Du Nord: The Believing heart lost years

As primeiras apresentações oficiais de Chariot

Sábado, 8 de Junho de 2002, Nice, França

"Já tinha se passado quase um ano que eu havia me mudado para Nice, as coisas continuaram incrivelmente na mesma, eu trabalhava meio periodo na mercearia do senhor Esteban lavando dinheiro e conseguia um extra a mais, já que grande parte dos 8000 Francos que eu ganhava iam justamente para pagar as despesas da casa, comida, aluguel, contas, o meu pai não pagava nada como sempre, ai no final do mês acabava sobrando pouca coisa para mim, só uns 2000 Francos, o que logo também foram se tornando 250 Euros, mas não mudou muita coisa, o que mesmo assim eu continuava a juntar, em uma missão de ir continuar meus objetivos de estudar em Luna Nova. Por outro lado eu estava até indo bem na escola, chamando atenção tanto no balé quanto no teatro, o que logo foi chegando a primeira apresentação em ambas, já que eu estava indo bem, a de teatro seria a primeira, eu iria encenar o mágico de oz, onde me deram o papel para ser o próprio mágico que mal aparece, mas foi interessante mesmo assim, eu pude aprender algumas coisas, foi servindo para mostrar meus passos, tal como no balé eu teria um recital, em nenhum dos dois meu pai fez questão de marcar presença, uma pena, já o pessoal da escola até veio aparecer, mesmo eu não tendo tantas amizades por lá, queriam ver a tal da Chariot Du Nord.

Bom é hoje, parece que eu nasci preparada para isso, estou muito ansiosa, mesmo aparecendo só na introdução, eu acho que posso fazer um pouco de mágica nisso aqui, minha maquiagem está pronta, eu realmente fiquei bem me vestindo assim, a roupa de mágico com uns toques de palhaço ficou interessante, vamos lá.

- Tudo pronto Chariot, pode mandar ver quando a gente te chamar, você tem os movimentos para ser uma ótima mágica de oz - Disse o professor de teatro.

Eu fui esperando, a música estava tocando, eu vou batendo os pés no chão e vai começando a ter os efeitos de fumaça pelo chão, tudo para enaltecer mais ainda, o que vai começando a narração da história com a voz do professor, e no chamado para o mágico eu apareço no palco e faço questão de ir no maior estilo solto.
Vou me movendo de um lado ao outro, faço passos, coisa que eu fui fazendo no improviso como o professor pediu, o que vou até soltando alguns malabarismos e mexendo o meu cajado de um lado ao outro, dançando segurando a minha cartola.
Vou observando bem o público, chegando na ponta do palco e depois de dar umas piruetas que aprendi no balé, eu combino com um pouco de umas partes minha se jogando no chão até chegar nas cortinas e sair do palco, acho que fiz bem agora. Vou voltando ao camarim e já vejo que a Dorothy vai aparecendo me acenando.

- Você não precisava fazer tudo isso, vai roubar meu brilho assim - Sussurra ela para mim e eu dou de ombros chegando ao camarim.

Ela deve estar se achando bastante, desde que cheguei a menina que pegou o papel da Dorothy só jogou na minha cara quando pegou porque era mais enrolada com o professor, mas eu sinceramente não ligo, só quero me divertir atuando e é a primeira vez que faço isso oficialmente.
Os outros que assistiram chegando no camarim até me parabenizaram pela atuação e os meus movimentos, ficaram sorrindo para mim.

- Poxa você nem ficou nervosa, você se move toda com leveza e delicadeza Chariot, tenho certeza que faz balé - Disse a que ai atuar de bruxa má do oeste.

- Eu faço mesmo, ao mesmo tempo que faço teatro, fui incrementando com o meu papel, era o que o professor pediu, para improvisar, eu me soltei, fora que eu já fui artista de rua, eu estou aqui pela experiência - Digo sorrindo.

- Você é demais Chariot, conheço você da escola, sempre cansada, ouvi dizer que você trabalha, ainda por cima faz aulas de teatro e balé, é uma guerreira mesmo - Disse o que vai fazer o leão covarde.

- Ah isso é o de menos, só a batalha para realizar o meu sonho, enfim vão lá que logo vocês vão aparecer - Digo sorrindo para eles e sinceramente prefiro que não saibam que eu trabalhe, mesmo que algumas pessoas da escola saibam que eu trabalho por lá.