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NALA

— Oi!! — Falo pra eles depois do abraço.

Tá a Mia, a Luiza e o Marcão aqui. Meus protegidos!

— Mulher! Teu sequestro foi tão rápido que eu só fiquei sabendo quando tu já tava de  volta! — Luiza fala e olha pro Puma, que aparece atrás de mim.

As meninas já dão um sorriso malicioso me olhando e enquanto Puma e Marcão fazem um toque de mão estranho lá.

— Fala menor! — Puma diz arrumando a postura.

— Fala chefe!

Nos sentamos no sofá e eu peguei umas cadeiras pro Marcão e pro Puma que faltaram.

— A tua vó foi no mercado comprar comida... Por isso que a Luiza, essa maluca, gritou aquilo! — Mia explica.

— Ataaaa, agora eu entendi! Doida!

— Mas conta pra nois Nala! Como que foi? O Marcão tentou contar pra nois, mas parece que ele mente mais que o Clebin!

— Opa opa, primeiro que eu nunca minto! Contei o que aconteceu de verdade!

— Aham... Clebin tá perdendo na falsidade pra você!

— Coitado do homem, o tiro no ombro foi foda tá?

— Como que ele tá aliás?? — Pergunto interessada mas não tão preocupada porque Marcão tinha dito que ele tava bem.

Querendo ou não, não foi culpa do Clebin meu pai ter entrado no morro...

Ele não sabia quem meu pai era e que era perigoso...

— Bem até demais! Disse que daqui a pouco chega aqui...

— É bom brotar mesmo, que eu já troco umas ideia com ele. — Puma fala de braços cruzados e eu o olho brava. — Qual foi?

— Não é pra trocar ideia nenhuma Puma!

— Vou sim! Como que aquele idiota deixa qualquer um entrar na minha favela sem me avisar porra? Logo que eu meto outro tiro no braço dele que ele vai ver...

— Pô chefe... Dai tu acaba comigo né, tô todo fudido já! — Clebin se aproxima de nois e eu o abraço. — Calma joia do Puma... Tá doendo ainda...

— Ah! Desculpa! Não queria machucar... Como você tá?

— Opa, tamo indo né, homem aqui é de ferro!

Eu puxo uma cadeira pra ele se sentar e ele fica entre Puma e Marcão.

— Que bom! Fiquei preocupada quando soube do tiro...

— Acho que te devo um pedido de desculpas... Foi mal ter deixado aquele cara entrar... Eu fiquei sabendo que ele era realmente o teu pai, mas eu tinha que ter avisado... — Diz olhando pro Puma que o encara bravo.

— Tudo bem Clebin... Você não tinha como saber.

— Acho que te devo um obrigado também!

— Por que??

— Porque se eu tô vivo até agora é por causa de você, não sei como o Puma não me encheu de porrada ainda! — Começamos a rir e Puma revira os olhos, mas lança um leve sorriso.

— É bom tu ficar esperto Clebin! A próxima que tu levar certeza que vai ser bem no coração! — Marcão zoa.

— Credo irmão! Tenho muito o que viver ainda... Aliás, Nala, o médico que me ajudou a tirar a bala e essas parada toda, pediu seu número e eu entreguei.

Mocinha do ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora