Mocinha do Chefe

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NALA

Ontem eu fiquei com tanta raiva do Puma e com mais raiva por estar com raiva.

Ele é um idiota, sério!

Aquilo me incomodou, me incomodou ele ficar com ela e depois voltar agindo como se não fosse nada.

Eu não quero viver isso e nem ficar com alguém desse jeito.

Ele foi muito baixo falando aquelas coisas pra mim.

Foda-se também.

Ontem quando fui dormir, desliguei o alarme do celular e pronto!

Nada de acordar cedo! Preciso descansar.

Dito isso, agora eu acordei e já são duas da tarde.

Não tem nenhuma mensagem. Ótimo!

Leidy vai estranhar que eu não fui trabalhar mas depois eu falo com ela melhor.

— Não foi trabalhar hoje minha neta? — Minha vó pergunta.

— Não... — Digo e vou pegar qualquer coisa pra comer.

Passo a tarde assistindo um programa na TV e mexendo no celular.

Depois dou uma arrumada no meu quarto e passo um pano em tudo.

Escuto meu celular tocando.

Luiza me liga e eu atendo.

— Fala amiga, eu e a Mia tamo saindo aqui do salão, a gente passa na tua casa pra nois se arruma?

— Nem sei se vou no baile hoje Lu...

— Claro que vai, tá doida?

— Tô com vontade de ficar em casa na real.

— Mas Nala, eu e a Mia tamo mó ansiosa, ela quer muito ficar com nois dançando, por favorrrrr! Primeira vez dela só com a gente no baile!!

— Tabommm! Apareçam aqui pra gente se arrumar então.

— Fechou, tamo chegando já.

Deu menos de cinco minutos e elas já aparecem aqui.

Começamos a conversar, mas eu não conto o que aconteceu sobre a Patrícia. Elas também não comentam nada sobre isso.

Melhor assim...

Cada uma toma um banho e depois fomos nos arrumar.

Elas já tinham levado pro salão quais as opções de look pra hoje.

Eu escolho ir com um vestido preto tomara que caia e coloquei duas correntinhas nele como se fossem cintos pra dar um brilho ali.

Coloco um tênis preto e tô pronta!

Elas também terminam de se arrumar e depois fomos andando até o baile.

Juntamos nossos braços e fomos agarradas atravessando as pessoas pra ninguém se perder.

Subimos pro camarote e já fomos na mesma direção que as outras meninas ficam.

O funk tocava alto e já me deu vontade de dançar.

Olho pra Mia e ela parece estar bem também, bem animada.

Dou uma olhada em Puma e vejo uma mulher diferente em cima dele. Uma que não é a Patrícia.

Antes dele me olhar, eu tiro os olhos de lá e começo a curtir com as meninas.

— Tá gata viu? — Marcão se aproxima e eu o olho.

— Valeu. — Falo com medo dele se aproximar muito, já que Puma pode estar olhando...

Dou uma conferida e olho pro Puma. Ele faz um sinal com a mão pra eu ir conversar com ele.

Fico em choque com esse sinal.

Quando Marcão se afasta um pouco, eu vou lá bem preocupada com o que ele vai dizer.

A menina ainda tá no colo dele, o que me sobe uma raiva.

Mal olho pra ela.

— Que foi? — Pergunto.

— Por que não foi trabalhar hoje? — Me encara bravo.

— Fiquei doente.

— Quer mentir pra mentiroso?

— É verdade! Fiquei com febre! — Tento parecer o mais convincente possível e ele presta bem atenção em mim.

— E já melhorou??

— Aham, tô ótima. — Sorrio e quando ele olha pro lado, eu saio dali, voltando pra onde eu tava com as meninas.

— Que que deu?

— Perguntou por que eu não trabalhei hoje.

— Ata. — Luiza concorda e voltamos a nos divertir.

Percebo Marcão me olhando e eu tento desviar esse olhar.

Mas pra que que eu fui beijar ele também??

Agora ele vai querer me beijar aqui e não dá.

Marcão se aproxima e pra minha sorte, Clebin vem junto.

— Clebin!! Como você tá? E a tua perna? — Puxo um assunto.

— Tudo certo minha joia só tá foda pra andar sabe.

— Imagino, mas quando você tá liberado pra andar sem a muleta?

— Daqui a pouco, eu acho. Dai já vou poder bater uma bola com os mano.

— Finalmente, preciso de tu no time! — Marcão diz.

— É, fiquei até sabendo que tu levou foi um soco na cara, Puma te bateu feio ein meu parcero?

— Só não bati nele de novo porque se não eu tava era fudido aqui no morro.

— Tu contra o Puma tem nem chance, só eu bato de frente. — Clebin diz e eu dou uma olhada pra Mia e pra Luiza.

— Teria sim!

— Duvido, o cara tem mais músculo no braço do que você com o corpo todo.

— Se fuder Clebin! Tu que ia de vala no primeiro soco!

— Minha perna tá fudida mas meus braço tão bão demais.

— Tá bom, tá bom seus fortão! Vamo dançar pô. — Luiza fala, expulsa os meninos e volta a dançar comigo e com as outras.

Eu tô distraída dançando quando Marcão se aproxima.

— Vô fazer a mesma coisa que tu fez comigo... — Ele fala no meu ouvido e quando eu vou retrucar...

Sinto seus lábios contra os meus.

Um beijo Marcão.