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NALA

Abro meus olhos bem devagar achando que estou em casa...

Mas quando percebo, tô é muito longe disso...

Tô em uma sala escura...

Tento me mexer e percebo que tô amarrada na cadeira!

Que que aconteceu...? Eu só lembro de...

Sair do meu quarto e agora estar aqui...

Tento lembrar...

— Você tentou fugir... — Ele aparece.

Eu o vi ontem... E depois tudo ficou preto.

— ME SOLTA! — Grito me sentindo presa, talvez porque eu tô mesmo!

Esse desgraçado!

— TENTOU FUGIR DO SEU PAI... ESPERAVA O QUE?

— ME SOLTA! — Grito brava. — Eu tava bem... Queria ficar lá! — Falo e já sinto as lágrimas caírem no meu rosto.

Sinto sua mão bater na minha cara e meu rosto virar.

— CALA A BOCA GAROTA! — Fala alto e meu estômago já começa a revirar.

— VOCÊ A MATOU! Eu não tenho nada a ver pai... Não falei pra ninguém! Não fiz nada! Por que eu tô aqui??? — Falo chorando e tentando me soltar mas não consigo de jeito nenhum.

— TÁ AQUI PORQUE EU QUERO CARALHO! Demorei pra te achar Nala! DEMOREI! — Fala pegando uma garrafa de cerveja e o cheiro começa a aparecer.

— QUERIA QUE NUNCA TIVESSE ME ACHADO!

— Você foi pros braços daquela velha idiota!

— Onde ela tá?? — Esperei e ele não disse nada. — O QUE FEZ COM ELA??

— NÃO É SEQUESTRO SE É MINHA FILHA! Mas esperei que ela saisse de casa e entrei...

— Como passou pelo portão?

— Um idiota me deixou entrar, já meti um tiro nele...

Ele não se gabou muito... Não deve ter sido nada grave...

— Por que? Por que não me deixa sair? ME SOLTA! — Me mexo na cadeira mas me prenderam muito bem e eu não consigo sair.

— NÃO! AGORA VOCÊ NÃO VAI MAIS FUGIR DE MIM, VAI TRABALHAR PRA MIM E FICAR QUIETINHA! E PARA COM ESSE CHORO!

— Me solta! — Falo baixo ainda sentindo as lágrimas caírem sem parar.

— Agora você vai ficar comigo! E não vão mais te achar, pode ter certeza! Aquela sua vó não tem nem ideia de onde te procurar... — Ele sorri falando perto de mim e eu tento me afastar.

Que merda!

Que merda, que merda, que merda!

PUMA

Tava me arrumando pra ir pra casa da Nala quando Clebin fala que levou um tiro e não sei o que.

Eu não dou muita importância, tanto que falo que vou avisar o Paiva pra ele ajudar...

Mas ai... Ele disse que pegaram a Nala.

Na mesma hora meu mundo para e eu fico em choque.

Como assim pegaram a Nala porra???

Pergunto mais um pouco e vou correndo o mais rápido que dá pra lá.

Chamo o resto da galera e eles vão também.

Chego lá ofegante.

— CADÊ ELA PORRA? — Pergunto pra ele, que tá deitado no chão e Marcão o segura.

— Calma chefe, tá saindo muito sangue! — Marcão diz e eu olho pra um dos seguranças.

— Vai até a casa da Leidy e fala pra ela chamar a porra daquele bosta daquele médico! VAI CARALHO! — Digo desesperado querendo saber que merda aconteceu.

— Valeu... — Clebin diz mas até que tá bem consciente.

— Com quem ela foi Clebin? Cadê ela? CADÊ PORRA! — Falo tão desesperado que até escuto meu coração bater alto.

Parece que tô num filme, que isso não tá acontecendo, que ela tá bem e aqui, aqui comigo!

— Eu não sei... Um cara chegou e disse que era pai dela... Disse que ia entregar um presente pra Nala... Que conhecia a dona Maria e tudo!

— Que mais porra?

— Ele voltou com a Nala jogada no ombro... Ela não tava consciente, tenho certeza! Dai eu desconfiei e ele me deu um tiro.

— Porra! CARALHO CARALHO! ISSO NÃO TÁ ACONTECENDO... — Digo andando de um lado pro outro enquanto toco no cabelo. — NÃO TÁ ACONTECENDO! PRA ONDE CARALHOS ELES FORAM PORRA?

— Não sei... Ele me deu um tiro e eu cai... Deviam estar de carro...

— PUTA QUE PARIU!

— Calma irmão... Ela já vai aparecer... — Paiva me olha.

— PAIVA... — Eu o encaro. — EU NÃO SEI O QUE FAZER SEM ELA IRMÃO! EU NÃO SEI ONDE ELA TÁ! ERA PRO MEU MORRO PROTEGER ELA CARALHO! — Digo como se meu corpo estivesse fora de mim de novo e dou um leve empurrão no Paiva.

— Calma Pumq! Ela vai aparecer irmão... Confia... — Paiva tenta me deixar mais tanquilo, mas não dá.

Sinto lágrimas cairem do meu rosto e meu coração em pedaços.

Ela se foi e meu coração foi junto.

Onde ela tá? Ela tá bem? Aquele era mesmo o pai dela ou não era porra nenhuma?

Eu nunca choro na frente de ninguém, mas agora que se foda!

— E se pegaram ela por causa de mim? E se foi aquele morro, aquele que a gente invadiu? E se a pegaram Paiva?? O que tão fazendo com ela??

— Eu não sei...

Fico maluco só de pensar.

Se a pegaram por causa de mim, pra me afetar, eu não vou superar isso nunca.

A culpa é minha! Eu não consegui a proteger e conseguiram pegar ela bem debaixo do meu nariz! Bem no meu morro caralho!

Caio no chão e coloco uma mão nos meus olhos.

Começo a chorar só de pensar no que tá acontecendo com a minha mocinha...

***

Volteii, segundo cap do dia!!

Com 300 estrelinhas eu posto o próximo, até depois tropinhaaa!!!!

Mocinha do ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora