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NALA

Quando escutamos os tiros, o cara já me virou e colocou uma arma na minha cabeça.

Eu sabia exatamente quem tava vindo me buscar e fiquei tão aliviada que ele tava chegando... Mas preocupada pra caralho também...

Se algo tivesse acontecido com ele... Eu não me perdoaria nunca!

Quando ele se aproximou de mim, eu chorei.

Chorei porque tive medo dele não chegar a tempo.

Chorei porque achei que algo aconteceria comigo e seria uma marca que nunca se apagaria.

Chorei porque vieram me buscar e eu ficaria livre de novo e longe desse pesadelo.

E chorei porque o Puma faz eu me sentir segura...

Quando ele perguntou o que queria que eu fizesse com o meu pai... Eu respondi a mesma coisa que meu pai disse antes do cara me levar pro quarto.

Vi Puma voltar sem camisa e com cara de bravo, e dei graças por ter ele comigo e por ele ter vindo me buscar...

Subi na moto e o apertei forte.

E ainda todo mundo veio me buscar.

Fiquei tão feliz com isso, tão feliz!

Logo chegamos no morro.

Saimos da moto e eu começo a falar.

— Quem levou o tiro?

— Foi o Clebin, mas já tá bem já. — Marcão responde e eu fico aliviada.

— Gente... Obrigada por tudo, sério, obrigada por irem me buscar e por se preocuparem...

Todo mundo sorri amigável.

— Tu é a mulher do chefe né... Fazemos tudo por vocês. — IG diz sorrindo e eu fico com o coração quentinho.

— Todos nós nos preocupamos... Que bom que tu conseguiu pegar o celular. — Marcão diz.

— É mesmo! O chefe aqui tava morrendo de chorar por você! — Thomas fala passando o braço pelo pescoço do Puma, que já fica todo sério.

— Sai fora! Chorei nada caralho!

— Ahammm!

— Tu faria o mesmo pela tua mulher! — Ele diz e Thomas o olha.

— É... E tu salvou a tua...

— Nada mais justo né, ela também já me salvou pô. — Ele fala me abraçando pela cintura e eu fico tímida. — Vamo lá falar com a tua vó. — Diz baixinho.

— Você conheceu ela?

— Opa! Geral apareceu lá na casa da dona Maria! A véia ficou doidinha e falou pro Puma cuidar de tu ein?  — IG comenta.

Eu agradeço novamente a todos eles e nos despedimos indo pra minha casa.

Começamos a andar e sinto a mão de Puma encostar na minha, fazendo a gente andar de mão dada.

Eu sorrio meio boba.

— Qual foi?

— Nada... Achei fofo só... — Falo felizinha.

— Hmm, é bom tu ir se acostumando...

Voltamos a andar e logo chegamos na porta de casa.

Já eram umas 4 da manhã, então achei que minha vó estaria dormindo.

Bato na porta e ela abre no mesmo segundo e corre me abraçar.

— Ô minha neta! — Me aperta e beija meu rosto. — Que medo que eu fiquei aqui sozinha! Vamos entrem, entrem!

Entramos na casa, ela fecha a porta e olha pro Puma.

— Obrigado por trazer ela de volta menino. — Diz séria e Puma dá um leve sorriso.

Nos sentamos na cadeira e minha vó segura a minha mão e a mão do Puma.

Vejo ele ficando um pouco tímido de dar a mão pra ela.

— Tô tão feliz que estão bem! — Diz sorrindo. — Me preocupei tanto com você... Achei que aconteceria o mesmo que aconteceu com sua mãe... — Fala triste olhando pra mim. — Mas ele chegou aqui desesperado e disse que te salvaria... E eu acreditei... — Ela fala olhando pra Puma.

— Ele chegou na hora certa...

— Que bom, que bom! E qual a relação de vocês?

Nós dois nos olhamos confusos.

— Vó! Não tem nada... — Digo mas Puma me corta.

— Quero ficar com a sua neta. — Diz olhando pra minha vó e eu fico surpresa.

— Ótimo! E estão namorando?

— Não vó!

— Tô providenciando isso. — Puma responde de novo e eu fico o encarando.

— Ótimo! Então quer dizer que você não tá ficando com mais nenhuma dessas quengas?

— Não senhora...

— Bom mesmo! Ouvi muito sobre você Puma, e não quero ver minha neta machucada.

— Do mesmo jeito que a senhora confiou em mim pra trazer ela de volta, pode confiar agora. — Fala super posturado e sério.

— Certo...

— Dou minha palavra que vou fazer essa mulher a mais feliz do mundo. 

— Eu confio então... — Minha vó diz ainda séria. — Durma ai, está tarde pra ir embora... — Ela se levanta. — Pode ir indo. — Diz pro Puma e ele vai pro meu quarto.

Minha vó me puxa.

— O que foi?

— Gostei dele. — Diz a velhinha sorrindo e dando uma piscadinha pra mim. — Vai vai! — Ela me empurra pro quarto. — Boa noite pra vocês! — Diz fechando a porta feliz.

Eu encaro o Puma e começamos a rir.

— "Estou providenciando"? — Pergunto.

— Pode pá. — Diz se aproximando de mim e me dando um selinho demorado.

Nós vamos em silêncio até o banheiro e eu começo a tirar a camisa que ele tinha me dado.

Seus olhos ficam a todo momento me encarando.

Ele tira as roupas devagar também.

Vejo seus músculos aparecendo a cada peça de roupa tirada e logo estamos sem roupa alguma.

Eu ligo o chuveiro e entro debaixo, Puma vem atrás e passa os braços grandes pela minha cintura.

— Tive medo hoje minha mocinha... — Ele fala com a voz rouca e coloca meu cabelo pra trás da orelha.

— Eu também tive... — Falo baixinho e ele me encara mais sério.

— Quero que tu seja minha pra sempre... Quero cuidar de você... Sou capaz de tudo pra te ver bem Nala... Eu te amo...

— Eu te amo Puma... — Fico baixinho, igual a ele e a gente sorri, dando um selinho.

Meu coração nunca esteve tão quente.

Está batendo rápido, como se algo fosse acontecer, mas é esse sentimento da paixão...

A sensação de ele me amar e de eu amar ele, é a melhor que já senti nesse mundo.

Eu me sinto protegida com ele e também quero o proteger de tudo...

Eu tenho tanta sorte...

Depois disso, terminamos o banho e nos deitamos na cama, um de frente para o outro.

Me sinto tão em paz agora...

Em casa.

***

Volteeeeei!!

Quem quiser me seguir no insta pra amigar, meu @ é taiemoreira.

(Sim, meu nome não é kiara 😭)

Mocinha do ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora