Capítulo 46.

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Seus músculos bem definidos estavam à mostra, já que ele não usava camisa, e sim, apenas uma calça de moletom preta.

Engulo em seco.

Seus olhos me avaliavam de cima a baixo, brilhando com algo quase selvagem e primitivo que me deixa em um completo transe, totalmente sem ar. Mordo os lábios e coro, ao notar que ele estava olhando para o meu corpo.

Um arrepio atinge minha espinha instantaneamente, e como a camisola branca de cetim era fina, eu tinha certeza que o bico dos meus seios estavam bem marcados, entregando o que eu estava sentindo ao receber o olhar dele.

Aperto minhas em em um punho, e me forço a falar:

— Desculpa, não sabia que você estava aqui — digo, mostrando que me sentia envergonhada ao aparecer daquela forma na frente dele.

Zaiden não responde. Seus olhos pareciam mais escuros, como se não fosse ele mesmo ali, e sim, algo mais...faminto.

Quando faço menção de me virar e ir embora, sua voz rouca, nublada por algo feroz, soa no ambiente me fazendo parar.

— Vai fugir de novo?

Fecho os olhos, entendendo o que ele queria dizer com aquilo. Quando olho em sua direção de novo, vejo que ele tinha um olhar cético no rosto, enquanto procurava no meu, respostas ocultas. Faço uma pausa, respirando fundo para me impor. Então respondo:

— Eu não fugi de você — minha voz não sai tão convicta quanto eu pensava, e uma risada baixa, mas sarcástica e rouca, me faz estremecer automaticamente.

Céus!

— Não foi isso que pareceu, girassol — Zaiden se aproxima mais um passo, e mesmo que eu quisesse, não tinha forças para me afastar. Saber que ele havia percebido que fugi, faz um calor aquecer minhas bochechas, de vergonha. Embora eu já devia esperar, Zaiden sempre parecia saber o que eu pensava.

— O que está fazendo? — Minha respiração já estava mais irregular quando o vejo se aproximando ainda mais, me fazendo encostar no balcão de mármore e ter seu corpo contra o meu.

Como um caçador encurralando sua presa.

O simples contato do bico dos meus seios raspando contra seu abdômen trincado e desnudo, me faz estremecer da cabeça aos pés, e tenho absoluta certeza que minha reação não passou despercebida por ele.

— Quero que diga — Ele ergue meu queixo em sua direção, e vejo seus olhos cada vez mais escuros, quase sombrios. No entanto, ao invés de me fazer querer correr para longe, me instigavam a ficar.

— Dizer o que? — Minha voz sai mais baixa que o normal, totalmente afetada pela nossa aproximação.

Devagar, ele leva uma mecha de cabelo loiro atrás da minha orelha e se inclina até meu pescoço, segurando meus maxilar para dar mais espaço para que ele sussurre no meu ouvido:

— Por que fugiu de mim? — Seu hálito quente, bate em meu pescoço sensível e uma queimação se infiltra por entre minhas pernas. Fecho os olhos, tentando absorver todas as sensações que pareciam me consumir.

— Eu...eu não fugi de você — digo, mas me arrependo na mesma hora. Não consigo conter um gemido baixinho que sai pelos meus lábios quando sua coxa grossa entra no meio das minhas, fazendo com que eu as separe, enquanto a dele se fixa contra um ponto imensamente sensível por cima da minha calcinha.

Porra.

— Não minta pra mim, girassol — rosna em meu ouvido e morde minha orelha — Eu sei quando essa boquinha linda está mentindo.

Esqueça as Chamas e a Tempestade (Livro 1 da série: Herdeiros) Onde histórias criam vida. Descubra agora