Cap 41

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Jéssica Cortez (JESSY)

- Eu te amo, minha pequena, não me deixe por favor, não me deixe...

Acordo com o Gabriel falando, olho e ele continua de olhos fechados, o chamo e nada, então peço que ele está delirando, seu corpo está queimando de tão quente, olho rapidamente para coberta e vejo sangue, o que me deixa desesperada, saio correndo e esbarro na minha mãe.

Sara- Filha, o que aconteceu, por que esse desespero todo?

Jessy- Mãe... O Gabriel... O Gabriel...(Paro, pois não consigo falar, apenas chorar)

Sara- O que tem o Gabriel, meu amor? (Questiona me abraçando)

Jessy- Ele está com muita febre e o seu ferimento está sangrando bastante.

Sara- Meu amor se acalme, vamos ligar para a emergência. (Fala pegando o celular e ligando)

Volto para o quarto com a minha mãe, ver o Gabriel nesse estado me deixar completamente desesperada, me aproximo dele e até parece que sua febre aumentou ainda mais, me levanto, vou até o banheiro, pego a toalha de rosto, molho e coloco na sua testa.

Jessy- Mãe, eles estão demorando.

Sara- Calma filha, não faz nem dois minutos que liguei.

Jessy- Mãe, você pode vir comigo?

Sara- Claro, querida, só não sei se seu pai vai esperar, mas não tem problema.

Jessy- Ele vai embora?

Sara- Sim, querida, quando você esbarrou em mim, estava vindo me despedir.

Jessy- Mãe... Me desculpa por tudo, por estragar seu Natal, eu não queria.

Sara- Está tudo bem meu amor, eu não consigo concordar com esse relacionamento entre você e o seu tio, mas estou ao seu lado, se você está feliz isso é o mais importante para mim. (Diz e se aproxima e deixa um beijo na minha cabeça)

Gabriel- Jessy... não me deixar... eu te amo...(Volta a dizer)

Sara- Ele realmente está mal.

No mesmo instante que minha mãe fala, os enfermeiros entram no quarto e começa a fazer os procedimentos no Gabriel.

Jessy- O que ele tem?

Enfermeira- O seu ferimento está infeccionado, ele precisa volta urgente para o hospital.

Jessy- Tudo bem.

Eles colocam o Gabriel na maca e o leva para a ambulância, estou tão desnorteada que nem troco de roupa, apenas desço com eles e a minha mãe, assim que chegamos na ambulância, entro e quando é a vez da minha mãe, o meu pai sai do carro e segura o seu braço.

Júlio- Onde você pensa que vai?

Sara- Vou com a nossa filha até o hospital, o seu irmão não está bem.

Júlio- Você não vai a lugar algum com essa aí, vamos embora agora, entendeu?

Sara- Júlio, eu não posso volta e deixa a nossa filha assim.

Júlio- Ela escolheu passar por isso, então que resolva sozinha, agora vamos embora, ou não responderei por mim. (Fala meio alterado.)

A minha mãe não diz nada, mas também não se afasta da ambulância, mesmo com o coração destruído querendo muito que ela fique comigo, a manda ir com o meu pai.

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