The dragon and the blade - Aemond Targaryen

𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟓𝟎

𝔐𝔶𝔯 - 𝔈𝔰𝔰𝔬𝔰

A luz fraca do lampião na sala de repouso mal iluminava os contornos das camas onde Harwin e Laena descansavam. Cada um, imerso em seus próprios pensamentos, tentava encontrar um pouco de paz em meio às incertezas que permeavam sua jornada.

Harwin, deitado em uma das camas com as mãos entrelaçadas atrás da cabeça, rompeu o silêncio.

- Laena, posso te perguntar uma coisa? - ele começou, sua voz baixa ecoando na penumbra.

Laena, que estava deitada na cama oposta, suspirou pesado.

- Não.

Ele então suspirou antes de começar a falar sobre Lyssa.

- Sobre Lyssa... Eu sei que ela é minha prometida e eu amo ela desde que éramos mais novos mas, sinceramente, as vezes, acho que ela merece alguém melhor, alguém que possa oferecer mais a ela.

Laena observou Harwin por um momento, processando suas palavras antes de responder.

- Lyssa é uma mulher forte, e se ela concordou com esse compromisso, é porque vê algo em você que a atrai.

Harwin assentiu, absorvendo as palavras de Laena, ele olhou para o teto, contemplativo, antes de virar a cabeça na direção de Laena.

- E você, Laena? Já amou alguém?

A expressão de Laena endureceu por um momento, como se uma sombra do passado tivesse atravessado sua mente.

- Não. - ela disse virando de costas

A resposta de Laena deixou Harwin com uma sensação de intriga, mas ele optou por não aprofundar mais o assunto naquele momento. O silêncio se estabeleceu novamente na sala, onde os primos enfrentavam não apenas as incertezas do futuro, mas também os dilemas do coração em meio a um mundo desconhecido.

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O dia nasceu sobre Myr, pintando o céu de tons de laranja e rosa enquanto Laena e Harwin cavalgavam pelos bosques úmidos de fora da cidade. Laena segurava o mapa diante de si, seus olhos violeta examinando cuidadosamente cada detalhe, enquanto Harwin a observava, buscando encontrar uma maneira de contribuir para a jornada.

- Há algo em que eu possa ajudar? - Harwin perguntou, notando a concentração nos traços delicados do rosto dela enquanto estudava o mapa.

Laena levantou os olhos por um momento, sorrindo levemente.

- Fique atento à área ao redor e certifique-se de que não estamos sendo seguidos.

Harwin assentiu, sentindo uma necessidade de ser útil. Ele começou a observar os arredores mais de perto, mantendo os sentidos alerta enquanto avançavam pelo terreno desconhecido.

Com o tempo, a curiosidade de Harwin transpareceu em palavras, rompendo o silêncio entre eles.

- Laena, há algo que sempre me intrigou. Você sabe por que Aemond tratava Maelor tão mal?

Laena soltou um suspiro profundo, desviando momentaneamente o olhar do mapa antes de compartilhar os detalhes complexos da relação entre seu pai e Maelor.

- A ligação entre meu pai e Maelor era intricada. Aemond depositava expectativas significativas nele, talvez até mais do que Maelor conseguisse cumprir. Meu irmão sempre inclinou-se para a paz, enquanto Aemond ansiava por alguém mais orientado para a guerra. Na verdade, meu pai desenvolveu uma superstição após os incidentes com Aegon II. Ele sempre temeu que um primogênito estivesse destinado a enlouquecer, assim como Aegon II, e fez o possível para guiar Maelor em um caminho diferente, embora Aegon II nunca tenha demonstrado insanidade.