𝔈𝔰𝔱𝔯𝔞𝔡𝔞 𝔡𝔢 𝔐𝔶𝔯No quarto dia da jornada, os raios dourados do sol penetravam a densa folhagem da floresta, formando padrões brilhantes no chão revestido de musgo. Laena e Harwin encontravam-se no centro de um pequeno claro, onde seus cavalos pastavam tranquilos, seguros pelas rédeas amarradas a uma árvore robusta. Diante deles, uma fogueira crepitava, projetando sombras dançantes sobre a vegetação ao redor, enquanto uma lebre assava lentamente sobre as chamas. Harwin, habilmente virando a carne no espeto improvisado, lançou um olhar pensativo para Laena.
- Quando acredita que alcançaremos a residência desse homem? - indagou o rapaz.
- Estaremos lá amanhã à noite - afirmou Laena, acariciando seus cabelos agora curtos.
- Acha que crescerá rapidamente? - perguntou ele.
- Não sei - respondeu ela - mas certamente estará suficientemente bonito para que eu permita que Alicent, finalmente, faça um penteado quando retornarmos à casa - ela riu.
- Vovó ficará encantada - disse Harwin, rindo.
- Quando voltarmos para casa, nunca mais reclamarei de suas broncas, nem quando ela insistir para eu vestir um vestido delicado - afirmou a moça.
- Sente saudade dela a ponto disso? - questionou Harwin.
- Sinto saudades de casa... Alicent fazia parte dela...
- Ela é uma excelente avó - disse Harwin
- já imaginou como será incrível quando voltarmos? Todos pensam que estamos mortos; será espetacular quando nos virem retornando.
Laena, com os olhos fixos nas chamas dançantes, assentiu, perdida em seus próprios pensamentos.
- Sim, Harwin - murmurou.
O olhar de Harwin caiu sobre a moça, e ele se atreveu a fazer a pergunta mais uma vez.
- Não respondeu à minha pergunta - disse Harwin - ama alguém?
Laena suspirou profundamente antes de encarar novamente o fogo
- Maelor seria um bom pretendente... Eu consideraria casar-me com ele, se fosse necessário escolher - retirou o espeto com a carne do fogo.
Harwin, surpreso, virou-se para encarar Laena, e em seus olhos havia uma mistura de compreensão e apoio.
- Sinceramente, vamos admitir, Maelor é um homem incrível - disse Harwin, fazendo Laena rir - com todo o respeito à minha amada noiva, deixaria Maelor me jogar na lama e me humilhar o quanto quisesse.
Laena não pôde conter suas risadas diante da pronunciação de Harwin, enquanto as chamas dançavam sob o crepúsculo na floresta, os dois primos compartilhavam um momento de conexão profunda. Enquanto Laena e Harwin desfrutavam de uma refeição improvisada, as chamas da fogueira projetavam uma luz suave sobre a cena, pintando sombras dançantes nas árvores ao redor. O crepitar do fogo se mesclava ao som sereno da noite, criando uma atmosfera acolhedora. Os primos trocavam histórias e risadas, aproveitando a pausa em sua jornada.
De repente, o momento foi quebrado pelo som de passos silenciosos se aproximando. Laena e Harwin, alertas, voltaram-se para a origem do som, apenas para serem surpreendidos pela aparição silenciosa de dois homens. Um deles era alto e robusto, tão musculoso que transmitia a impressão de possuir uma força além da capacidade humana. O homem grande carregava consigo uma marreta que rivalizava em tamanho com ele. Já o segundo homem, embora menor que o primeiro, era ainda mais alto que Laena e Harwin, e sua presença parecia ainda mais ameaçadora.
VOCÊ ESTÁ LENDO
The dragon and the blade - Aemond Targaryen
FanfictionNo frio implacável do início do inverno, Aemond e Lyanna encontraram-se no Norte, onde as raízes do destino se entrelaçaram. Num lugar que não saúda com agrado a chegada de estrangeiros, o príncipe caolho desafiou as expectativas ao levar consigo um...