𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟓𝟔

107 15 1
                                    

ℭ𝔞𝔪𝔦𝔫𝔥𝔬 𝔡𝔬𝔰 𝔳𝔦𝔩𝔞𝔯𝔢𝔧𝔬𝔰 𝔭𝔞𝔯𝔞 𝔐𝔶𝔯

   Após algumas horas de jornada, Sangue e Queijo encontraram entretenimento inventando jogos para distrair Joana de Maelor. Em meio a risadas, relembraram suas aventuras conjuntas pelo mundo. Joana, intrigada, descobriu que os dois mercenários inicialmente foram contratados para eliminar um ao outro.

  Contudo, ao testemunharem suas notáveis habilidades de combate durante um confronto, decidiram unir forças, formando uma inusitada dupla. Sangue, apesar de sua estatura inferior a Queijo, compensava com uma agilidade impressionante. Equipado apenas com uma adaga, ele causava estragos formidáveis, destacando-se por sua inteligência tática desenvolvida na Casa do Preto e do Branco. Por outro lado, Queijo, mais alto e robusto, ostentava uma força sobre-humana, carregando consigo uma imponente marreta que se assemelhava ao seu próprio porte.


Os dois guerreiros se enfrentaram em inúmeras batalhas, mas nunca conseguiram determinar qual deles era superior. Suas disputas constantes permaneciam sem um veredicto claro sobre quem sairia vitorioso, pois a destreza de Sangue e a força bruta de Queijo formavam uma combinação inusitada e imprevisível.

   No auge da conversa entre Sangue e Queijo sobre os perigos enfrentados anteriormente contra os Imaculados, um grito repentino reverberou pelo ambiente, lançando pânico entre os cavalos. O brado angustiado de Maelor ecoou pelos montes, causando uma onda de apreensão. Aemon, num gesto rápido, tentou controlar o cavalo de seu irmão, mas o animal assustado acabou derrubando Maelor de sua sela.

- Maelor! Maelor! - Aemon desmontou apressadamente, sendo seguido por Sangue e Queijo. O trio parecia agir com uma sincronia notável, como se aquela situação não fosse novidade para eles.

- Maelor, calma garoto, somos nós!  – com determinação, Sangue segurou os braços debatentes de Maelor, ainda ecoando gritos desesperados.

- Maelor, sou eu, sou eu! – Aemon exclamou, enquanto Queijo firmava as pernas do jovem, mantendo a situação sob controle.

Joana, observando atônita, segurou os cavalos dos homens, seus olhos expressando profunda preocupação pelo amado. Maelor debatia-se no chão, esforçando-se para se soltar dos braços dos mercenários, enquanto Aemon segurava o rosto do irmão mais velho, buscando o contato visual.

- Sou eu, irmão, sou eu! – as palavras de Aemon ressoaram, suas mãos envolvendo o rosto de Maelor em uma tentativa fervorosa de acalmá-lo.

  Aos poucos, as palavras de Aemon começaram a penetrar a névoa que envolvia a mente tumultuada de Maelor. Seu olhar, inicialmente perdido e desesperado, gradualmente encontrou o de seu irmão, reconhecendo a familiaridade naqueles olhos que o encaravam com preocupação.

- Sou eu, Aemon. Estou aqui. Você está seguro - murmurou Aemon, mantendo um contato visual firme enquanto sua presença fraterna servia como âncora para o tumulto emocional de Maelor.

Sangue e Queijo, ainda segurando o jovem, perceberam a mudança no comportamento de Maelor. Suavizaram suas aderências, permitindo que ele recuperasse aos poucos o controle sobre seus movimentos agitados.

Joana, que havia mantido uma postura vigilante, viu um suspiro de alívio escapar de seus lábios enquanto observava a cena. Os cavalos, antes agitados, começaram a se acalmar sob a influência da tranquilidade que se instaurava.

The dragon and the blade - Aemond TargaryenOnde histórias criam vida. Descubra agora