Eduarda Alves
Fala sério, coloquei o meu terno tom pastel com um fundo amarelo para combinar com a gata que resolveu ir de dourado; estava esperando ela abrir a porta, e quando ela abriu parecia o sol pronto para iluminar meu dia. Seu vestido com um decote, e as suas costas abertas que marcavam as suas curvas e combinavam com o seu cabelo, ela era a própria perfeição.
— Você está magnífica, está linda. - Beijei a sua bochecha e abracei, estava tão cheirosa, ela estava TUDO.
— Você está incrível, vem aqui!!! - Ela me puxou para a sala onde estavam todos, até Helena; ela veio se arrumar aqui e estava incrível também. - A gente sempre tira uma foto de família antes de ir, faz uma pose.
— Estão todos lindos - o pai dela estava saindo do escritório com uma máquina fotográfica. - Quanto tempo, Maria, espero poder ter as melhores conversas com você hoje. - Ele se posicionou na nossa frente e tirou as fotos, sempre nos elogiando. Mas uma ligação fez ele sair e a mulher alta veio até mim; a tia Larissa.
— Você é tão linda, quanto Pérola disse.
— Digo o mesmo, você é muito bonita.
— Cuide bem do meu bebê. - Ela deu um beijo na minha bochecha e anunciou - Eu vou indo, até mais, crianças.
— Podemos ir também? Quero ouvir Beyoncé no último no seu carro. - Ela foi na frente e eu só a segui, contra a minha vontade ela ligou o bluetooth e começou.
— Sweet Dreams!!! - Era muito fofo o quanto ela sentia essa música, era até engraçado. Quando chegamos no endereço, consegui entender melhor; tinha literalmente um tapete vermelho e alguns fotógrafos.
— Fala sério, pretinha, não tô mais afim.
— Vai dar tudo certo, okay? Só seja você. - Ela beijou a minha mão e saiu, me senti na obrigação de fazer o mesmo. O tapete não era muito grande, então me poupou de algum constrangimento, as pessoas vinham nos cumprimentar e sempre a pretinha sorrindo, e eu tentando ser a mais próxima disso; até que o homem mais inconveniente chegou;Malcom
— Eai, Pérolazinha, quanto tempo - ele a cumprimentou com dois beijinhos na bochecha e na minha vez um aperto de mão, ai se eu pudesse.
— Oiie, como vai? Essa aqui é a Maria...
— Sua nova passatempo - ela a interrompeu, e isso já tinha me incomodado, mas esse comentário; PUTA QUE PARIU - Já passei pelo mesmo que você, até ela se enjoar.
— Na verdade, quando eu disse que não ia transar com você, o seu amor acabou estranho ne?. Mas saiba que eu e a Maria fazemos todo dia. - Ela não teve nenhuma cautela e algumas pessoas em volta nem disfarçaram, puta que pariu.
— Eu já vou, boa noite pra vocês.
— Que cara chato - ela tentava se acalmar enquanto respirava fundo e suspirava tentando assimilar as coisas.
— Você tem noção do que disse?
— A verdade.
— Mas Pérola - ela me interrompeu, e dessa vez a causa disso tudo foi um beijo; sem dúvidas um dos nossos melhores, porque era como um grito de liberdade para nós duas. Quando acabou algumas pessoas nos olhavam, mas nada tão espalhafatoso, ou constrangedor. A realidade é que eu pareço ser um homem quando estou com o cabelo amarrado em um coque, o que é o caso. Mas seus olhos que brilhavam eram bem mais importantes para mim, o meu mundo começou ali.