ROMANCE DARK PESADO +21
Os filhos das trevas jamais reconhecerão a luz do bem, pois estão acostumados com a
escuridão podre e perversa que habita no submundo da almas forjadas no inferno.
- Poppy, Pequena Poppy... quem ela é?
- Eu não sei, não sei...
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Dois dias depois:
O castelo rural localizado no interior de Inverness é constituído pelas torres e muralhas de pedra mais altas e fortificadas que eu poderia avistar, na verdade, acredito que deixaria qualquer um impressionado sendo um grande impacto de poder para a paisagem isolada circundante. O brasão dos Macay é apresentado de forma prestigiosa desde a ponte de pedra até a farda dos soldados em guarnição, minha maior curiosidade fora o símbolo de iniciais A&R. Dale me explicou durante o caminho que o castelo faz parte da herança de família há séculos, por conseguinte era a primeira morada de Roselyn Wakefield que por causa das regras arcaicas exigidas, quando uma jovem nobre casava com um nobre, seu dote, e no caso sua fortuna e bens como órfã foram passados para o nome e gestão do marido.
Os moinhos, montanhas e precipícios dão à enormes cascatas que oferecem um ar de mistério elevado, e não só isso, conheci cada cantinho exterior; os jardins de árvores frutíferas, os estábulos, o fosso, oficinas e instalações de armazenamento, tudo bem preservado ao decorrer do tempo. A experiência foi extraordinária, porque tudo foi feito a cavalo, devido as grandes charnecas do território que dificultam a passagem de veículos.
Amo trotar à cavalo.
Me sinto em sintonia com um animal que entende o meu corpo, e eu eu posso entender o dele. Há tanto companheirismo no processo, tanta liberdade ao experimentar a respiração e embalo do cavalo.
Após conhecer os viveiros de peixes aos arredores do castelo, pude inspecionar com mais cuidado os cômodos interiores, de imediato fiquei encantada pela ala no qual as paredes são enfeitadas por quadros de toda linhagem Wakefield e Macay. Fiquei confusa no inicio, mas Dale contou que Roselyn foi a última Wakefield viva, isso porque seus filhos por mais que fossem herdeiros dos seus títulos, não fizeram uso do sobrenome materno; seus irmãos morreram na guerra e seus pais morreram pela febre, somente esse castelo e outras propriedades Wakefield contam essa história.
Fiquei fascinada a respeito de tudo que representava essa mulher esbelta e misteriosa. Chegamos à uma ala ampla, semelhante à uma biblioteca clássica de enormes estantes, mesas redondas feitas de madeira escura avermelhada e o brasão diferente entalhado em cada detalhe, não consegui segurar a curiosidade e tive que perguntar o porquê do brasão ser tão diferente. Dale respondeu que fora um presente de Aiden para a esposa. O símbolo da família dela morreria, no momento que o da família dele sobrepujasse, então Ainden os uniu. A cabeça de leão, símbolo dos Macay, passaria a ter uma guirlanda de rosas e espinhos ao seu redor, e dentro de seus dentes ferozes, haveria uma linda rosa vermelha, no qual ninguém seria capaz de lhe roubar.
O leão, os Macay, a rosa, os Wakefield. Mais uma declaração de amor e eternidade gravada na história.
Admiro apaixonada a sala amadeirada de detalhes entalhados em ouro nos grandes painéis nobres, reparo nos traços dourados estruturando roseiras lindas. Já o centro dos painéis que medem no mínimo seis metros de altura, existem telas à óleo, todas pintadas à mão por grandes artistas da época. Uma tela em questão chama atrai minha atenção, ela é mais larga que as outras e toma quase toda uma parede para sí. Reparo que está voltada para a grande mesa redonda, e seus olhos miram a grande cadeira de espaldar alto liderando o centro medieval pare reuniões particulares.
