21

27.6K 1.3K 232
                                    

NALA

Eu tô quase morrendo. Brincar com criança quando você já não é mais uma, é cansativo demais.

Não tenho mais essa energia de correr o dia inteiro! Me sinto uma velha agora.

Volto pro meu grupo que tá sentado na arquibancada ainda.

Eles começam a rir da minha cara.

— As criança te deram um pinote ein. Cansou? — Luiza sorri.

— Muito! Preciso de água.

— Vamo lá buscar minha joia rara. — Clebin levanta e todos nós o seguimos.

Paramos em uma barraquinha de sorvete.

Cada um pega uma casquinha e nos sentamos em uma mesa.

— Nois já vamo vazando na real. Tá confirmado se encontrar no baile né? — Marcão pergunta e Luiza assente. — Fechou então.

— Um beijo cria. — Clebin fala rindo e segue Marcão.

Luiza na hora vira pra mim.

— Puma não parou de olhar pra quadra! — Sorri como se fosse a maior fofoca dos tempos.

— Ele devia estar vendo as crianças...

— Para de ser boba! Tava de olho era em você!

— A gente vai mesmo no baile? — Mudo de assunto.

— Claro que sim! Acho que já vou pra casa tomar um banho e me trocar. Te busco na sua casa dai?

— Pode ser... Que que eu falo pra minha vó?

— A gente se encontra umas onze, ela já vai ta dormindo.

— Tá... — Fico pensando a respeito.

— Então bora! E vamos bem gatinhas viu? — Ela dá um beijo na minha bochecha e sai andando.

Dou uma olhada em volta e me levanto também.

Tenho que passar pelo campinho pra ir pra casa.

Quando passo do lado, dou uma rápida olhada nos caras jogando bola.

Dava pra ver que eles já tavam suados por correr um monte em baixo desse sol.

Fico olhando um pouco e vejo Puma correndo atrás da bola e tentando marcar gol. Bem na hora, um cara se aproxima dele e faz ele cair.

Puma se levanta rápido e parte pra cima do cara, dando um soco na cara dele.

De longe consigo ver o que ele fala.

"Tá maluco porra???".

Eu volto a caminhar rápido e logo chego em casa.

Era só um jogo, não precisava ser tão violento. E dá pra ver que ele é bem esse tipo de pessoa...

Em casa, converso um pouco com a minha vó e falo que brinquei bastante com as crianças daqui.

Ela ficou feliz e disse que elas precisam de gente assim, que brinquem com elas, porque normalmente são bem sozinhas.

Depois jantamos e fui pro meu quarto tomar um longo banho.

Saindo do chuveiro, me seco com a toalha e escolho minha roupa.

Coloco um top preto de alcinha, uma camisa meio tranparente puxando pro preto de manga comprida e uma saia preta de veludo.

Penteio meu cabelo, faço uma maquiagem básica, coloco meu tênis e pronto

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Penteio meu cabelo, faço uma maquiagem básica, coloco meu tênis e pronto.

Fico mexendo no celular até Luiza chegar.

Ela me manda uma mensagem quando sai de casa e em menos de cinco minutos, ela chega.

— Tchutchuqinha ein! Marcão pira.

— Que nada! — Falo envergonhada.

Conversamos um pouco e vamos para o baile.

Encontramos várias pessoas na rua indo com a gente. Parece que hoje vai lotar de novo.

Chegamos no lugar do baile e realmente, tá lotado!

Subimos pro camarote, mas lá tem muita gente também.

Dou uma olhada e vejo Patrícia no colo do Puma.

Melhor deixar pra conversarmos depois.

— Não vou nem te oferecer. — Lu comenta sobre a bebida que ela pegou e eu sorrio.

— Melhor não mesmo.

O funk invade meus ouvidos de um jeito que vai fazer eu ficar meio surda depois.

Tô sem energia pra ficar aqui até tarde, então só danço um pouco com a Lu.

Esse um pouco, durou quase uma hora.

Marcão chega.

— Fala mulherada! — Ele passa a mão pelo meu ombro e Luiza volta a dançar. — Fala tu princesa.

Eu sorrio tímida.

PUMA

Essa baile tá pocando pra caralho.

Patrícia se aproxima de mim e senta no meu colo.

Coloco minha mão na coxa dela enquanto beijo sua boca.

Ontem me deu uma vontade do caralho de transar, então vou matar essa vontade hoje mesmo com essa puta.

— Puma... Acho que nosso lance tá ficando sério... — Ela comenta e minha vontade é de rir dessa porra.

— Não acho.

— Mas...

— Se for pra tu ficar falando essas porra, pode sumir daqui. — Falo alto e ela vaza brava.

Quero que se foda, tá achando que vai virar fiel é? Se fude.

Estressado já, dou uma olhada e avisto a Nala.

Marcão acaba de passar o braço no ombro dela.

Porra será que eles tão ficando mesmo?

— IG, cola ai. — Mando e ele se aproxima.

— Manda chefe.

— Qual idade daquela mina lá. — Aponto com a cabeça.

— A Nala? 17 acho... — Ele faz uma cara maliciosa e eu reviro os olhos. — Não que ela ainda não ter 18 signifique muito pra você...

— Uhum. — Mal escuto o que ele diz.

Mina nova da porra, sabia que nem era maior de idade.

— Marcão vai ficar pistola se tu pegar ela ein...

— Que se foda ele. — Falo e IG vaza.

Fico sentado até ela chegar do nada em mim.

— Puma.

— Hm? — Respondo bolando meu baseado.

— Não me lembro se te falei, mas quero agradecer por ontem...

Ela é atirada demais, isso sim.

Termino de bolar e me levanto.

Olho pra baixo pra encarar ela e dou uma boa olhada em seu corpo.

— Com essas porra que tu usa no corpo, tá pedindo pra fazerem algo com você mocinha. — Acendo o baseado e começo a fumar.

— O que minha roupa tem a ver com isso?

— Tá óbvio que tu quer atenção. Depois fica ai reclamando que te notaram.

— Isso não é motivo pra eles fazerem algo.

— Com esse caralho de roupa, é fácil qualquer um te tocar. — Falo me aproximando um pouco e passando meus dedos na perna dela.

Sinto ela tremer e se afastar.

— Você é um idiota! — Diz alto e meu sangue ferve.

— IDIOTA É VOCÊ, FILHA DA PUTA! — Grito e ela se encolhe.

Quando vou falar mais uma coisa pra aquela vadia ouvir, um cara começa a gritar.

— É OS COP POHA!

Começa um tiroteiro.

MERDA!

Mocinha do ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora