𝔉𝔬𝔯𝔱𝔢 𝔡𝔬 𝔭𝔞𝔳𝔬𝔯 - 𝔑𝔬𝔯𝔱𝔢
O ambiente estava impregnado de tensão quando a taça de vinho colidiu com a parede, produzindo um estrondo ensurdecedor, fruto da ira com que Daemon a lançara. Em seguida, ele golpeou a mesa com as mãos, manifestando sua fúria.
- Aquele velho filho da puta maldito! a puta da mãe dele fudeu com um cavalo aleijado pra ele nascer!! - profanou Daemon em meio a fúria - aquele maldito desgraçado sempre quis o bêbado do Aegon no trono! eu sequer deveria estar impressionado, vou voar em Caraxes e queimar VilaVelha agora mesmo!!
- Daemon! - Domeric diz alto - não vamos tomar decisões precipitadas, por enquanto as fontes não são confiaveis, e atacar vilvelha apenas trará a fúria da casa Hightower
- Eu queimo cada um deles se assim for preciso! - o homem diz tirando da mão de Aemond a taça de vinho e jogando na parede mais uma vez - filhos da puta!
Aemond que até então mantinha um semblante pacifico, se aproximou da mesa.
- Devemos fortalecer nossas tropas de defesa na região da campina, Highgarden fica entre VilaVelha e KingsLanding, vamos nos certificar de que os Tyreel não estão do lado de Aegon II e quando fizermos isso ordenaremos que fortaleçam suas defesas. Se Aegon II quiser iniciar seu ataque a Kings Landing pela Campina, vai ter que seguir a estrada rosa até Highgarden, eles serão vistos de lá, talvez Daeron e Tessarion possam ficar sobrevoando a área. - Aemond diz de forma astuta e calculista
- Um plano eficiente meu genro, estou impressionado. - Domeric diz
Daemon que nesse momento já parecia ter controlado sua raiva, escutava atentamente o plano do sobrinho.
- Enviarei um corvo para Lucerys informando-o para ficarem atentos em Driftmark sobre navios com a bandeira d dragão dourado, ele saberá o que fazer, caso tentem atacar pelo mar terão que de alguma forma passar por Driftmark - Daemon diz
- O pequeno Lucerys não é mais um menino medroso pelo visto - Ivar diz - ele anda arrancando muitos olhos? - Ivar provoca Aemond
Aemond encara Ivar com irritação mas não revida a provocação do cunhado.
- Os corvos alertando sobre a bandeira de Aegon já foram enviados para as casas do norte, a casa Stark está cuidando disso, Cregan está tratando de fortificar as defesas. - Domeric diz - isto se encerra aqui. Majestade, eu e minha família o recebemos de bom grado caso queira ficar para o dia do nome de Maegor amanhã, mas caso queira partir, meus homens irão providenciar imediatamente seu cavalo para que vá até Caraxes. - diz Domeric finalizando a reunião
- Ficarei com a segunda opção. Irei até Winterfell - respondeu Daemon. - Preciso ouvir pessoalmente as informações de Cregan sobre o assunto. A rainha exige que eu ouça todas as casas que têm conhecimento sobre a ocorrência de Aegon II.
Todos se afastam da mesa com exceção de Aemond que fica vidrado no mapa de Essos e nas pedras que representam as forças de Aegon. Aemond sentiu que, depois de tantos anos sem notícias de seu irmão, seria reconfortante saber que ele estava vivo, pelo menos. E que sua mãe encontrasse paz no coração depois de tanto tempo de luto pelo filho. Ele não esperava que a aparência de Aegon resultasse em tanta preocupação, e que a melancolia de sua mãe voltasse após mais de quinze anos.
Talvez esse fosse o dom de Aegon: causar transtornos emocionais nas pessoas. Seu pai, o rei Viserys, costumava brincar com os filhos, dizendo que cada um deles possuía um dom. Daeron tinha o dom da política; mesmo com seus onze anos, o menino sabia mais sobre política do que o próprio Viserys. Aemond tinha o dom da espada, não importava o peso, ele manuseava qualquer espada com agilidade, como se fosse uma folha de papel. Helaena era uma sonhadora, sempre lançando profecias aleatórias e sonhando com eventos que ainda não haviam ocorrido. No entanto, Viserys nunca descobriu qual era o dom de Aegon. Sempre que chegava à parte de Aegon, Viserys fingia tossir e acabava calado, deixando o garoto sozinho. Talvez essa brincadeira de Viserys, que excluía Aegon, tenha transformado o garoto no que ele se tornou.
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The dragon and the blade - Aemond Targaryen
FanficNo frio implacável do início do inverno, Aemond e Lyanna encontraram-se no Norte, onde as raízes do destino se entrelaçaram. Num lugar que não saúda com agrado a chegada de estrangeiros, o príncipe caolho desafiou as expectativas ao levar consigo um...