𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟑𝟐

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𝔉𝔬𝔯𝔱𝔞𝔩𝔢𝔷𝔞 𝔡𝔢 𝔐𝔞𝔯𝔣𝔦𝔪 - 𝔈𝔰𝔰𝔬𝔰

  Os passos de Alec ressoavam sinistramente pelo amplo corredor, sua aura envolvente era suficiente para fazer com que até os mais destemidos sentissem um frio percorrer suas espinhas. As sombrias sagas ancestral do Norte sussurravam que a chegada de um Bolton era acompanhada pelo despertar de uma maldição ancestral, uma força sinistra tecida no tecido da própria linhagem. E ali, naquelas passagens sombrias, Alec se erguia como a personificação mais tenebrosa dessa herança amaldiçoada, um ser temido e respeitado, cuja presença inspirava tanto reverência quanto pavor profundo.

   Alec se deteve diante de uma porta imponente, tão majestosa quanto às portas que guardavam os aposentos de Aegon. Com um gesto firme, ele empurrou a porta, revelando um mundo à parte. Os aposentos internos exalavam uma atmosfera que ecoava tanto a grandiosidade quanto o temor que o acompanhavam. A luz das chamas dançava nas paredes, lançando sombras alongadas que aguardavam nos cantos mais escuros.

  O foco central do cenário era a figura ruiva de Esme, a esposa de Alec, sentada em um sofá esculpido em madeira escura, que parecia ter sido retirada de alguma época esquecida. A lareira crepitava com um fogo dourado e ardente, lançando reflexos cambiantes sobre as feições da mulher. Ao seu lado, dois pequenos tesouros reclinavam-se em seu colo como guardiões de um legado sombrio e poderoso. Bjorn e Jane, os gêmeos, foram um testemunho vivo do casamento arranjado  pela própria Laysla. 

- Por que Baelor não tem um dragão? - Jane pergunta para sua mãe, os três membros da corte de Aegon ainda não tinham notado a presença de Alec

- Por que por enquanto o que é dele por direito está sendo negado - Alec diz marcando sua presença na sala - Baelor terá um dragão quando conquistarmos o que é de Aegon por direito - o homem vai até a pequena mesa de centro se servindo de uma taça de vinho.

  Os filhos de Alec sorriram após verem ele e correram até seu pai quando ele se sentou na cadeira de frente para eles. 

- Papai! - Bjorn diz se sentando no colo do pai 

 Alec recebeu seu filho em seus braços enquanto Jane se sentava ao seu lado, era nítida a preferencia de Alec por seu filho homem. Esme sorriu para o marido com seu sorriso doce de sempre e olhou para Bjorn antes de iniciar uma conversa.

- Meu marido. - Ela o cumprimenta - como foi sua jornada á Westeros?

- Foi produtiva - Alec diz levando a taça de vinho aos seus lábios - derrubamos um dos pilares do Norte, Domeric está morto. - Alec diz com orgulho 

- Fico feliz, o Norte certamente começará a enfraquecer em breve - Esme diz como se fosse uma resposta automática para tudo, ela sempre tinha uma resposta pronta - aconteceu algo mais? 

  Alec soltou uma risada maliciosa lembrando da imagem de Maegor e seu dragão despencando nos céus. 

- O filhote de dragão...aquele pequeno pentelho foi abatido junto seu dragão pelas mãos de nosso rei. - Alec diz 

 O sorriso educado de Esme se desmanchou se tranformando em uma expressão de choque. 

- Maegor Targaryen? - ela diz com um tom de surpresa

- O próprio, aquele que carrega o nome do rei cruel foi morto junto daquele dragão inutil e pequeno, Maegor não era muito diferente de seu dragão, pequeno, frágil e medroso. - Alec diz rindo - deveriamos dar o maior banquete de Essos para nosso rei, prestigiar o próprio por ter derrubado o primeiro de muitos. 

The dragon and the blade - Aemond TargaryenOnde histórias criam vida. Descubra agora