The dragon and the blade - Aemond Targaryen

𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟕

𝔎𝔦𝔫𝔤𝔰 𝔏𝔞𝔫𝔡𝔦𝔫𝔤 - 𝔖𝔲𝔩

Após o jantar e as comemorações, todos se retiraram para seus aposentos. Lyanna estava sentada em uma poltrona, absorta na leitura da carta que recebeu de Ivar.

Enquanto isso, Aemond andava de um lado para o outro no quarto, desabafando suas reclamações sobre Harwin. Lyanna fingia prestar atenção nas queixas do marido, acenando com a cabeça de vez em quando, mas sua mente estava principalmente na carta e nas palavras de seu irmão.

- Eu sei que devo ser mais bondoso com o garoto, mas pelos sete infernos, ele sequer conversou comigo e já pediu para o pai dele convencer a rainha a aprovar o casamento! Minha filha merece algo melhor! - desabafou Aemond, andando em círculos pelo quarto. - Eu deveria esfolá-lo e pendurá-lo de cabeça para baixo em praça pública!

Lyanna mantinha seu foco na carta de Ivar. Seu irmão relatava que Maegor estava se tornando um grande guerreiro, sem deixar de lado suas origens Targaryen. A carta também mencionava as preocupações de Rhaenyra em relação a seu meio-irmão Aegon II, e Ivar afirmava que o Norte estava empenhado em encontrar qualquer notícia sobre ele. Além disso, Ivar mencionava que Domeric estava piorando em termos de saúde, mas buscava esconder isso ao máximo.

Enquanto lia, Lyanna franziu o cenho, preocupada com a saúde de seu pai. Aemond percebeu que sua esposa não estava realmente prestando atenção em suas reclamações e a chamou.

- Lyanna! - chamou ele, e ela olhou para ele. - Estou falando algo sério sobre minha vida e você está em outro mundo!

Lyanna não pôde evitar a ironia em sua expressão e um sorriso escapou de seus lábios, mas logo voltou sua atenção para a carta.

- Desculpe-me, Ivar apenas mencionou que meu pai está com a saúde debilitada - disse ela, levantando-se e jogando a carta no fogo, como costumava fazer. - Preocupo-me com aquele velho teimoso. Ele se recusará a ser tratado, achando que é algo irrelevante.

Aemond pareceu compreender a preocupação de sua esposa e abandonou sua fúria em relação ao jovem Velaryon. Ele se aproximou dela e a abraçou por trás, enquanto ela observava a carta queimando no fogo.

- Seu pai certamente é um dos homens mais teimosos dos Sete Reinos - disse ele, encostando seu queixo no ombro de Lyanna e acariciando sua cintura. - Mas lhe garanto que ele não é irresponsável. Acredito que ele saberá o que fazer quando as coisas ficarem sérias. Seu pai é um dos homens mais fortes que já conheci. Não será uma doença que o matará.

Lyanna suspirou, apreciando o conforto e o apoio de Aemond. Então, ela mencionou outra parte da carta que a preocupava.

- Ivar também falou sobre Aegon II na carta - disse Lyanna, e ouviu Aemond suspirar irritado, como se não quisesse discutir sobre o irmão mais velho. - Sei que você não quer ouvir falar dele, mas Rhaenyra está preocupada. Preocupada se ele está vivo, e sua mãe também. Afinal, ele ainda é filho dela. Se fosse um dos meus filhos sozinhos neste mundo, eu também estaria preocupada.

- Aegon certamente está morto há anos - respondeu Aemond com desprezo. - Sempre foi um bêbado irresponsável que sequer tinha a decência de empunhar uma espada. Ele provavelmente está jogado em uma vala. Não ficaria surpreso se ele tivesse trocado Sunfyre por uma bebida.

- Eu acredito que ele esteja vivo - retrucou Lyanna, com convicção. - Apenas envergonhado o suficiente para não voltar para casa.