo, mas pela modelo – falou, aproximando-se de mim.

–Ficaram belas, principalmente por causa da modelo.

–Duvido muito. A não ser que quem as ver gostar de contar estrias e celulites. Preciso emagrecer com urgência.

Larguei a máquina em cima de um criado-mudo, feito de madeira envelhecida, e a puxei com força. Maraisa soltou um grito fino, um pouco assustada com meu movimento brusco. Em segundos, ela estava deitada na cama com o meu corpo prendendo o seu.

–Em primeiro lugar, ninguém vai ver essas fotos. Eu não permitiria que ninguém admirasse aminha mulher desse jeito – rosnei. – Em segundo lugar, você é linda. Cada pedacinho seu me deixa louco, Maraisa. Pare de falar besteiras.

The Trip  "Danisa"Onde histórias criam vida. Descubra agora