Eduarda Alves
Sabadou, mas hoje é aniversário da minha mãe e o que estou fazendo de menos é descansar. Alugamos uma chácara top, Helena perguntou se podia chamar sua amiga; claro que eu disse que sim. Vou chegar nela hoje e pedir para Helena me ajudar. Assim que sua amiga chegou, fui recebê-la, já que Helena se arrumava.
― Helena está lá dentro. ― Ela me retribuiu com um sorriso lindo, talvez o mais lindo que já vi... ai, papai.
― Muito obrigada, Eduarda, né? - Pode me chamar de vida.
― Isso mesmo, e o seu é Pérola, né? - Ela confirmou com a cabeça. - Muito obrigada por fazer amizade com a Helena, fiquei com medo dela não se enturmar.
― Helena é uma menina fácil de se relacionar. - Levei ela até o quarto da chácara onde Helena estava, não pude deixar de reparar no seu corpo que era lindo, ela realmente condizia com o nome; realmente era uma pérola.
A festa começou, estava lotada, e olha que só chamamos pessoas próximas. As meninas sentaram em uma mesa mais reservada, eu não conseguia deixar de reparar na pretinha, e acredito que ela reparou, porque retribuía. Apesar de termos apenas dois anos de diferença, ela não tinha 18 e eu já vou fazer 20; já estou idosa, não gosto de ficar com menor. Mas certamente ela seria a minha exceção, porque olha, ela me deixa excitada só de pensar em tirar sua roupa.
Pérola Hernandes
Era o aniversário da tia de Helena,e essa familia era uma graça me fizeram me sentir como parte deles. A atmosfera da chácara estava impregnada de celebração, mas minha mente estava concentrada em algo diferente.
.Eduarda tinha uma beleza que não se podia ignorar, e a forma como ela se movia parecia conduzir uma melodia sensual. Durante a festa, enquanto observava Eduarda interagir com as outras pessoas, percebi uma troca de olhares entre nós. Cada vez que nossos olhares se encontravam, sentia uma corrente elétrica, uma atração magnética que se intensificava. Ela era mais comunicativa, algo que geralmente me afastaria, mas algo nela me fazia considerar uma exceção.
Sentadas em uma mesa mais reservada, não pude deixar de notar o modo como ela retribuía meus olhares, criando uma tensão sutil entre nós. Apesar de minha relutância usual em me envolver com pessoas , Eduarda se destacava como uma exceção à regra, uma tentação que me fazia questionar minhas próprias convicções.
Enquanto a festa prosseguia, meu desejo por ela crescia, alimentado pela curiosidade e pela atração magnética que parecia nos envolver.
23:59 PM
Meu pai me ligou dizendo que tentaria me buscar o mais rápido possível, pois estava resolvendo coisas de trabalho. Eu disse que não havia problemas e que daria meu jeito. Ele respondeu com um "Okay, meu amor, mas vá logo pra casa". Apenas curti sua mensagem.
― Amiga, você tem Uber? - Questionei Helena, que devorava um pedaço de bolo.
― Tá louca, você não vai de Uber, a Eduarda te leva. - Disse bebendo um pouco de guaraná. "EDUARDA!" Ela berrou para a prima que estava do outro lado; logo ela veio com um sorriso lindo nos lábios.
― Diga...
― Leva a Pérola, por favor...
― Eu vou de Uber, amiga...
― Tá louca, vou pegar os capacetes...
― Acredite, isso é um favor pra ela. - Na hora, eu já entendi e ri da situação. Ela voltou com os capacetes; eu me despedi da tia de Helena e sua mãe. E depois segui Eduarda até a sua moto. Ela era enorme e era vermelha e preta; pude perceber seus detalhes de mais perto. Ela subiu e, logo depois, eu. Tenho medo para um caralho de andar de moto, mas não quis transparecer. Quando estávamos andando há algum tempo, ela disse: "Pode me segurar, eu não ligo, não perolinha."
Eu ri, mas a apertei; quem mandou dar asas pra cobra. Graças a Deus não demorou muito para chegarmos.
― Muito obrigada, pela festa, pela carona, por tudo.
― Que isso, minha linda, sem problemas. - Ela se despediu com um beijo na bochecha e logo se foi. Eu entrei em casa e, como de costume, meu pai não estava. Subi, tomei banho, coloquei qualquer coisa e desmaiei; estava exausta.