𝔈𝔰𝔱𝔯𝔞𝔡𝔞𝔰 𝔡𝔢 𝔈𝔰𝔰𝔬𝔰
Os desconhecidos vilarejos de Essos presenciavam a jornada de um homem alto e esguio, acompanhado por seu filho. Este último, um jovem de notáveis olhos violeta, despertava a curiosidade de alguns. Havia rumores de que o homem afirmara que os olhos peculiares do garoto eram uma herança materna, mas quem poderia suspeitar que, na realidade, aquele jovem era o próprio príncipe Harwin Velaryon? Legítimo herdeiro da rainha Rhaenyra Targaryen, e próximo na linha sucessória após a morte de seu pai Jacaerys, se não fosse pelo fato de que o príncipe Harwin fora dado como morto. Quem poderia conceber que o príncipe supostamente falecido estava ali, à vista de todos, viajando ao lado de um mercenário?
Os dias de jornada foram verdadeiramente exaustivos para Harwin, cujas tentativas de escapar de sua situação revelaram-se repetidamente infrutíferas. A cada oportunidade que se apresentava, sua busca pela liberdade resultava em fracassos consecutivos. Entretanto, para Sangue, a experiência se mostrava divertida e estimulante. Ele não perdia uma única chance de desferir ofensas e zombarias, utilizando a contínua inaptidão do garoto para fugir como combustível para suas brincadeiras sarcásticas.
Ao contrário da relação harmoniosa entre Queijo e Laena, a dinâmica entre Sangue e Harwin estava longe de ser tão pacífica. A sintonia entre eles se limitava a raros momentos de camaradagem, destacando-se especialmente durante as sessões de treinamento. Sangue assumia o papel de mentor, dedicando-se a transmitir todo o conhecimento que possuía ao jovem príncipe. Contudo, era evidente que Harwin demonstrava uma afinidade notável com a lança, destacando-se como sua arma de eleição durante as instruções.
- Errado de novo - debochou Sangue, sua voz carregada de desdém ecoando pelo ambiente após Harwin errar um movimento com a lança.
- Eu já repeti isso inúmeras vezes. Você não se cansa? - Harwin disse visivelmente frustrado
A tensão entre os dois era palpável, refletindo a exaustão de Harwin diante das repetitivas correções. Sangue, sem demonstrar sinal de ceder, afirmou:
- E vou continuar repetindo, até que você finalmente acerte o movimento. - Enquanto falava, virou casualmente uma garrafa que, aos olhos atentos de Harwin, claramente continha alguma bebida alcoólica, um toque de despreocupação em meio à frustração.
Curioso e ansioso por informações, Harwin tentou mudar o foco da conversa.
- Você ainda não me contou sobre quando vamos chegar no acampamento militar para o qual estamos indo.
- Eu já te disse que não vamos mais para lá. Mudança de planos. - Enquanto falava, pegou seu arco e flecha, preparando-se para outro tipo de desafio.
- O que tinha na carta? - disse observando atentamente os movimentos de Sangue.
- Se eu queimei a carta, é porque não é da sua conta - rebateu Sangue, fixando o olhar em um cervo que, até então, passava despercebido aos olhos de Harwin.
Contemplando o cervo, Harwin questionou internamente a lógica por trás da caça, considerando que o estoque de alimentos estava satisfatório. Talvez a paixão de Sangue pela morte transcendesse a mera necessidade de suprimentos. Ciente de que a morte do cervo não faria diferença nas provisões, Harwin decidiu intervir. Arremessou uma pedra em um tronco de madeira, provocando a fuga do cervo antes que Sangue pudesse agir.
- Que droga, garoto! - exclamou Sangue, virando-se para encarar Harwin com frustração estampada em seu rosto.
- Vai dizer que pretendia comer aquilo? - Harwin, agora sentado e com um sorriso leve, provocou
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The dragon and the blade - Aemond Targaryen
FanficNo frio implacável do início do inverno, Aemond e Lyanna encontraram-se no Norte, onde as raízes do destino se entrelaçaram. Num lugar que não saúda com agrado a chegada de estrangeiros, o príncipe caolho desafiou as expectativas ao levar consigo um...