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NALA

Acordo devagar, ainda um pouco cansada e sinto Puma aqui me abraçando.

Eu me viro pra ele já com um sorriso no rosto por ter acordado assim e ele abre os olhos devagarinho.

Beija minha testa e me agarra pela cintura.

Eu gosto muito dele, gosto muito de estar aqui e agradeço por tudo o que aconteceu...

Faço um movimento pra levantar mas ele me agarra.

— Fica aqui pô...

— Marrento!

— Não sou...

— Claro que é...

— Hm. — Ele me dá um beijo no pescoço e me abraça de novo.

Fico mais um pouco parada só ouvindo a respiração dele perto de mim e penso em como sou sortura por isso.

Tudo o que eu vivo aqui no morro, tudo o que já aconteceu, todas as amizades que criei e o romance que eu comecei...

Gosto muito de morar aqui e fico tão feliz por estar dando tudo certo...

— Tenho que ir já... Minha vó pode tá preocupada. — Aviso baixinho e ele abre os olhos.

— Hm.

— É sério...

— Hm.

— Depois a gente se vê marrento... — Dou um selinho nele.

— Tabom mocinha... — Ele me dá outro selinho e já fecha os olhos continuando deitado.

Eu coloco meu vestido e desço as escadas.

Como é final de semana e a Leidy não trabalha aqui esses dias, então foi bem mais fácil.

Caminho até a minha casa e logo chego.

É eu fechar a porta que minha vó sai do quarto já de camisola.

— Oi vó... — Sorrio como se tivesse sido pega fazendo coisa errada.

— As meninas te procuraram aqui ontem...

— Ah... É?

— Aham, acharam que você tava aqui porque tinha saído no baile... Onde você dormiu?

— Na casa de um amigo... — Tento desbaratinar mas não consigo.

— Não minta pra mim minha neta...

— Tudo bem... — Eu não quero mais mentir pra ela.

Criei coragem na minha cara e disse de uma vez.

— Dormi com um cara...

— Vocês fizeram... Cruzes! NALA!

— Usamos camisinha!

— Mesmo assim! Você nem 18 anos tem ainda!

— Eu sei... — Me sinto culpada agora...

— Quem é ele?

Fudeu!

— Não conheço...

— NÃO... Não conhece? Como você dorme com um cara que não conhece Nala?

— Desculpa vó.

— Você mentiu pra mim e me decepcionou! — Ela diz bem chateada e eu fico triste por isso... — Espero que não fique grávida de qualquer traficantezinho daqui! — Fala brava agora.

Não quero magoar ela, mas também não quero contar quem é.

Ela ficaria muito mais brava e falaria coisas como ele não te ama, ou sei lá o que.

Eu ficaria mais triste e confusa ainda...

— Desculpa... — Peço mas ela não diz nada, então eu vou pro meu quarto em silêncio.

Fico lá até anoitecer.

Já era umas nove da noite e eu não tinha conversado com ninguém.

As meninas na verdade, me convidaram pra sair e ir no campinho, mas eu tava sem vontade nenhuma...

Depois de ter ficado meio de mal com a minha vó, eu fiquei muito chateada com tudo.

Saio finalmente do meu quarto e tá tudo escuro.

Estranho... Faz um tempo mesmo que ela saiu, eu acho.

— Vó?? Vó, tá ai??? — Pergunto mas ninguém responde.

Vou até a cozinha e então o vejo.

— Sua vó não tá...

CLEBIN

Eu tava de guarda aqui à noite, na entrada principal.

Tudo susse até um cara mais velho aparecer querendo entrar.

— Opa filho, você conhece a dona Maria? — Ele diz e eu o olho bem.

Como que ele conhece ela?

Fico desconfiado, mas respondo.

— Pode pá, que que tem?

— Sou o genro dela... Pai da Nala, conhece?

— Ah! Conheço sim! Não creio que tu é o pai da Nala! — Digo chocado por estar conhecendo o pai da minha joia.

— Sou sim... Eu só vim entregar um presente pra elas... Já vou sair. Onde elas moram?

— Moram pra cá ó. — Eu aponto e ele entende onde fica.

— Posso entrar então rapidinho?

— Claro, a vontade! O pai da Nala é nosso também! — Falo sorrindo e ele me olha meio confuso.

O tempo passa de boa e eu fico suave olhando a paisagem.

Minha perna já melhorou pra caramba, muita fé! Esses tiro me deixa tudo fudido, tá loco.

Quando olho pra trás, vejo o pai da Nala a carregando pelas costas.

Eu fico desconfiado e na mesma hora, aponto minha arma na direção dele, mas ele é mais rápido...

Só sinto o tiro ir bem no meu ombro.

Eu largo a arma no chão e o cara foge.

Puta merda!

— Ô PUMA! — Falo com dificuldade pelo rádio.

Que dor do caralho!

De novo não!

— PUMAAA! — O chamo tentando não chorar porque essa porra dói.

— QUAL FOI CLEBIN? QUE PORRA!

— LEVEI UM TIRO MANÉ.

— OUTRO?

— VEM LOGO PUMA! CARALHO QUE DOR, TÁ DOENDO DEMAIS!

— CHAMA OUTRA PESSOA UÉ, VÔ FALAR PRO PAIVA COLAR AI, CALMA.

— NÃO... TU NÃO TÁ ENTENDENDO... LEVARAM A NALA!

— LEVARAM... QUEM?

— A NALA! UM HOMEM VEIO AQUI E PEGOU ELA!

— CLEBIN CARALHO! EU VOU TE MATAR! TÔ CHEGANDO PORRA!

Tá saindo muito sangue do meu ombro e eu começo a ficar desesperado já.

Esse porra daquele velho!

Certeza que não é o pai da Nala... Ela é tão fofa e ele tão... Matador, sei lá.

É mais um tiro desse que eu vou rapidão ficar com o Pai.

Que ódio!

***

Oiii, como vcs tão tropinha???

Se comentarem bastante, eu posto o próx cap ainda hoje... Querem???

Mocinha do ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora