𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟑𝟒

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𝔉𝔬𝔯𝔱𝔞𝔩𝔢𝔷𝔞 𝔡𝔢 𝔐𝔞𝔯𝔣𝔦𝔪 - 𝔈𝔰𝔰𝔬𝔰

Como dois ratos astutos, o homem alto e esguio avançava pelas passagens ocultas da fortaleza com uma tocha tremeluzente em suas mãos. Logo atrás dele, um companheiro mais robusto e silencioso o seguia de perto. Ambos prosseguiam em total silêncio, como se o próprio lugar fosse sagrado e o silêncio fosse a sua oração.

Cada passo era um gesto cuidadosamente calculado, pois sabiam que um único ruído poderia trair os planos de Alicent e Daemon, levando a consequências nefastas.

Se ao menos Lady Esme tivesse escutado seu filho quando ele expressou seu desejo de não visitar a rainha. Se ao menos ela tivesse seguido suas próprias superstições e dado meia volta após testemunhar um pássaro se chocar violentamente contra a parede da fortaleza. Se apenas ela tivesse optado por permanecer em seus aposentos. A rainha esperava tranquilamente a visita de Lady Esme e seus filhos em seus próprios aposentos, tendo Baelor ao seu lado. Era tudo o que desejava: uma tarde relaxante com vinho e conversas.

Os passos dos assassinos eram audíveis para aqueles que estavam atentos aos pequenos ruídos que permeavam as paredes, como Esme. No entanto, ela não informou nenhum guarda, por acreditar que os sons eram simplesmente causados por ratos.

- Minha rainha - disse Esme, entrando nos aposentos de Laysla.

- Oh, Lady Esme, finalmente! Pensei que nunca viria - respondeu a rainha.

Esme e seus filhos se curvaram em respeito antes de se sentarem ao lado da rainha.

- O que aconteceu? Você parece assustada - perguntou a rainha, sem um reino para governar.

Esme desejava compartilhar com a rainha suas inseguranças sobre o momento atual, os ruídos dentro das paredes a perturbavam. No entanto, não queria perturbar a paz da rainha, especialmente com o príncipe presente no quarto.

- Apenas cansaço, majestade. Bjorn passou a noite tossindo - respondeu Esme.

Antes que a rainha pudesse fazer qualquer comentário, a parede se rompeu em vários pedaços, revelando um grande martelo que atravessou a parede, seguido por dois homens emergindo dela.

- Protejam a rainha! - exclamou um guarda.

Antes que um dos guardas conseguisse se aproximar, uma adaga precisa atravessou sua nuca, fazendo-o engasgar com seu próprio sangue.

A cena se desenrolou em um frenético combate, com Sangue empunhando sua adaga afiada como uma serpente mortal e Queijo brandindo uma enorme marreta como se fosse parte de seu próprio corpo. Quatro guardas da rainha se lançaram em direção aos assassinos, determinados a proteger sua monarca.

Esme apavorada agarrou seus filhos com força e correu para a porta, mas foi impedida por Queijo, que empurrou a mulher com força contra o chão e logo voltou para o combate.

Sangue se movia com agilidade felina, esquivando-se de lâminas e golpes, sua adaga cortando o ar com precisão mortal. Ele atacava com rapidez e eficiência, encontrando brechas na defesa dos guardas.

Enquanto isso, Queijo demonstrava uma força sobre-humana com sua marreta colossal. Cada golpe era devastador, enviando guardas voando como folhas ao vento. Seus movimentos eram coordenados e calculados, deixando os oponentes sem chances de contra-ataque.

Apesar dos esforços dos guardas da rainha, Sangue e Queijo provaram ser adversários implacáveis. Um a um, os guardas caíram perante a destreza e a força combinadas dos assassinos.

The dragon and the blade - Aemond TargaryenOnde histórias criam vida. Descubra agora