Bernardo Hernandes
Era confuso, eu nunca achei que agiria assim. Ela já tinha ido embora, pediu um Uber para ela e trocamos o número de telefone.
-Sério que você vai querer contato com ela? - Perola me encarava do outro lado da sala, com certa indignação.
-Eu vou, ela é a minha mãe, eu preciso saber o porquê ela foi embora.
-Que bom que sabe que ela é sua mãe, porque ela é apenas isso.
-Por que você não dá uma chance para ela? - fui me aproximando dela, até conseguir abraçá-la. - Ela é nossa mãe. - Ela me empurrou e saiu do abraço.
-Ela é a sua mãe! - Na sua fala, tinha todos os sentimentos ruins que você pode pensar. Ela subiu as escadas, e colocou toda a sua força em seus passos fortes na subida ate o seu quarto
-Vamos dar um tempo para ela, tudo bem? - eu concordei.
-Mas fala aí, pai, como ela chegou até nós?
-Ela foi me procurar no escritório, e eu a ajudei. Dei um apartamento para ela e um dinheiro, para poder ajudar.
-Desde quando você sabia que ela tinha voltado?
-Uma semana. Se você não se incomoda, eu vou para o meu quarto. Boa noite, filho. - Era estranho, mas era bom saber que finalmente teríamos uma mãe.
Eduarda Alves
Helena comentou comigo que a mãe da Perola voltou e que ela não tinha ido na escola hoje, o que a preocupou, já que Perola não é de faltar.
-Ela não está bem, Duda, essa mulher parece ser horrível.
-Não vamos afirmar nada, não a conhecemos. - Estacionei o carro na frente do restaurante e mandei uma mensagem para Perola.
"Soube o que ocorreu, espero que esteja bem. Qualquer coisa, estou aqui. Beijos."
Ela logo visualizou.
"Obrigada, Duda. Estou afim de sair hoje à noite. Venha de moto, por favor."
"As 20:00 te pego."
"Okay."
Ela era como uma incógnita, apesar de não sermos tão próximas, ela gostava de sair comigo. Acredito que se sentia livre. E era bom eu saber disso, que ela se sentia em liberdade para fazer o que quer e ser o que bem entende a ela.