Capitulo 11

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Não era acostumada com festas, mas dançava e cantava como se fosse, pois estava adorando me divertir com as meninas. Depois do episódio de verdade ou desafio, estava decidida a nunca mais jogar o bendito jogo, mesmo que a garrafa não tenha parado em mim, o que eu agradeço imensamente.

— Vou pegar mais — balanço meu copo e elas concordam, não parando de dançar por um segundo se quer. Bom, eu não era a única me divertindo ali.

Passo pela multidão, em direção a cozinha que se encontrava totalmente vazia, pois todos os convidados estavam espalhados por algum canto da casa. Encho meu copo com energético mas dessa vez coloco só um pouco de vodka, me preparando para ir embora e não acordar com resaca alguma.

Assim que viro pra ir em direção a festa tudo acontece rápido demais para alguém com teor alcoólico um pouco elevado poder raciocinar. O líquido em meu copo, foi inteiramente entornado em alguém.

— Merda — olho pro dono da voz grossa e vejo quem eu menos queria, Zaiden.

Se ele não me matou antes, dessa vez mata. Ele olha pra sua blusa branca vendo o quão encharcada ficou e ainda por cima o energético tinha corante, o que deixou sua blusa azul, e eu tinha certeza que essa mancha não iria sair. De repente uma sensação de dejavú me atinge.

Ele ainda não me notou, dá tempo de sair de fininho.

Fico sem saber o que falar e não consigo dar um passo para fora do lugar, ainda não acredito na má sorte que eu dei e no quanto eu sou azarada. Mas então seu olhar sobe de sua blusa encontrando o meu, Zaiden não parece nada feliz.

— Está de brincadeira comigo? — indaga, serio.

Demoro alguns segundos para procurar as palavras certas.

— Você que apareceu do nada — Me defendo. Eu que não vou me rebaixar pra ele. Zaiden já parecia não gostar nem um pouco de mim e da minha presença, então o que é um peido pra quem já tá cagado?

— Eu? — franze o cenho.

— Sim! Se não estivesse aqui, isso não teria acontecido.

— Tem algum fetiche em entornar bebida nas pessoas ou isso é só comigo?

— Só com você! Eu calculo o momento em que vai aparecer — provoco.

Uma risada abafada e ácida brota em seus lábios.

— Você não vai querer fazer isso, garota — um aviso.

Céus! Por que aquela voz tinha que ser tão rouca e profunda, quase selvagem?

— Isso o que?

— Me provocar!

— Está me ameaçando de novo? — deduzo, cruzando os braços.

— Eu não ameaço — Zaiden dá um passo à frente —Eu faço.

— É mesmo? — Me aproximo — E o que você faria? — Estávamos mais perto dessa vez, em um sinal claro de desafio, onde nenhum dos dois iria se render. Talvez fôssemos dois teimosos e orgulhosos.

Pergunta perigosa Alya, ele com certeza quer cortar sua cabeça. Me demitir ele não iria, Zaiden não era meu chefe aqui. E talvez, ele ainda não soubesse que trabalho em sua casa. Ou até já sabia, e esse era outro motivo para me detestar, pois ele me veria mais vezes do que queria.

Todos os pensamentos de que forma ele iría me matar, sumiu no segundo que vejo seus olhos descerem até meus lábios, esse simples gesto de alguma forma me deixou estranha, deixou meu corpo estranho. Como no dia do mercado, em que eu havia caído em seus braços.

Esqueça as Chamas e a Tempestade (Livro 1 da série: Herdeiros) Onde histórias criam vida. Descubra agora