cap 76

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Jéssica Cortez (JESSY)

Depois que meus pais saíram, pego meu celular e ligo para o Gabriel, preciso conta para ele do nosso bebê e sobre o que o meu pai fez, chama uma, duas e no terceiro toque ele atende, o que me deixa surpresa.

Ligação on

*Gabriel?

*A... Jéssica, o que você quer?

*Por que está tão frio comigo?

*O que você quer, acredito que não temos nada para conversar, não é?

*Fiquei sabendo que você está na Espanha, por que você viajou?

*Não é da sua conta, agora por favor não me ligue mais.

*Gabriel, porque você está sendo tão arrogante comigo, eu só queria te dá uma notícia?

*Eu não quero saber de notícia alguma, não me ligue mais, já terminamos, siga sua vida que eu já estou seguindo a minha.

*O que está acontecendo, tem alguém com você?

*Sim, como disse, já estou seguindo a minha vida.

*Então você não viajou para a Espanha a trabalho não, você viajou para encontrar outra pessoa?

*Sim.

*Entendo.

*Adeus pequena.

*Eu te odeio Gabriel, eu nunca deveria ter me envolvido com você.

Ligação off

As lágrimas começam a cair em turbilhões, não consigo para de chora, estava até com esperança de voltamos após conta tudo para ele, mas, na verdade ele já está seguindo sua vida, involuntariamente minha mão vai para a minha barriga, enquanto acaricio, falo com o meu bebê.

Jessy- Desculpa, meu filho, mas acho que você não vai conhecer o seu papai.

Fico encarando o teto e começo a cogita que meu pai tem razão, preciso esquecer o Gabriel, e fica longe por um tempo é o certo, enxugo as lágrimas e desço, encontrando o meu pai sentado no sofá encarando o nada.

Jessy- Pai?

Julio- Filha, está tudo bem?

Jessy- Queria te fala algo.

Júlio- Sim, querida, venha se sente aqui.

Me sento, e fico em silêncio por alguns segundos, procurando coragem para dizer que aceito ir para esse tal convento.

Júlio- Querida, me perdoa, por tudo que fiz, eu só quero o seu bem, por...(Mas interrompi)

Jessy- Pai, desculpa, eu só queria dizer que...

Sara- O que está acontecendo aqui, vocês não estão brincando não? (Fala descendo as escadas)

Jessy- Não, mãe, estamos apenas conversando.

Sara- Sobre?

Jessy- Mãe, pai, eu só quero dizer que vou para o convento.

Sara- Filha, o que deu em você, como assim você quer ir, para o convento, eu não estou entendendo?

Jessy- Mãe, eu pensei melhor, e acredito que o papai está certo, lá será melhor.

Sara- E o Gabriel, como ficar, você não vai conta do filho que está esperando?

Jessy- Não, mãe, eu não quero mais saber do Gabriel, e o meu bebê é só meu, o Gabriel não precisa saber.

Sara- Jessy, que loucura é essa, me diz o que houve que te fez muda de opinião, assim tão repentinamente?

Jessy- Nada, mãe, só pensei e percebi que o papai tem razão.

Júlio- Sara, para de insistir, a nossa filha já decidiu, ela está certa, se afasta de tudo será o melhor.

Sara- Espero que você não se arrependa filha. (Diz e sai para a cozinha)

Converso um pouco mais com o meu pai e depois vou para o meu quarto arrumar minhas coisas, pois quero ir embora o mais rápido possível, tenho que esquecer o meu tio, e segui minha vida, igualmente ele já fez.

••••••••

Após onze horas de viagem chego na Inglaterra, assim que desço do avião, já vejo uma senhora, ela segura uma placa com o meu nome, me aproximo e sou recebida com um sorriso gentil.

Madre- Seja bem-vinda minha filha.

Jessy- Obrigada.

Madre- Sou isla, a madre do convento.

Jessy- Sou a Jéssica, suponho que o meu pai já explicou tudo.

Madre- Sim, vamos?

Jessy- Sim.

Sei que estou aqui na Inglaterra a contra gosto da minha mãe, ela tentou me convencer a não vim, mas não dei ouvidos, depois do que o Gabriel me falou, essa é a minha melhor escolha, não falei nada para minha mãe, só pedi que ela não contasse do meu filho para o meu tio, caso ele ligasse, porém, acredito que ele não vai ligar.

Depois de uma hora de viagem chego no tal convento, entretanto não parece em nada com um convento, é lindo, me faz lembrar um castelo bem antigo, tem árvore em volta dele todo, é bem aconchegante.

Entramos e a madre isla, me mostra um pouco de tudo, mas só um pouco, já que estou bastante cansada devido à viagem, também estou enjoada, a madre me leva para o meu quarto, entro, deixo minha mala em cima da cama, e começo a tira minhas coisas, e para o meu azar, tem uma camisa do Gabriel, devo ter colocado sem perceber, pego e a cheiro, ainda posso sentir o perfume fraco do meu tio.

Tomo banho, e visto a sua camisa, me deito na cama e como estou cansada, logo o sono vem e eu apago completamente.

Acordo com um toque de um sino, olho no relógio e são cinco da manhã, me levanto e olho pela janela, continua um pouco escuro e frio, o que me faz retornar para debaixo dos lençóis, hoje o meu dia será bem longo, mas espero que consiga ocupa minha mente com qualquer coisa, que não seja o meu tio.

(****)

Madre- Bom dia, menina!

Jessy- Bom dia, madre.

Madre- Sente, e coma, depois iremos para as aulas de música, você irá gostar daqui.

Nada respondo, só dou um leve sorriso, me juntando a ela e outras freiras, não como muito, pois o meu estômago está ruim, tomo apenas um pouco de leite e belisco uma torrada com geleia de morango.

Café finalizado, me levanto e sigo a madre até a sala de música, no caminho até lá, ela fala que terei toda assistência necessária para a minha gravidez, o que me deixa feliz, já que estou longe de casa e da minha mãe, falando nela depois que terminar a minha aula de música vou ligar para ela, e dizer que estou gostando daqui.

Na aula de música, não consegui me concentrar direito, já que a música que estou aprendendo é bem triste, e me fez lembrar do Gabriel, e logo as lágrimas começam a cair.

Madre- Está tudo bem?

Jessy- Não é nada, só que essa música me lembrou de alguém.

Madre- O pai do seu filho?

Jessy- Sim.

Madre- Você deve amar muito ele né?

Jessy- Sim, mas acho que ele nunca me amou, porém, não quero mais falar disso.

Madre- Você está certa, querida, mas acredito que ele deveria saber que vai ser pai.

Jessy- Eu não sei, mas vou pensar

Termino a aula de música e vou caminhar um pouco ao redor do convento, preciso pensar se devo ou não conta para o Gabriel, pois da última vez ele não me deixou falar nada.





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