"Querida... Tire a máscara."
Percorri os corredores e túneis secretos ligados à arquitectura da fortaleza, pensando em tudo que senti enquanto estava dentro da minha mulher. Toda aquela angústia, sofrimento e dor, tudo parte da sua carne, ossos e sangue.
Porra aquilo foi assustador, e inebriante.Quando a sua essência regado de medo atravessou minha mente, parecia que eu estava banhando o meu monstro interno com o mais puro néctar destrutivo. O prazer e o sofrimento, se misturavam dentro de mim.
Os meus gritos de dor, vinham da alma dela, que gritava horror e desolação.
Aquilo quase me nocauteou, e chegou um momento que a minha visão ficou turva com tamanho sofrimento entranhado em seu ser.Sua alma cheira a medo doente, e degradação apodrecida, ao mesmo tempo, que algo mais único se esconde em meio a neblina de caos que ela protege com unhas e dentes.
Minha mente lateja com inúmeras sensações, mas a que mantém levemente esperançoso em relações aos meus esforços, foi que durante a nossa troca eu senti a sua dependência, atração e vício em mim.Estou em transe, em êxtase, mas preciso de mais, ainda quero mais sobre ela, meus lábios tem sede da verdadeira essência por trás do seu véu. Seguro Poppy no colo, ela geme balançando a cabeça no meu peito, sentindo-se mal, tentando se manter acordada depois de ter conhecido a minha verdadeira natureza, a escuridão que existe na minha alma e que foi reforçada por uma armadura de aço ao longo dos anos. Morte, terror, sangue e tortura é como lido com meus inimigos, as mesmas armas usadas de diferentes formas para proporcionar resultados excepcionais, e para cada um daqueles que tocou nela, na bela Dryádes que jogou um feitiço e seduziu o feiticeiro, ofereço diariamente um destino pior que a morte, agora, creio que faltará pouquíssimo tempo para ter o último destes infelizes sob meu julgamento.
Ao passar pela porta depois de subir o interminável lance de escadas até à passagem estreita que nos leva de volta ao quarto, Poppy suspirou de alívio.
A luz do dia brilha forte nos acolhendo, filtrada pelas janelas e presa nas frestas entre as densas cortinas pretas. Não passamos mais de duas horas lá embaixo, isso me faz pensar em como na catacumba o tempo é um só; não há pássaros, não há nuvens nem brisa, é apenas meia-noite eterna, tórrida e impiedosa e gosto particularmente disso no meu habitat natural.
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LAST of DARKNESS | ÚLTIMA DAS TREVAS 🔞
RomanceROMANCE DARK PESADO +21 Os filhos das trevas jamais reconhecerão a luz do bem, pois estão acostumados com a escuridão podre e perversa que habita no submundo da almas forjadas no inferno. - Poppy, Pequena Poppy... quem ela é? - Eu não sei, não sei...