Capítulo 59.

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                                  Alya Miller

O iate havia acabado de ancorar no píer de uma praia extremamente bela e paradisíaca com areia tão branca como a neve. Eu morava em Boston a anos e nunca antes havia estado aqui, mas vi algumas fotos na internet.

A água era azul cristalina com ondas leves, coqueiros enormes contornavam a praia, dando sombra em algumas áreas específicas, e mais acima, casas lindas se faziam presentes por perto, me dando a certeza de que a praia não era totalmente deserta como parecia.

— Cadê todo mundo? — pergunta Jasmin, assim que colocamos os pés no píer de madeira.

— A praia é privada — Grace mexendo os ombrinhos de forma contente, segurando uma de suas malas.

— Somente os proprietários dessas casas podem entrar aqui — Lucca aponta para as lindas casas em volta da praia. Pelo visto, ele também já esteve aqui antes.

— Não podemos estar em praias públicas, os paparazzis iriam cair matando em cima do meu irmão e dos meninos.

Já ouvi falar em praias privadas ao redor de Boston, onde somente os ricos e herdeiros de famílias extremamente ricas frequentavam. Essa em que estávamos, era a principal delas.

As festas aqui sempre foram as mais comentadas de Boston, festas particulares onde nunca estive, mas
assim como qualquer ser humano comum, ouvia falar. Os jovens da minha antiga faculdade, só sabiam comentar sobre isso, mesmo que nem mesmo eles pudessem entrar.

Nunca pensei que fosse sequer um dia pisar os pés em um lugar como este, mas estava contente por essa oportunidade, a praia parecia realmente um paraíso, honrando a fama que tinha.

— Qual dessas casas é a de vocês? — Não consigo conter a animação em meu tom de voz, mas me policio no mesmo instante quando Grace aponta para ela.

Era claro que a maior de todas seria deles. Estávamos falando dos Goldman...

A casa na qual Grace apontou, era enorme em comparação às outras. Branca, dois andares com janelas arqueadas e um telhado em ladrilhos brancos, dando um estilo arquitetônico parecido com o da Grécia. Algo mais Mediterrâneo ou costeiro.

— Cadê os meninos? — Grace olha para trás ao perceber que eles ainda não saíram do Iate.

— Acho que vão descer com nossas malas — explica a ruiva, sem conseguir tirar os olhos das casas.

— Ótimo, assim escolhemos os quartos primeiro! — dispara Lucca, saindo correndo pelo píer em direção a areia.

Gargalhamos com sua animação e vamos correndo atrás dele, animadas para pegar os melhores quartos daquela casa incrível. Eu usava sandálias, então sinto o exato momento em que a areia entra em contato com meus dedos ao pisar nelas.

— EU VOU PEGAR O MELHOR QUARTO! — Grita Lucca mais à frente, dando sua vida na corrida, ansiando chegar primeiro.

— EU QUE VOU, SUA PROSTITUTA! — anuncia Grace, logo atrás dele, equilibrando sua pequena mala cor de rosa no topo da cabeça.

— ME ESPEREM! — Olho para trás, vendo a ruiva tentar correr para nos alcançar e falhar miseravelmente.

Minha barriga doía de tanto rir e eu já não sabia se corria ou deitava na areia fofa gargalhando deles.

Subo a escada branca, saindo da areia macia e dando de cara com um lindo espaço de lazer da casa. O piso era todo branco, com uma piscina privativa no centro e várias espreguiçadeiras espalhadas pelo local junto a uma mesa, puffs e sofás. Contorno a piscina e vou em direção ao caminho que Lucca e Grace sumiram, adentrando a casa por uma porta de vidro.

Esqueça as Chamas e a Tempestade (Livro 1 da série: Herdeiros) Onde histórias criam vida. Descubra agora