Querido TIO

Cap 75

Sara Cortez

Já se passou duas semanas e nada do Júlio conta para a nossa filha o que fez, nem tão pouco ligar para o Gabriel e pedir para ele vir aqui, mas estou decidida de hoje não passa, hoje eu vou ligar para o Gabriel e pedir para ele vir ao Brasil, preciso conta que a Jessy está grávida dele, não posso mais permitir que minha filha sofra em vão.

Pego meu celular e ligo para o Gabriel, no segundo toque ele atende, falo que precisamos conversar, porém, ele não pode vir ao Brasil, pois está na Espanha, então quando decido falar tudo, para o meu azar o Júlio aparece não sei de onde é pega o meu celular.

Julio- Não acredito que você estava falando com o Gabriel.

Sara- Você não deveria está na empresa?

Julio- Esqueci uns documentos, ainda bem que esqueci e voltei para buscar, bem na hora que você ia contar para o Gabriel, não era Sara?

Sara- Sim, ele tem o direito de saber, já esperei demais você criar coragem, Júlio, será que você não ver o sofrimento da nossa filha, ela está mal, por sorte essa gravidez veio, assim ela está um pouco feliz, imaginando a reação do Gabriel.

Júlio- Sara, coloca uma coisa na sua cabeça, não podemos falar nada, pensei melhor e decidir não conta nada, nem para nossa filha e muito menos para o Gabriel, será melhor assim.

Sara- Você só pode estar louco não é Júlio, você não tem esse direito, já não basta o que você fez para separar os dois, agora você quer esconder o próprio filho do seu irmão, isso eu não vou aceitar.

Nesse instante a Jessy, entra no escritório e olhar fixamente para nós dois.

Jessy- Pai, você fez o quê?

Júlio- Querida, eu...

Jessy- Então a culpa é sua, pelo Gabriel ter terminado comigo, me responde, é por sua culpa que ele não me quer mais.

Sara- Filha, se acalma por favor, lembre-se que você está grávida e não pode se alterar assim.

Jessy- Como não vou me alterar mãe, é por culpa do papai que o meu tio me deixou, e ele não quer nem contar do meu filho.

Júlio- Jessy, se acalma, o que fiz é para o seu bem.

Jessy- Eu vou embora, vou volta para nova York hoje mesmo, não fico nem mais um minuto aqui, com você, pai, sou mesmo uma idiota, pensei que poderíamos ficar bem, mas vi que não.

Júlio- Jessy, me deixa explicar. (Fala o Júlio, e se aproxima dela)

Jessy- Não quero ouvir mais nada que venha de você, só quero ir para bem longe.

Sara- Filha, por favor, pensa melhor, não vai embora.

Jessy- Desculpa mãe, mas eu não posso ficar no mesmo teto que ele. (Diz se virando para sair, entretanto, o Júlio a segura pelo braço)

Júlio- Você não vai a lugar algum, eu não vou deixar, entendeu?

Jessy- Pai me solta, está me machucando!

Sara- Júlio, solta a minha filha, ela tem o direito de fazer o que quiser, ela já é de maior, acho que já deu, você não acha que, nos metemos demais na vida dela e do Gabriel?

Júlio- Não, pois a nossa filha está cega, e o nosso dever de pai é mostra o certo, a jessy, não vai para lugar algum, daqui ela não sai.

Jessy- Vamos ver. (Diz em um tom desafiador)

Júlio- Você vai para um convento, lá estará segura de qualquer coisa e principalmente do Gabriel, nesse lugar você vai ter o seu filho, e vamos lhe dá total apoio.

Jessy- Você só pode estar brincando, eu não vou para lugar nenhum, entendeu?

Sara- Júlio, você ficou maluco, que loucura é essa, você não pode internar a nossa filha em um convento, só para impedir que o Gabriel saiba da existência desse bebê?

Júlio- Tanto posso como já fiz, só estava esperando o momento certo de falar, acho que esse momento chegou.

Jessy- Mãe, ele não pode fazer isso, não pode, eu não quero ir para convento algum, eu só quero volta para o meu tio.

Sara- Júlio, já chega, você já está indo longe demais, a Jessy vai volta para nova York, entendeu, e eu vou com ela.

Júlio- Vocês não vão a lugar nenhum, a Jessy vai para o convento, é tipo uma clínica, onde ela será bem tratada, elas cuidarão para nada faltar, até o bebê nascer, será tipo um SPA.

Jessy- Pai, você enlouqueceu, essa é a única explicação. (Fala chorando)

Não consigo falar nada, apenas encaro o Júlio e balanço a cabeça em negativo, eu não conheço mais o meu marido, o está acontecendo com esse homem, ele enlouqueceu de vez.

Sara- Júlio, é melhor deixar a nossa filha volta para nova York, ela espera pelo Gabriel na casa dele, e eu fico com ela até ele retorna.

Jessy- Mãe, para onde o meu tio foi, ele não está mais em nova York?

Sara- Não, querida, o Gabriel está na Espanha, a trabalhar, ele não me explicou direito, mas parece que vai fica lá por dois anos.

Jessy- O quê, dois anos? (Diz e em segundos ela está desmaiada nos braços do Júlio)

Corro até ela desesperada, me culpando por tudo, se não tivesse piorado a situação ela não teria desmaiado, a minha filha tá muito sensível, e não deveria passar por um estresse desses.

Julio- Sara, pensa melhor, é o certo a se fazer, se a nossa filha ficar o Gabriel ela correrá perigo, é por isso que quero manda ela para o convento de freiras, lá ela estará segura.

Sara- Eu não quero saber disso agora, Júlio, por favor leve a Jessy para o quarto dela.

Ele não diz nada, só a ergue e a leva para o seu quarto, chegando lá, entramos e o Júlio coloca a Jessy, na cama, enquanto vou pegar um pouco de perfume para ele cheirar e ver se ela acorda.

Julio- Sara, por favor me escuta, eu falei com a Emma, e ela me ameaçou, disse que a jessy pagaria caro se eu contasse algo para Jessy ou o Gabriel.

Sara- Júlio, como você pode se unir a uma mulher feita a Emma, ela nunca me encanou, sempre tive um pé atrás com ela.

Júlio- Eu só quero proteger a nossa filha, Sara, é só isso.

Quando vou responder a Jessy, acorda e me chama.

Jessy- Mãe, o que aconteceu?

Sara- Você desmaiou, querida.

Jessy- Mãe é verdade que o Gabriel está na Espanha.

Sara- Querida depois falamos sobrinha isso.

Júlio- Filha, você me deu um baita susto.

Jessy- Eu não quero mais falar com você, dá para sair do meu quarto.

Júlio- Filha, me deixa te explicar, tudo que fiz, foi para o seu bem, para te proteger.

A Jessy nada responde, só se vira e fechar os olhos, encaro o Júlio e ele entende o que queria falar, ele apenas assenta com a cabeça e vai embora. Não sei o que fazer, não quero que nada de mal aconteça com a minha filha, mas também não quero trancá-la em um convento, ainda mais nesse estado que ela se encontra.