The dragon and the blade - Aemond Targaryen

𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟓𝟕

𝔙𝔦𝔩𝔞𝔯𝔢𝔧𝔬 𝔡𝔢 𝔐𝔶𝔯

  Os cinco viajantes designados por Daemon adentraram com passos determinados em um dos inúmeros vilarejos de Myr, cujo destino estava predestinado. Este pitoresco local desdobrava-se diante deles, revelando um cenário exuberante de atividade comercial. Uma cacofonia de vozes ressoava no ar, ecoando em uma língua desconhecida enquanto os mercadores anunciavam fervorosamente seus produtos aos viajantes curiosos. Maelor, líder do grupo, não cavalgava majestosamente, mas sim conduzia seu cavalo pelas rédeas, uma tarefa que também se estendia ao equino de Joana, cujos olhos absorviam intensamente as novidades deste lugar singular, notavelmente distinto de sua terra natal. Ao lado de Maelor, Sangue e Queijo compartilhavam a mesma abordagem, marchando a pé e guiando seus cavalos com destreza. Aemon, por sua vez, compartilhava a perspectiva elevada de Joana, montado em seu cavalo com uma postura que denotava prontidão.

  O grupo, imerso na atmosfera intrigante do vilarejo, observava atentamente os comerciantes apregoando suas mercadorias e os moradores curiosos abrindo suas janelas para espiar o alvoroço lá fora. O pulsar da vida cotidiana transparecia na movimentação constante das pessoas, enquanto soldados trajados com lanças e escudos faziam sua patrulha pela cidade, conferindo uma aura de segurança e ordem. À medida que avançavam, a arquitetura local se desvendava, revelando ruelas sinuosas e construções que contavam histórias de uma longa existência. O grupo mantinha seus sentidos aguçados, absorvendo cada detalhe desse novo ambiente, cientes de que o destino reservava intrigas ainda não reveladas.

 Joana, em meio àquela manifestação cultural exuberante, via-se envolvida por uma intensa apreciação pela diversidade do vilarejo. Seus olhos, como que hipnotizados, capturavam a riqueza das cores e sons, enquanto ela se deixava levar pela arquitetura única e pela apresentação cuidadosa das mercadorias pelos hábeis comerciantes, que, de maneira quase artística, transformavam cada produto em uma obra de arte viva. As línguas estrangeiras, como uma sinfonia polifônica, teciam um cenário sonoro encantador que contrastava de maneira notável com a simplicidade da aldeia de sua juventude.

 Enquanto Joana se maravilhava com a beleza desse novo ambiente, Sangue e Queijo desempenhavam um papel de guardiões, seus olhares aguçados vasculhando cada movimento dos soldados que patrulhavam a cidade. Uma vigilância incansável emanava deles, avaliando a eficácia e a solidez da segurança proporcionada pelas tropas locais. Enquanto isso, Maelor e Aemon, atentos aos seus arredores imediatos, mantinham uma postura alerta, conscientes de que a imprevisibilidade do ambiente demandava uma atenção constante.

  A arquitetura peculiar do vilarejo, com suas vielas estreitas e praças movimentadas, era um testemunho tangível do passar dos séculos, as construções antigas ecoando histórias entrelaçadas com o tecido do tempo. O clima, temperado e ameno, contribuía para uma experiência sensorial agradável, enquanto uma brisa suave acariciava os rostos dos viajantes, adicionando um toque de frescor à atmosfera. À medida que o sol começava sua subida majestosa, uma paleta de cores claras tingia o horizonte, criando um espetáculo celestial que gradualmente cedia espaço à penumbra do amanhecer.

  Em meio a esse cenário deslumbrante, Sangue, com sua voz grave e ponderada, rompeu o silêncio, delineando a necessidade de uma estratégia para a próxima fase da jornada. 

- Chegou o momento de nos separarmos - proclamou ele com gravidade. - Aemon e Joana, dediquem-se a encontrar um local seguro e adequado para passarmos a noite, assegurando-se de que disponha das comodidades essenciais para o grupo. Maelor, Queijo e eu partiremos em busca dos artefatos solicitados por Guysla, Daemon e Astrid.

  Essa decisão, como que selada pelo tom sereno da manhã que começava a envolver o vilarejo, delineava o curso futuro do grupo.