14. Estranhos - Parte 1

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18h0431 de outubroGotham City

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18h04
31 de outubro
Gotham City

JENNI REED

Todo corpo, em repouso ou em movimento em linha reta, tende a permanecer no mesmo estado, a menos que algum tipo de força o obrigue a mudar de direção. É o que diz a primeira lei de Newton sobre o princípio da Inércia.

É o que imaginei fazer com a missão de estar aqui em Gotham. O plano era seguir uma linha reta de acontecimentos, concluir o meu dever e voltar para casa. Mas existem forças maiores, e aparentemente calculadas, para que eu mude de rota.

Não imaginei que chegaria aqui e receberia uma herança bilionária. Muito menos comprar uma empresa. E, com certeza, a menor de todas as suposições, estar no meio de super-heróis com as mais altas habilidades de investigação. Isso sim são mudanças de rota.

De um lado, ou bem a minha frente na tela do computador, para ser mais específica, tem o e-mail de Bruce Wayne aceitando a proposta que o fiz quando nos reunimos. A Troffle continuaria sendo parceira da Wayne Tech, e em troca, eu o ajudaria a descobrir quem levou a empresa para o buraco onde está no momento. Qualquer outra pessoa pensaria que é apenas um empresário tentando fazer justiça com os seus negócios. Mas eu sei para quê exatamente ele precisa dessas informações.

E do outro, tem um detetive, filho do meu novo parceiro de negócios, e famoso herói da cidade vizinha, encarregado do caso que consiste em investigar a fundo o passado da empresa que eu acabei de comprar.

Recebi uma intimação assinada pelo "detetive Richard Grayson" ordenando que eu apresente certos documentos em até 5 dias. E junto com a intimação, chegou uma mensagem de Dick no meu celular dizendo "Não se preocupe, são apenas protocolos" seguido de um "Estou aqui para o que precisar". Será mesmo?

Eu precisava que essa investigação não fosse feita por ele ou melhor, que nem existisse investigação alguma. Mas aí eu entendo o ponto da Olívia, que está há uma hora aqui no meu apartamento, me dando 75 sermões diferentes sobre quão arriscada foi a minha decisão em comprar a Troffle e que eu precisaria arcar com as consequências. Eu precisava que ela parasse de falar e me deixasse pensar. Eu precisava continuar com a missão de achar os códigos o mais rápido possível e voltar para o meu universo. Eu precisava tirar da minha cabeça o pensamento de que vi o Charles Rutherford e que eu não estava alucinando.

Eu preciso de muitas coisas. Mas infelizmente, você não pode me ajudar com nenhuma delas, Dick Grayson.

— Você está me ouvindo, Jenni? — Olívia estava impaciente, andando de um lado para o outro na tal Sala Operacional do meu apartamento.

Ela suspira e passa a mão no rosto.
E não, eu não estava ouvindo, mas minto.

— Sim, eu entendi. É tudo muito arriscado. — Pego o papel com a intimação de Dick e passo os olhos pela 4ª vez.

LONG NIGHT ☾ [Dick Grayson • Nightwing]Onde histórias criam vida. Descubra agora