𝔉𝔬𝔯𝔱𝔞𝔩𝔢𝔷𝔞 𝔡𝔢 𝔐𝔞𝔯𝔣𝔦𝔪 - 𝔈𝔰𝔰𝔬𝔰
A ira de Alec Bolton diante da perda de seu único filho homem ressoava até do lado de fora da fortaleza, assim como os lamentos angustiados de lady Esme, que chorava sozinha em seu quarto e pelos corredores quando a rainha a forçava a sair. Lady Esme mantinha um apego constante à sua filha, nunca se separando da pequena Jane, que agora estava temendo a agonia da mãe, que já tinha pesadelos com a imagem brutal da morte de seu irmão, cuja cabeça fora esmagada impiedosamente. Os pesadelos da menina eram frequentes, atormentando-a com a visão do homem magro de dedos longos. A angustia de Esme era tão grande, que por ordens de Laysla, Jane foi separada da mãe, a menina agora vivia do outro lado da fortaleza. Alec Bolton há muito tempo vinha tramando sua vingança contra Lyanna, Ivar e todos os outros, planejando eliminar os filhos de Ivar, assim como os filhos de Lyanna. Ele acreditava que a morte de seu filho fora orquestrada por Aemond, considerando-o o provável vingador de Maegor Targaryen.
- Meus sobrinhos, meus 'adoráveis' sobrinhos pagarão! – exclamou, chutando a mesa, ironizando a palavra "adoráveis".
- Lorde Bolton, já se passaram semanas desde a morte de Bjorn. É hora de se recuperar. Seu rei ainda precisa de você - argumentou Laysla de forma fria
- Você diz isso porque não foi seu herdeiro que teve a cabeça esmagada! Seu filho é quem deveria ter morrido naquele dia. Foi Aegon quem matou Maegor! – vociferou Alec, dominado pela raiva.
Aegon II interveio, entrando na sala e exortando:
- Não venha me culpar pela morte do seu herdeiro! Ainda temos um reino para conquistar, Alec. Westeros não se conquistará sozinha, especialmente com aquela prostituta velha no trono - ele diz desferindo palavras desrespeitosas sobre Rhaenyra. - Além disso, seu herdeiro terá a vingança que merece - Aegon II se aproximou da enorme mesa onde estava um mapa de Westeros, colocando miniaturas de navios Targaryen em direção a Driftmark.
- Como? – perguntou Laysla, aproximando-se.
- Meus informantes relatam que o exército de Daemon está se aproximando. Precisamos deixar Essos o quanto antes e nos dirigir para Dragonstone, não temos nenhuma chance contra Daemon, não agora. Começaremos com conquistar o mais fácil primeiro - explicou Aegon.
- Aonde entra a vingança por Bjorn nisso? – questionou Alec, recuperando a compostura.
Aegon sorriu astutamente e pegou miniaturas que representavam a arma Scorpion, a mesma que matou Maegor, e colocou mais delas estrategicamente em pontos marcados.
- Temos um casamento para participar - anunciou. - Minha sobrinha, Lyssa Targaryen, foi prometida ao bastardo da minha irmã Helaena - Aegon II disse com sarcasmo ao mencionar o nome de Helaena. Ele posicionou navios no mapa, acrescentando - Eles partirão de King's Landing em alguns dias para que o casamento ocorra em Driftmark. Temos pouco tempo para colocar o plano em ação.
- O que você está planejando? – indagou Laysla.
- Helaena nunca foi boa em guardar segredos. Ela é suficientemente ingênua para andar pelo castelo falando alto sobre esse casamento e quem estará envolvido. Felizmente, tenho uma irmã tola - Aegon admitiu enquanto se sentava. - Jacaerys e Aemond são os melhores guerreiros e cavaleiros de dragão de Westeros agora que Daemon não está em Westeros - Aegon esticou a mão para pegar uma esfera de madeira e continuou - Descobri que a princesa Lyssa não é Targaryen o bastante para viajar de dragão para seu próprio casamento. Portanto, ela estará no navio mais protegido, junto com a puta do Norte e minha amada mãe. Helaena estará em Dreamfyre, minha sobrinha Laena em Rhaedon, e Harwin em Vormantis, aquele dragão fraco e inutil assim como a dragão da noiva dele. - ele ironizou - Jacaerys e Aemond planejam se juntar à viagem, chegando enquanto a frota estiver a caminho do destino. Provavelmente marcarão um encontro, a ausencia dele nos dará vantagem, temos pouco tempo - Aegon diz brincando com a esfera de madeira.
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The dragon and the blade - Aemond Targaryen
FanficNo frio implacável do início do inverno, Aemond e Lyanna encontraram-se no Norte, onde as raízes do destino se entrelaçaram. Num lugar que não saúda com agrado a chegada de estrangeiros, o príncipe caolho desafiou as expectativas ao levar consigo um...