Tentando coisas novas

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Sábado, 5 de Abril de 2008, Luna Nova

"As férias de primavera foram até que um bom ponto para se ter ideia de como lidar com a situação a respeito da minha carreira, eu consegui conversar um pouco sobre e planejar para poder fazer o meu retorno ao palco, mesmo não podendo ensaiar, eu já fui começando a roteirizar algumas coisas e até passamos alguns dias arrumando um jeito de comprar um ônibus novo, o que no final até deu para conseguir, gastando mais uma parte do meu dinheiro que tinha ganho apresentando, em um ônibus lindo daquele, enfim, as aulas logo voltaram e os dias também iriam voltar ao normal, agora chegava o último periodo em Luna Nova, a minha formatura, eu iria estudar e dar tudo de mim para ter um diploma."

Bom hora de ir para a terapia, faz um tempo que eu não volto a fazer por causa da viagem que eu fiz a Irlanda, mas já conseguir remarcar as consultas, mal espero para poder ver se eu estou indo progredir alguma coisa a respeito, eu vou contar sobre os meus dias de férias para ela, chegamos a clinica, sempre acompanhada da minha namorada, onde ela fica esperando e eu logo vou sendo atendida pela doutora, quero contar bastante dessas minhas melhoras.
Chego até a sala dela e já vou ficando mais a vontade no meu lugar, até respiro bem fundo, olhando pelos arredores, eu estava sentindo falta dessa sala, de um certo modo vir aqui até me deixa me sentindo um pouco bem, não sei porque.

- Bom dia Chariot, você finalmente voltou a terapia, estava realmente lhe esperando para isso, como vem sendo as suas semanas? Aproveitou muito as férias de primavera, pela sua cara você está realmente aproveitando esses dias e fazendo tudo aquilo que falamos - Eu vou concordando com a cabeça.

- Foi muito bom esses dias que eu passei de férias, é sempre muito bom, eu estou cada vez mais com a cabeça livre dos pensamentos a respeito da minha ex namorada que tanto me mexeu tanto, ter começado a fazer coisas novas foi de fato uma coisa que me ajudou a criar umas memórias boas vivendo com essas meninas e me desapegar mais da Croix, aos poucos estou conseguindo, até meus sentimentos por Daniella estão ficando mais intensos - Digo a ela que fica sorrindo.

- Isso é muito bom, estamos tendo um progresso e isso é muito para o seu bem estar, mas você realmente está se vendo melhor? Isso é o que eu quero saber - Eu vou concordando com a cabeça.

- Eu estou aos poucos conseguindo controlar um pouco dos meus vicios antigos, como pro exemplo o tabagismo e tudo mais, graças a esses momentos que eu fico passando com as minhas amigas, muitas vezes ainda tenho ataques de ansiedade que me fazem voltar a usar eles, já que não tem remédio que ajude em alguns casos - Eu finalmente falei sobre fumar para ela, acho que dessa vez as coisas vão mudar muito.

- Oh tão nova assim e já fuma, isso é bem sério de se resolver, você já cogitou usar adesivos de nicotina para tentar parar de fumar e pouco a pouco se desapegando dessas coisas? Não é um habito saudável e temos que ver sobre isso muito, também tem outros habitos para dizer? - Infelizmente tem momentos que é mais forte que eu.

- Queria muito parar de fumar porque minha namorada sempre se incomoda muito, não poder a beijar nesses momentos realmente me deixa mexida, eu não uso mais nada além de cigarros, só eventualmente bebo e uma vez ou outra uso cannabis, mas isso é bem eventualmente - Digo acenando para a psicologa.

- Temos que ver sobre isso, afinal eu entendo que deve ser muito o impulso de alguém que mal acabou de sair da adolescencia e ainda deve estar nela na cabeça, com esses desejos de fazer essas coisas, mas isso não é totalmente saudável, você faz uso dessas substâncias quando está com amigas não é? É tipo um jeito de se socializar? - É quase isso na real.

- Tirando o cigarro as outras são sim, só a bebida que eu só acabo umas vezes bebendo sozinha quando eu estou bem mal, infelizmente toda vez que boto na boca eu lembro do meu pai e isso me deixa arrependida, não quero ser que nem ele que já fez tanto mal comigo e ainda é um bebado do pior tipo - Ela só vai acenando a cabeça.

Du Nord: The Believing heart lost yearsWhere stories live. Discover now