NALA
Acordo com meu alarme tocando. São 8 da manhã.
Me sento na cama e crio coragem pra levantar.
Vou direto para o banheiro tomar um banho longo. Lavo meu cabelo com um shampoo da minha avó e logo saio de toalha, indo pro meu quarto.
Vesti uma camiseta longa com calça jeans rasgada. Tenho mesmo que comprar roupas novas, aqui no Rio é calor demais.
— Café da manhã tá pronto! — Minha avó grita e eu vou pra cozinha. — Não está com calor?
— Um pouco, mais tarde eu compro roupas novas...
— Tabom, tem várias lojinhas de roupas baratas por ai. Precisa de dinheiro?
— Não, eu tenho um pouco ainda. — Sorrio e ela também.
— E como foi o dia ontem?
— Foi bem, mas a dona do salão parece meio... Maluca.
— Não se meta com aquela mulher.
— Por que?
— Ela fica com o... Minha senhora! Tenho que ir, depois eu volto! Bom trabalho!
— Pra você também! — É a última coisa que digo antes dela passar pela porta.
Respiro fundo e bora pra mais um dia!
Pego meu celular e no caminho para o salão, vejo algumas mulheres de idade conversando em frente as casas.
Chego no salão e entro. Só tem a dona dentro dele.
— Finalmente alguém pontual! Venha, comece a fazer minha unha!
— Tá. — Respondo. — Qual cor?
— Rosa.
— Ok. — Digo e vou fazendo meu trabalho.
Minutos depois, Luiza aparece.
— Cheguei!
— Tô aqui também. — Mia diz.
— Só essa menina aqui que é pontual, vocês mereciam ser demitidas! Agora vamos, tem minha sobrancelha e meu cabelo.
Cada uma vai fazendo uma coisa, e logo todas terminamos.
— Ótimo, estou linda.
— Ele vai adorar. — Mia diz mas sinto um pouco de deboche em sua voz, deve ser só impressão.
— Claro que vai! — A dona fala e sai do salão.
— Ele quem? — Pergunto, mas não sei se devo perguntar.
— Puma. — Responde Mia enquanto limpa o chão.
— Quem?
— Dono aqui do morro, é um gato! — Luiza fala e se senta no sofá do meu lado. — Mas um cafajeste também, é todo dia uma mulher diferente.
— Só a Patricia mesmo pra acreditar que eles tem algo.
— Ele só quer sexo e certeza que prefere as putas. — Elas riem.
— Quantos anos ele tem? — Eu pergunto imaginando um velho de 60 anos.
— 25. — As duas respondem.
— 25?? E é dono daqui já?
— Né?? Mas daquele lá nunca vem coisa boa. Nunca vi alguém tão frio quanto o Puma. Dizem que mataram os pais dele e depois ele matou o cara com um garfo. — Luiza conta e tenho uma crise de riso. — Ri não que ele pode ir atrás de você com o garfo tá?? — Eu rio mais.
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Mocinha do Chefe
RomancePuma comanda a quebrada tem um tempo, e desde muito novo teve que aprender a se virar. Frio e sem família, sua vida gira em torno de dinheiro, mulher e droga. Ninguém ousa bater de frente com o chefe. Nala é uma garota simpática que faz de tudo para...