todo poder
exige
sacrifício e dor.Permaneço admirando as sombras do antigo forte que tem o peso de séculos de histórias sombrias. Este imponente bastião de pedras, erguido na época da Idade Média, foi legado ao Clã Macay e nossa linhagem de druidas. Ele foi construído para resistir a grandes guerras e manter nossos inimigos aprisionados por gerações. A história da minha família é uma trama entrelaçada de segredos e tradições pagãs.
Este forte, há muito tempo, serviu como palco para a sede de morte e horror que assombrava meus antepassados. Gerações de homens cruéis de um clã sanguinário e dominador, que encontraram aqui um santuário para seus desejos mais perversos. O carma, tal como o destino, esteve sempre presente, e o local absorveu a escuridão que nele foi cultivada.
No entanto, houve um tempo em que esse lugar não era apenas um templo do terror. Nos recônditos de sua história, meu ancestral conquistou algo que transcendia a maldade que fluía por essas paredes. Ele encontrou o amor e um vínculo inquebrável com uma jovem esposa, filha dos espíritos dos ventos. O ódio e o amor se entrelaçaram nas masmorras desse lugar, em meio a pedras gastas e paredes que testemunharam paixão e desespero.
Depois desse encontro, o forte se tornou um refúgio para a prática do horror e da perversidade, perpetuando um ciclo sombrio que atravessou as eras. Meu bisavô, meu avô e, agora, eu mesmo, fomos atraído repetidamente para este local amaldiçoado, alimentando suas pedras com dor e maldições. A aura tenebrosa do lugar aguçou a pior parte de minha essência, e sinto o efeito enlouquecedor.
Os reflexos se apresentam nas chamas da grande fornalha trepidando fagulhas e tostando os membros humanos destroçados pela minha ira. Braços, pernas, mãos e línguas, muitas línguas que provaram o que deveria ser somente meu. As últimas carcaças ardem em calor infernal, suprimindo minha sede de horror.
O espaço pedregoso se encontra sujo de restos mortais e sangue fresco, mas o fogo fornece a torre de circulação mais alta do sopé rochoso uma iluminação bruxelante e insendiaria.
Ergo-me nú, admirando o abismo que toca o mar hostil, escondido nesta bela noite de clarões e raios pelo denso nevoeiro.
O sangue escorre pelo meu corpo em trilhas vermelhas, a chuva de dor e memórias lava minhas mágoas e pecados. A estrutura musculosa do meu corpo, outrora um templo de desejo, tornou-se um altar de vingança, ao passo que a tempestade banha a sinfonia de fúria e aflições.
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LAST of DARKNESS | ÚLTIMA DAS TREVAS 🔞
Roman d'amourROMANCE DARK PESADO +21 Os filhos das trevas jamais reconhecerão a luz do bem, pois estão acostumados com a escuridão podre e perversa que habita no submundo da almas forjadas no inferno. - Poppy, Pequena Poppy... quem ela é? - Eu não sei, não sei...