Mocinha do Chefe

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NALA

Fiquei a tarde toda em casa assistindo TV e dormi um pouco no sofá também.

— Vamos jantar? — Minha vó pergunta e eu vou até a mesa ajudar ela com as coisas.

— Então... Onde conheceu o Jurandir? — Puxo assunto e ela já fica envergonhada.

— Na feira...

— Hmm, então é por isso que a senhora ia todo dia pra lá?? — Dou risada e nos sentamos.

— Nada disso menina! Mas começamos a conversar... E ele é um bom homem...

— Tá apaixonada??? — Pergunto rindo e ela joga um guardanapo na minha cabeça.

— Não somos iguais vocês jovens que resolvem tudo rápido! E você e Puma?

— Não sei... Ele tá meio estranho... Falei que ia sair com as meninas e ele ficou emburrado.

— É... Nala... Se estiver acontecendo algo entre vocês... Pode me contar, se ele te encostar ou...

— Não vó! Ele não faz essas coisas... Não é agressivo assim comigo...

— Por favor Nala... Nós duas sabemos daonde ele veio... Quem ele é... Se acontecer algo...

— Não precisa se preocupar vó! Tá tudo bem, eu prometo! — Ela fica mais tranquila quando eu digo isso.

Terminamos de jantar e já vou pro meu quarto.

Pego meu celular e mando uma mensagem pro Puma.

"Vai vir??"

Ele demora um pouco pra responder, mas logo responde.

"Jahs colo"

Que escrita é essa?

Estranho um pouco mas ele só deve ter digitado errado.

Em uns 10 minutos ele aparece.

Abro a janela e ele entra.

— O que aconteceu?? — Vejo seus olhos vermelhos e sinto um cheiro estranho vindo dele.

— Nada não pô. — Diz se sentando na cama e me olha.

— Seus olhos tão vermelhos...

— Não tão!

— Você fumou né?

— Aham. — Cruza os braços birrento.

— Não gosto que você fume... — Falo me sentando ao lado dele e o encaro.

— Tu não manda em nada pô.

— Aé?? Porque pelo que eu sei, tá todo mundo me chamando de chefe e mulher do dono e ninguém tá nem olhando pra mim por causa das suas ordens!

— Tu reclama demais porra! Tô só cuidando de tu!

— Não quero que cuide assim.

— É como eu lido com essa merda.

— Que merda??

— Isso que eu sinto! Aqui! — Ele aponta pro coração.

Parece uma criança com sono.

— Acha que é uma merda sentir o que sente?

— Não... Mas não sei lidar... Eu fico doido só de pensar em um cara te olhando... Fico maluco Nala!

— Já conversamos sobre isso Puma... Não tem que ficar assim! Pode confiar...

— Eu confio em você porra!