The dragon and the blade - Aemond Targaryen

𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟑𝟔

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  As brisas da região, tanto seca quanto úmida, faziam os cabelos levemente curtos do príncipe balançarem. As bandeiras que cercavam o acampamento tremulavam suavemente, enquanto a areia seguia o vento e se espalhava.

  Daeron repousava ao lado de sua Rainha Azul em uma colina próxima ao acampamento, Tessarion, que  observando seu montador detectava os sentimentos de Daeron, a dragão de escamas azuis percebia que seu cavaleiro estava angustiado, não encontrando paz na situação atual nem mesmo com a ajuda de suas meditações.

  A notícia da morte de seu sobrinho mais novo pelas mãos de Aegon atingiu Daeron como flechas afiadas e venenosas. Daeron nunca fora próximo de Aegon II e guardava ressentimento de seu irmão. Quando ele ainda era criança, Aegon II, bêbado após uma noite de festas, matou o gato de Daeron e o pregou na parede do quarto do menino após Daeron ameaçar contar à mãe. Aegon II foi a principal razão pela qual Daeron pediu para morar em VilaVelha com seu avô Otto e a família de sua mãe.

  Em um estado de meditação, Daeron buscava paz interior enquanto respirava calmamente. Foi então que ele avistou dois pontos preenchendo o céu azul: Valyndor e Meleys. Havia anos desde que Daeron vira seus sobrinhos. Na última vez em que viu Maelor e Aemon, eram apenas dois meninos. Ele se lembrava vividamente de como Maelor sempre foi apegado a Lyanna, agarrado à saia de sua mãe, tímido e quieto. Quanto a Aemon, sempre pulava nos ombros de seu pai. Há quanto tempo Daeron não via seu irmão mais velho? A última vez que o viu foi no casamento de Jacaerys e Helaena. Oh, sua doce irmã Helaena, Daeron sentia falta dos belos olhos gentis dela, de sua voz encantadora e dos abraços afetuosos.

- Não desejo interromper suas meditações, sobrinho, mas Maelor e Aemon estão quase chegando ao nosso território - A voz de Daemon soou.

- E quanto aos filhos do Bolton? - Daeron perguntou, mantendo sua postura meditativa.

Daemon soltou um sorriso.

- O filho de Alec Bolton se tornou um prego depois que meus assassinos apareceram com o martelo que foi lhes entregue  - Daemon riu. - Sangue e Queijo chegarão aqui no início da noite.

- Continuo a acreditar que seria melhor eliminar o filho de Aegon. Baelon é um mimado bêbado, assim como o pai dele - Daeron opinou. - e você ainda envolveu minha mãe nisso fazendo ela providenciar aquele martelo e enviar Sangue e Queijo de navio pra cá!

- Concordo, mas estou guardando Baelon para algo mais vantajoso - Daemon respondeu. - e sua mãe é uma mulher e tanto quando se é pra o planejamento uma vingança, eu a odeio, mas devo admitir que quando ela deu a ideia de usar um martelo eu senti arrepios.

- Bjorn Bolton era inocente, assim como sua mãe e irmã. Lady Esme não mereceu aquilo! - Daeron disse, levantando-se e finalmente olhando para seu tio.

- Maegor também era inocente. Lyanna não mereceu testemunhar a queda do dragão de Maegor, levando seu filho junto. Maegor foi esmagado por seu próprio dragão e Lyanna teve que ver seu filho ser esmagado! Eu não me importo com as famílias dos outros, me importo apenas com a minha! Maegor era um Targaryen e tinha o sangue do meu irmão! - Daemon afirmou com voz firme. - Eu pensei que você já tivesse aprendido a se preocupar apenas com sua família.

  Daemon virou as costas e desceu a colina, deixando Daeron sozinho para refletir. Os sons das asas de Valyndor e Meleys ecoaram, e logo o príncipe Daeron os viu se aproximando.

  As duas enormes feras voaram acima de Daeron e Tessarion. Tessarion rugiu e logo os dois dragões pousaram em uma colina distante de Daeron, próxima a Caraxes.