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NALA

Abro a porta da entrada e Puma tá mexendo na arma dele.

Não sei o que dizer então espero ele falar alguma coisa.

Ele não fala nada, só se levanta e começa a andar enquanto eu vou atrás.

— Sala. — Fala apontando pro lugar onde ele estava.

Tinha um sofá meio antigo e uma TV grandona, mas tudo meio simples.

— Cozinha. — Era uma cozinha com armários e na frente tinha uma mesa de madeira de seis lugares.

Ele sobe as escadas.

— Banheiro, um quarto e meu quarto. — Ele olha diretamente pra mim. — Se entrar no meu quarto, tu tá fudida.

— Ta...

— E brota com uma roupa mais gostosa da próxima vez. — Diz e sai andando.

Me subiu uma raiva dele, mas fico quieta.

Ele desce as escadas e sai da casa, indo pra um lugar bem perto da onde ele mora.

Era o escritório que eu estive ontem à noite.

É de dia, mas aqui ainda é um lugar sinistro.

Puma entra e cumprimenta com um toque os dois caras grandoes que ficam atrás dele.

— Oi. — Dou um sorriso e levanto a mão rapidinho mas eles não respondem.

Puma senta na cadeira e eu continuo em pé sem jeito.

Em pouco tempo, a porta se abre e aparece um monte de homem.

Entre eles, estava Marcão, Clebin e aquele Paiva que atirou na perna da minha vó.

— Que que meu sonho de consumo tá fazendo aqui? — Clebin diz pegando uma cadeira e se sentando mais perto de mim.

— Trampando. Vamo ver se ela presta pra alguma coisa. — Puma fala ríspido e eu me sinto muito inferior com essa fala.

Fico olhando pro chão a todo momento.

— Como tá a entrada do pó?

— Tudo nos conformes chefe, entrada e retirada tá saindo bem, até de mais. — Marcão responde.

— Pode pá, e as arma que eu mandei IG? Era pra essa porra ter chegado semana passada.

— Caminhão deu uma atrasada tá ligado, mas já já que chega, se não eu vou atrás daqueles porra.

Um dos homens que tava segurando um copo, o deixou cair, molhando todo o chão.

— Porra. — Ele xinga e Puma me olha.

— Tá esperando o que? Vai limpar cacete.

A vergonha me atinge rápido, estão todos me olhando. Que vergonha! Onde fui me meter!

Eu pego o copo que ele derramou e saio do escritório.

Vou pra casa do Puma, abro a porta e tento achar um pano, qualquer pano.

Na cozinha eu acho um, e volto para lá.

Antes de abrir a porta, respiro fundo.

Eles voltam a me olhar e eu me agacho limpando a bebida do chão com o pano.

Tento não olhar pra ninguém, só me levanto, deixo o pano no canto e volto ao escritório.

Eles param de me olhar e continuam.

— Thomas. — Um cara mais velho é chamado. — Eai menor, nasceu tua cria ontem?

— Sim senhor. — Thomas responde e todos começam a fazer barulho.

Mocinha do ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora