Zaiden GoldmanProvocadora.
É isso que Alya Miller era, uma grande provocadora do caralho.
E o que eu fiz sobre aquilo? A mandei embora como já fiz com várias outras? Não! Eu apenas fiquei estático vendo a garota tirar o sobretudo devagar, como a grande provocadora que era, e mostrar a maldita saia que mal tampava suas coxas grossas e torneadas.
A garota ainda rebola aquela bunda empinada até o sofá e senta como uma grande rainha em seu trono, e pra piorar, meu cachorro a segue como se fosse sua sombra, como se ela fosse sua dona.
Nesses momentos eu ficava repetindo a porra do acordo instantâneamente e repetitivamente na minha cabeça, como a merda de uma música viciante, esperando não cair naquela tentação.
Alya Miller parecia ter sido feita para me testar, desde o momento que a vi entrando naquele maldito mercadinho de esquina, me fazendo parar o carro e segui-la, apenas para vê-la um pouco mais, nem que fosse com um corredor de distância.
Às vezes me pegava tendo pensamentos que sem dúvida alguma, não deveriam estar rondando pela minha cabeça, como, eu jogando o acordo pra puta que pariu, agindo como um verdadeiro lunático enquanto a tomava para mim por inteira, totalmente a minha mercê para que fizesse o que quisesse.
Eu nunca esperaria que a garota aparecesse no meu apartamento, mas quando o porteiro telefonou, não pude deixar que a surpresa e a curiosidade me atingissem de forma automática.
Quando ela abriu aquela boca atrevida e rosada, apenas para dizer que veio buscar a apostila, por um momento não fiquei nada satisfeito com sua resposta.
— Ou eu espero ela chegar em casa e responder — Ela abre o sorriso mais cínico do mundo, e não precisava de muito esforço para entender o que aquilo significava.
Alya Miller queria me provocar.
E eu não podia cair no seu joguinho.
Tiro meu celular do bolso, ainda olhando aquela íris de girassol, Alya tinha uma sobrancelha erguida em minha direção. Olho para meu celular, cortando nosso contato e mando uma mensagem para Lorye, exigindo para assim que chegar em casa, responder onde havia guardado a bendita apostila.
Bloqueio o telefone, guardando de volta.
— Quer beber alguma coisa? — pergunto, mas me lembro de algo no mesmo instante — Desde que não seja vinho, acho que não tem problema — digo em tom provocador.
Alya fica vermelha no mesmo instante e olha pro lado, evitando contato visual. Era provável que ela ainda estivesse envergonhada pelo o que ocorreu na quinta.
— Não quero nada.
— Tem certeza? Lorye não chegará rápido.
Alya balança os pés enquanto avalia se deveria beber qualquer coisa que eu ofereça.
— Qual é garota, não vou te envenenar! — Deixo claro e ela revira os olhos.
— Primeiro, não me chame de garota — Ela se levanta e é impossível não deixar que meus olhos corram por suas pernas de novo — Segundo, estou sozinha com você aqui, quem garante que não vai me envenenar? — Ergue as sobrancelhas, se aproximando. Alya não aparentava acreditar realmente naquilo, parecia falar mais para me provocar do que qualquer outra coisa. No entanto, a menção de que eu a envenenaria me irritou.
Não garota levada, você não se vai em direção a presa enquanto a provoca dessa forma.
Solto o copo no bar, logo me aproximando devagar, até estar a centímetros de distância de seu corpo pequeno.
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Esqueça as Chamas e a Tempestade (Livro 1 da série: Herdeiros)
RomanceEla faz Direito. Ele é herdeiro de uma das maiores empresas de NY. Ela é sonhadora. Ele tem o futuro decidido. Ela é novata. Ele o mais popular da universidade. Ela tem cicatriz. Ele também. Talvez eles sejam mais parecidos do que pensam... Alya...