Capitulo 27

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Zaiden Goldman

Vou para o bar mais longe de tudo aquilo pensando em tudo que acabou de acontecer. Uma grande merda com certeza.

Minha cabeça trabalhava incansavelmente revivendo o que eu havia feito. Beijar a garota na qual jurei não tocar e me manter longe. Porra, eu simplesmente taquei o foda-se e fiz, não pensando nas consequências que o acontecimento poderia provocar.

E agora? Uma das consequências nesse momento era a grande elevação em minha calça. Porra! Eu estava duro pra caralho.

- Whisky - digo ao barman, que ao ver o estado em que eu estava, me entrega o copo com o líquido escuro na mesma hora. Bom rapaz.

Viro o líquido que costumava beber devagar, rapidamente e lhe entrego de novo. Eu precisava tirar aquele gosto dela de mim e faria o que fosse preciso. Com isso, me adianto:

- Me dê a garrafa - mando sério e ele apenas acena com a cabeça, não ousando em que contrariar. Ótimo, eu não faria isso se fosse ele nesse momento.

- Zaiden? - olha em direção a voz e vejo Kenai se aproximando, sentando ao meu lado.

- Agora não - digo, na intenção de que ele vá embora para que eu possa ficar sozinho e pensar na besteira que havia feito. Mas o loiro não escuta.

- O que aconteceu lá? - indaga extremamente confuso.

Bom, eu também estava.

- Não sei - murmuro pegando a garrafa que o barman trouxe, e enchendo meu copo.

- Mano... - começa com a voz séria e já sei que ele vai direto ao ponto - E o acordo?

- Aquilo foi um jogo, Kenai, e não vai se repetir - digo, mas acho que falava mais para mim mesmo do que para ele.

- Agora tudo faz sentido - conclui, não dando a mínima pro que acabei de falar - Você a queria longe, não porque ela podia ser como Júlia e tentar algo com você, e sim por que você podia tentar algo se ela se aproximasse demais.

Nessas horas eu sentia falta do Kenai engraçadinho que só fazia piadas o tempo todo. Não o Kenai conselheiro e sério.

Porra.

Não tinha mais como negar, era por isso que estava com raiva, porra, furioso. Não era para ter beijado Alya, eu jurei a mim mesmo que ficaria longe da garota. No fundo eu sabia que se fizesse isso, se chegasse perto demais, iria acabar cedendo para aquela boca rosada e os olhos amarelos brilhantes.

Pensei que se cedesse uma única vez, provaria para mim mesmo que era um beijo qualquer, que a vontade iria embora e continuaria minha vida. No entanto, foi tudo diferente do que imaginei.

E caralho, era como o paraíso.

Um lugar que nunca estive.

A loira tinha o sabor de uma coisa que não sei descrever, mas que havia me deixado louco. Era como uma droga, que com certeza viciaria qualquer um que provasse.

A sensação de ter minhas mãos vagando pelo seu corpo pequeno e delicioso... porra!! Quem eu queria enganar? Alya Miller era gostosa e uma tentação do caralho, com certeza um pecado no qual eu não podia cair outra vez.

Assim que a vi hoje sabia que a noite seria difícil. E quando a garota ao meu lado sussurrava alguma coisa em meu ouvido, mal prestei atenção, pois na hora percebi Alya de canto de olho me encarando de cima a baixo e aquilo me fez rir, pois sabia o que se passava em sua cabecinha.

Não sei porque aquilo estava acontecendo comigo, a garota era um desastre ambulante que estava em todo lugar marcando o ambiente com seu perfume de baunilha e cereja. Um cheiro tão doce quanto sua maldita boca.

Esqueça as Chamas e a Tempestade (Livro 1 da série: Herdeiros) Onde histórias criam vida. Descubra agora