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NALA

Acordo devagar e penso um pouco na vida antes de levantar.

Fiquei muito feliz de termos ido visitar o Clebin ontem, e mais feliz ainda por ver que ele tá bem...

Decido levantar, tomo um banho rapidinho e escolho minha roupa de hoje.

Não tá tão calor, então coloco uma calça verde escura e um top da mesma cor.

Levo um casaco na bolsa caso faça mais frio

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Levo um casaco na bolsa caso faça mais frio.

Tomo café da manhã sem a minha vó, acho que ela já voltou a trabalhar em algum lugar.

Saio de caso, tranco a porta e começo a ir pro trabalho.

Vejo umas crianças brincando e logo elas se aproximam de mim.

— Oi tia! — Tia? O que eu vireiii? — Você quer brincar com nois hoje?? — A menina pequena pergunta, era a mesma da quadra daquele dia.

— Hoje não meu amor, vou ter que ir trabalhar... Mas final de semana eu vejo de brincar com vocês, tabom?

— Tabom! — Ela fica meio triste mas sorri mesmo assim e eu continuo meu caminho.

— Bom dia Sanches! — Falo na portaria e ele só faz um sinal de "oi" com a cabeça.

Abro a porta e vejo Leidy lavando a louça.

— Bom dia Leidy! — A abraço.

— Bom dia querida! Como passou o final de semana?

— Digamos que foi bem agitado...

— Aquele tiroteio... Quase morri de susto!

— Eu também, não tô acostumada com isso...

— Mas que bom que deu tudo certo! Puma saiu agora a pouco também, disse que precisava resolver uns assuntos.

Eu respiro aliviada pensando que não vou entrar em brigas hoje com ele.

— Tô indo então... — Falo e pego uns produtos de limpeza.

Um final de semana já fez um grande estrago nessa casa.

Tava cheia de pó e eu tinha que dar uma geral em tudo. Mas até que não era muita coisa pra fazer.

Na hora do almoço, eu como com a Leidy e ela disse que Puma levou marmita pra comer com os meninos hoje.

Sem muita coisa pra fazer, ficamos conversando e fofocando um pouco.

— Conversei com sua vó ontem à tarde. Ela disse que você foi naqueles bailes e que tava preocupada contigo.

— Eu falei que ela não precisa de preocupar...

— Eu sei, tu é uma boa menina, tenho certeza que não vai se envolver nessas coisas pesadas... E eu acho que você tem que viver mesmo, aproveitar as festas sabe? Mas com cuidado, claro.

— Mesmo?

— Simm, falei com sua vó que você tem que fazer sua vida, você já tem idade pra saber o que é certo e o que é errado.

— Verdade... Obrigada Leidy por conversar com ela.

— Imagina! — Ela sorri. — E a senhorita está gostando de alguém aqui no morro? Algum pegou seu coração já?

— Que nada... Mas na real... Tem o Marcão, mas não sei se ele quer alguma coisa mesmo ou só flerta...

— Acho que sei qual que é... Mas cuidado viu, que esses não querem saber de namoro não ein, só engravidam a menina e...

— Entendi, entendi! — A corto e começamos a rir.

Leidy é amiga da minha vó faz tempo, mas ela é um pouco mais nova, dá pra perceber que as ideias e conversas dela, são bastante de gente com alma de adolescente.

Talvez ela não tenha aproveitado tanto essa fase, então quer que eu desfrute de tudo que posso.

Depois de conversarmos, eu vou pro banheiro limpar lá.

Está tudo bem até a porta abrir do nada e bater em mim.

— AI! — Falo alto e ponho a mão no meu braço que foi batido.

Dou um gemido de dor e me afasto da porta.

Puma aparece com cara séria.

— VAZA CARALHO!

— Você machucou meu braço! — Digo alto mas não gritando e olho nos olhos dele.

Estão super vermelhos.

— SAI PORRA!

— EU JÁ TÔ SAINDO SEU APRESSADO!

— APRESSADO POHA NENHUMA! — Ele me prensa na parede e eu olho pra cima pra conseguir olhar em seus olhos. — Tu é uma vadia isso sim!

— Não me chame assim! — Continuo encarando ele.

— Chamo do que quiser!

— Vai se fuder! — Digo e ele se aproxima mais, quase colando nossos corpos.

Quando eu viro pro lado pra não olhar mais pros olhos dele, sinto sua mão no meu pescoço o apertando de leve, fazendo com que eu não consiga me mexer mais.

O que ele tá tentando...

Sinto sua língua no meu pescoço e começo a escutar meu coração batendo.

Ele me prensa mais na parede e fica lambendo meu pescoço.

Eu tento me mexer mas ele me prensa mais e segura meu rosto mais forte.

Quando sinto sua boca desceu pro meu peito, eu o empurro forte.

— PUTA MERDA! — Grita ao bater a cabeça na parede.

Eu saio do banheiro, desço as escadas rápido e quase caio.

Pego minhas coisas e vou embora.

Já tava quase na hora de ir mesmo.

Caralho que que esse idiota tem na cabeça?

Corro até a minha casa com uma raiva imensa.

Ao chegar lá, fico pensando no que aconteceu e me sinto uma idiota.

Devia ter empurrado ele antes!

***

Oii gentee, obrigado pelos quase 5k de visu!!

Comentem bastante e não esqueçam da estrelinha :)

Mocinha do ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora