Perola Hernandes
Acordar ao lado da mulher da minha vida mudava tudo. Depois do noivado, ajudamos a tia Vera a arrumar tudo, e logo depois viemos para cá. Ela está apagada no meu colo, vestindo apenas cueca e top, com seus cabelos longos e loiros esparramados pela cama, enquanto eu faço carinho entre seus fios.
Ela se remexeu algumas vezes, e quando finalmente abriu completamente os olhos, se deu conta que eu estava lá e então sorriu.
— Achei que ontem tinha sido um sonho, não posso acreditar que você é real. — Ela trocou de posição comigo, então agora seu corpo, que é bem maior que o meu, estava inclinado sobre o meu. — Mas e aí, como você tá? Em relação à sua mãe?
— Fiquei triste, mas não me impressionou tanto quanto Bernardo. Ela não é a melhor mãe do mundo. — Ela me deu um beijinho na testa.
— Tá ligada que pode contar comigo pra tudo, né?
— Tô ligada. — Imitei o jeito dela falar, o que fez com que seu sorriso amarelo aparecesse. Então, eu a beijei, e logo pude sentir seu corpo relativamente maior que o meu me cobrindo por inteiro. Quando ela foi descendo seus beijos pelo meu pescoço, não demorou muito para que ela chegasse até meus seios, que estavam sem nenhum tipo de "proteção", pois não costumo dormir de sutiã. Ela se aproveitou disso, e enquanto abocanhava meus seios, também me atacava com seus dedos, fazendo com que meu corpo inteiro queimasse.
Nos movemos de posição, eu em cima e ela embaixo; mas minha cabeça estava no meio de suas pernas, que inclusive tremiam a cada passo que eu dava. E quando finalmente fui mais a fundo, senti seu gosto. Fiz questão que ela sentisse também, então dei um beijo em seus lábios, fazendo com que nós duas nos colidíssemos e nossas almas também.
— Bom dia, pretinha. — Me deitei em cima de seu corpo, ainda ofegante, mas ainda assim relaxada.
— Bom dia, meu amor. — Não queríamos levantar, mas hoje é segunda-feira, e como qualquer trabalhador, tínhamos que ir trabalhar. Me troquei o mais rápido que pude porque já estava atrasada, e não é bom a chefe chegar atrasada. Ser a chefe não é poder chegar atrasada. Pelo contrário, devemos ser exemplo, pelo menos é isso que meu pai me ensinou.
Eduarda me deixou no salão. Como de costume, de segunda não temos muitas pessoas para atender. Então, quando cheguei, Helena estava mexendo no celular: parecia preocupada.
— E essa cara aí?
— Seu irmão não atende a droga do telefone, e na situação que ele estava...
— Como assim?
— Você não se lembra? — Fiz um sinal de que não com a cabeça.
— Então, senta aí.