4

37.7K 1.8K 253
                                    

NALA

Acordo com meu alarme tocando. São 8 da manhã.

Me sento na cama e crio coragem pra levantar.

Vou direto para o banheiro tomar um banho longo. Lavo meu cabelo com um shampoo da minha avó e logo saio de toalha, indo pro meu quarto.

Vesti uma camiseta longa com calça jeans rasgada. Tenho mesmo que comprar roupas novas, aqui no Rio é calor demais.

— Café da manhã tá pronto! — Minha avó grita e eu vou pra cozinha. — Não está com calor?

— Um pouco, mais tarde eu compro roupas novas...

— Tabom, tem várias lojinhas de roupas baratas por ai. Precisa de dinheiro?

— Não, eu tenho um pouco ainda. — Sorrio e ela também.

— E como foi o dia ontem?

— Foi bem, mas a dona do salão parece meio... Maluca.

— Não se meta com aquela mulher.

— Por que?

— Ela fica com o... Minha senhora! Tenho que ir, depois eu volto! Bom trabalho!

— Pra você também! — É a última coisa que digo antes dela passar pela porta.

Respiro fundo e bora pra mais um dia!

Pego meu celular e no caminho para o salão, vejo algumas mulheres de idade conversando em frente as casas.

Chego no salão e entro. Só tem a dona dentro dele.

— Finalmente alguém pontual! Venha, comece a fazer minha unha!

— Tá. — Respondo. — Qual cor?

— Rosa.

— Ok. — Digo e vou fazendo meu trabalho.

Minutos depois, Luiza aparece.

— Cheguei!

— Tô aqui também. — Mia diz.

— Só essa menina aqui que é pontual, vocês mereciam ser demitidas! Agora vamos, tem minha sobrancelha e meu cabelo.

Cada uma vai fazendo uma coisa, e logo todas terminamos.

— Ótimo, estou linda.

— Ele vai adorar. — Mia diz mas sinto um pouco de deboche em sua voz, deve ser só impressão.

— Claro que vai! — A dona fala e sai do salão.

— Ele quem? — Pergunto, mas não sei se devo perguntar.

— Puma. — Responde Mia enquanto limpa o chão.

— Quem?

— Dono aqui do morro, é um gato! — Luiza fala e se senta no sofá do meu lado. — Mas um cafajeste também, é todo dia uma mulher diferente.

— Só a Patricia mesmo pra acreditar que eles tem algo.

— Ele só quer sexo e certeza que prefere as putas. — Elas riem.

— Quantos anos ele tem? — Eu pergunto imaginando um velho de 60 anos.

— 25. — As duas respondem.

— 25?? E é dono daqui já?

— Né?? Mas daquele lá nunca vem coisa boa. Nunca vi alguém tão frio quanto o Puma. Dizem que mataram os pais dele e depois ele matou o cara com um garfo. — Luiza conta e tenho uma crise de riso. — Ri não que ele pode ir atrás de você com o garfo tá?? — Eu rio mais.

Mocinha do ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora