ROMANCE DARK PESADO +21
Os filhos das trevas jamais reconhecerão a luz do bem, pois estão acostumados com a
escuridão podre e perversa que habita no submundo da almas forjadas no inferno.
- Poppy, Pequena Poppy... quem ela é?
- Eu não sei, não sei...
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Estou estupefata e, ao que parece, o homem na minha frente está em sintonia comigo nesta sensação inquieta. Seus longos olhos aguçados, varrem o meu rosto, capturando detalhes e me intimidando, mas em nenhum momento o foco muda para meu corpo. Será que ele pode ler minha alma?. Suspiro suando, trêmula de curiosidade sobre este lorde de cabelos luminosos. Permaneço acuada segurando a flor na mão. Em algum canto próximo pessoas riem e pássaros cantarolam, ele, por sua vez, continua me fitando, não dá um passo ser quer inapropriado na minha direção.
— Lhe perturbei de alguma forma, marquesa? — questiona inclinando o rosto de lado, e aguardando curioso minha resposta.
Ergo a cabeça, tendo em vista que o loiro que me encara é definitivamente muito alto. Julgo que tenha 1,90 no máximo. Deus, Ele parece a mistura de um rei Viking com um arcanjo.
Minhas bochechas esquentam, saio dos devaneios respondendo a sua pergunta:
— Marquesa...? Como é que sabe... — engulo as palavras, boquiaberta com minha distração, bato na minha testa. Estou usando um enorme vestido de noiva, sou a noiva dessa cerimônia. — ohhh De- desculpa, é que...
— É nova ainda? — ele questiona e complementa o que eu disse, meus lábios se transformam num sorriso.
Ele tosse e suga o ar, colocando a mão no peito. Sua expressão de aperto me assusta. Mais que rapidamente me desloco até ele e seguro o braço forte aparando de uma possível queda.
— Está doendo o peito, precisa de ajuda?
Ele sorri, sua expressão é de poucas palavras apesar de não trazer uma ameaça para mim, transmitem perigo a qualquer um. O mais estranho é que me sinto bem ao seu lado, o único que eu conheci e de primeira me fez sentir assim foi Dale.
— Não se preocupe, estou bem Poppy Macay, melhor agora. — diz elevando o queixo e esticando um sorriso.
— Desculpa não sei o seu nome.
— Sou o Arquiduque da Sudermânia, em suma, Ethan Rogan Von Halbach, ao seu dispor.
Rogan... Eu já escutei esse nome.
"Não, isso não está em jogo. Eu odeio Rogan, mas ela é nova ainda...” foi o que mamãe disse para Fargus no primeiro dia que ele apareceu na nossa casa, na minha vida, tentando me comprar. Rogan? Eu nunca conheci o homem e nem sabia quem era, mas as poucas vezes que ela citava o nome era porque procurava por ele e por não ter notícias ficava enfurecida.
Que coincidência. Aperto os lábios guardando essa lembrança lá no fundo.
Sua palma quente puxa minha mão e deposita um beijo suave que a faz formigar.
Achei estranho não sentir o medo frio que sempre me percorre quando estou perto de uma pessoa estranha.
