Capitulo 39

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Eduarda Alves

O restaurante hoje estava lotado; não parava de chegar cliente, coisa de louco, por ser uma terça-feira ainda mais insano. Trabalhei igual uma escrava hoje; precisava relaxar, e como minha tia odiava quando fumava na casa dela, comecei a evitar. Assim que saí do trampo, fui para casa, estacionei o carro e preferi ficar ali dentro. Fechei todos os vidros e curti a vibe, que era melhor com tudo fechado, porém mais alucinógeno. Entrei no Instagram, e a primeira foto que apareceu foi a de Pérola, ela com o cabelão solto e várias fotos de biquíni, pelo visto, de dias diferentes. Ela não sabe, mas tira qualquer um do sério, com esse corpo e esse cabelo. Fui em meus contatos e cliquei no dela; o telefone não tocou muito, ela me atendeu rapidamente.

"O que está fazendo?" a questionei, acho que por conta do baseado, mas lentamente.

"To terminando de estudar, por que?" Ela respondeu com uma entonação sexy e lenta ao mesmo tempo.

"Posso passar aí?" Ela demorou alguns segundos para responder, mas foi direta.

"Pode, vou te esperar em frente de casa."

Apaguei meu cigarro de maconha, abri os vidros e joguei um perfume. Fui até a casa dela; a mesma esperava na frente, com uma roupa que parecia que ela estava pronta para ficar em casa. Destranquei as portas, e ela entrou. Fui cumprimentá-la com um beijo na bochecha e já pude sentir o seu cheiro, que era o melhor de todos.

— Vamos aonde?

— Podemos ir para uma pista, que eu vou andar muito de skate, não deve ter ninguém lá a essas horas.

— Beleza, por mim tudo bem.

{...}

22:24 PM

— Eu paguei muita vergonha nessa apresentação. — ela gargalhava, e eu também; a história realmente era engraçada, ela se superou nessas, estávamos fazendo isso a noite toda.

— Tenho dó de você, criança, era um balde de passar vergonha.

— Pelo menos eu não tenho medo do Papai Noel.

— Mas ele era horrível — gargalhamos juntas — éramos muito azaradas. Entramos em transe juntas, mas Pérola nos tirou.

— Por que me trouxe até aqui?

— Vi as suas fotos no insta, me instigaram muito. — estávamos próximas, mas fiz questão de me aproximar ainda mais. — Eu não sei o que você tem, acho que é mel ou algo do tipo, mas você me faz querer te ter todos os dias. — fui beijando seu pescoço lentamente e pude sentir seus pelos arrepiarem. — Você é minha droga, Pérolazinha. — fiz questão de estar a olhando em seus olhos, e ela manteve o contato visual, e eu entendi como se ela também estivesse correspondendo, e não pensei duas vezes; a beijei sem muita demora.

Perola Hernandes

Os nossos corpos pareciam se conhecer desde muito tempo; era curioso, era excitante, eu gostava muito dessas sensações. Por um momento, esqueci que estávamos deitadas na pista. Parei o nosso beijo e ouvi o seu resmungo.

— Vamos pro seu carro. — Me levantei e fui na sua frente; o carro estava aberto, mas esperei ela entrar e subi no seu colo, quando disse que ela me excitava, garanto que não é pouco.

— Vai jogar sujo, no meu carro? — a beijei de novo, de novo, de novo... e por aí vai, era ridículo como me rendia muito rápido e sem nenhum tipo de hesitação.

— Preciso ir embora, tenho prova amanhã. — ela olhou com tristeza, mas cedeu; fui para o banco do passageiro, ela me olhava quando o sinal ficava vermelho, seu olhar era sugestivo. Quando chegamos na frente de casa, eu dei um beijo na sua bochecha, saí do carro e entrei em casa; a mesma ficou me esperando entrar. Subi correndo para o meu quarto e dormi; afinal, amanhã tinha uma prova insuportável de matemática.


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