𝟏𝟏𝟕. 🇧🇷𝐈𝐭𝐚𝐥𝐨 𝐅𝐞𝐫𝐫𝐞𝐢𝐫𝐚

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Tema: aquele em que a autora escolhe

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Tema: aquele em que a autora escolhe


Ítalo point of view

Dia de praia e eu trouxe a Íris para passar o dia aqui. A minha noiva viria mais tarde por conta do trabalho, então fiz questão de cuidar da filha dela.

A pequena Íris tem sete anos, ela é filha de um antigo relacionamento da minha noiva. O progenitor da pequena sumiu assim que soube da gravidez, ele nunca apareceu para saber da pequena.

Quando conheci a S/n, a pequena tinha quatro anos. Ela é um doce de garota, apesar de ser levada e bagunceira. Íris e eu temos uma relação de pai e filha, apesar dela nunca ter me chamado de pai.

Quando assumi meu relacionamento com a S/n, eu também assumi a responsabilidade de ser pai da filha dela. E não me arrependo de nada, em breve vou colocar meu sobrenome na pequena.

O meu sogro e sogra também vieram com a gente, alguns tios da minha noiva também. A pequena insistiu muito para surfar e não tive como recusar.

― Você transformou a minha neta em uma peixinha ― meu sogro negou com a cabeça ― Acredita que ela me pediu uma prancha nova?

― Que? ― falo surpreso ― Ela também te pediu isso?

― Como assim também? ― o tio de S/n entra na conversa ― Ela me pediu uma prancha roxa.

― Não, ela me pediu uma rosa ― meu sogro diz.

― E pra mim, ela pediu uma prancha azul ― cruzo os meus braços.

― Essa garotinha de sete anos passou a perna na gente? ― meu sogro diz indignado.

― É só um de vocês darem a prancha ― o primo de S/n diz.

― Mas eu já comprei ― falo e olho para eles ― Vocês escolhem outra coisa.

― Que outra coisa? Rapaz, eu já comprei também e ainda comprei a roupinha de surf ― meu sogro nega com a cabeça.

― Íris vem aqui ― o tio dela grita.

A pequena sorri e corre na nossa direção. Na mesma hora o nosso semblante sério suaviza, a garotinha tinha todo mundo na palma da mão dela.

― Oi, tio ― ela sorri.

― Você passou a perna na gente, pequena? ― pergunto e ela me olha confusa ― O que você me pediu de aniversário? ― pego ela no colo.

― Uma prancha azul ― ela dá de ombros.

― E pediu isso para mim e pro seu tio também, mocinha? ― meu sogro diz e ela ri.

― Não, vovô ― ela ri mais ainda ― Eu pedi uma prancha rosa para você e uma roxa pro tio Chico. Então não foi a mesma coisa.

Todos ficam sem resposta e soltamos uma risada, faço cócegas nela e ela solta gritinhos.

― Mas o que você vai fazer com todas essas pranchas? ― meu sogro pergunta.

― O papai tem várias e eu também quero ― ela diz simplesmente me fazendo ficar surpreso ― A mamãe vindo ali ― ela desce do meu colo.

Vejo a minha noiva vindo na nossa direção sorrindo e eu ainda estou surpreso por ela ter me chamado de papai.

― Tudo bem, Ítalo? ― meu sogro pergunta me tirando dos devaneios.

― Tudo ― suspiro ― A Íris me chamou de papai mesmo? Não foi um sonho? ― pergunto e abro um sorriso.

― Chamou sim ― meu sogro ri ― E eu estou muito feliz por você.

Assinto feliz e logo a minha noiva se aproxima da gente.

― Tudo bem? ― ela pergunta e me dá um selinho.

― Quero falar com você, gata ― falo e ela assente.

― Vovô, eu quero te ensinar a surfar ― Íris diz e meu sogro arregala os olhos.

― Eu sou cardíaco, querida ― ele ri nervoso.

― Não é não ― minha sogra diz.

― Por favor, vovô ― ela suplica ― Prometo que não vou mais roubar seus docinhos.

― Tá bom, mas você vai ter que me pagar um sorvete depois ― ele vai com ela até o mar.

Puxo S/n para conversar. Eu não sabia qual seria a reação dela com a Íris me chamando de papai e também queria pedir para ela me deixar colocar o meu sobrenome na pequena.

― O que foi, amor? ― ela me olha.

― A Íris me chamou de papai hoje ― conto e ela me olha surpresa.

― E você está confortável com isso? ― ela pergunta apreensiva ― Se quiser, eu posso falar com ela.

― Não ― falo sério ― Eu gostei, amor. Eu só estava com medo da sua reação.

― Ah ― ela suspira ― Fica tranquilo, amor. Você cuida da Íris como pai, então era questão de tempo para ela te chamar assim e eu estou muito feliz com isso.

― E eu também queria te pedir uma coisa ― respiro fundo ― Posso colocar o meu sobrenome na pequena? ― pergunto nervoso.

― Você tem certeza disso? ― ela pergunta e eu assinto ― Então sim, eu não vejo problema nisso.

Sorrio e puxo S/n para um beijo lento e cheio de carinho. Nossas línguas dançavam em sincronia, finalizamos o beijo com selinhos e mantenho ela abraçada ao meu corpo.

― Eu te amo, gata ― falo e ela sorri.

― Eu te amo mais ― ela deixa um beijo no meu pescoço.

― Mamãe ― a pequena grita ― Papai ― ela chama ― O vovô tomando caldo ― ela ri.

Corremos na direção deles, finalmente posso dizer que tenho uma família.

Corremos na direção deles, finalmente posso dizer que tenho uma família

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Beijinhos, amoras

𝐂𝐇𝐀𝐎𝐒 𝐀𝐓𝐇𝐋𝐄𝐓𝐄'𝐒Onde histórias criam vida. Descubra agora