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NALA

Vejo eles arrastarem o cara pra provavelmente matarem ele.

Fico pensando se fui eu quem causei isso, se fiz certo em falar o que ouvi.

Talvez, se não tivesse falado, o homem estaria vivo agora, mas também, o Puma estaria que nem louco procurando quem foi.

Volto pra casa com a mente a mil.

Me deito na cama e sem perceber, capoto...

***

— Ô mulher! Acorda ai que tem baile! — Luiza me chama e eu acordo.

— Ah... Oi!

— O que tu tá fazendo pro Puma que te deixou tão cansada?? — Ela me olha maliciosa.

— Nada... Hoje não fui trabalhar.

— Por quê?

— Umas coisas ai. — Falo meio vaga. — Vamos então?

— Claro! Que hoje vai ser o maior funk que tu já viu na tua vida!

— Tenho até medo... — Sussurro.

Vou indo tomar um banho e já fico na frente do guarda-roupa pensando no que usar.

— Deixa que eu escolho pra tu! Tá demorando muito! Hm... Deixa eu ver...

Ela observa cada peça de roupa minha até...

— ESSE! — Sorri vitoriosa.

— Não é muito curta a saia?

— Que curta o que, tem isso aqui não, quanto mais curto melhor! — Ela sorri e eu também, mas meio apreensiva.

— Ta...

Coloco o conjuntinho de cropped com saia cinza com uns brilhinhos.

— Ficou perfeita Nala!

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— Ficou perfeita Nala!

— Obrigada! Você também! — Falo vendo Luiza com um vestido preto brilhoso lindo.

Passamos nossa maquiagem e fofocamos sobre a Patrícia. Lu disse que hoje ela ficou o dia todo no salão e mudou a cor da unha umas três vezes pra ver qual ficava melhor.

— Bora pro baile! — Luiza diz e saímos pela janela.

Minha vó não pode saber que a gente tá saindo assim, ela mal sabe que Luiza tá aqui!

Odeio mentir pra ela, mas acho legal ver todas aquelas pessoas no baile...

Começamos a subir o morro e em poucos passos, já conseguimos ouvir a música tocando alto.

— Hoje tem muita gente! — Falo abismada e ela concorda.

Vamos passando entre as pessoas, eu grudo na Luiza pra não nos separarmos.

O cara da entrada do camarote deixa a gente subir de boa e já nos encontramos com Mia. Faz tempo que não converso com ela.

— Vou pegar uma bebida! — Luiza diz e eu a sigo. — Quer também?

Eu penso sobre o que aconteceu com o cara que pegou as armas e em tudo o que estou passando no morro. Vou me dar um dia de folga pra beber um pouco...

— Quero. — Luiza sorri e prepara um copo pra mim. Ela coloca bastante refri e um pouco de vodka.

— Vai com calma ein. — Avisa e eu confirmo.

Fomos conversar com a Mia.

— Oi Mia! — A abraço.

— Oi Nala! Como tá?

— Bem, e tu?

— Indo...

— Já volto. — Avisa a Lu indo em direção a um homem que tava de olho nela.

— Mia... E o Natan? — Pergunto mas não sei se posso.

— Estamos juntos ainda... Ele não me... Não fez nada desde aquele dia.

— Mesmo?

— Sim...

— Certeza Mia? Se tiver algo acontecendo pode falar pra mim e pra Lu.

— Certeza Nala. — Ela fala meio grossa e se afasta.

Eu fico curtindo a música por uns minutos com as garotas, até Luiza voltar.

Começamos a dançar.

Eu olho pro lado onde Puma normalmente fica e vejo ele sozinho, olhando as pessoas de baixo.

— E aí gata? — Um cara chega em mim.

— Oi! — Respondo.

— Vamo se pegar ali no canto ou nada a vê? — Ele sorri e eu sinto ficar vermelha.

— Acho que não... Mas obrigada. — Digo e ele se afasta.

Eu fico bebendo minha bebida, mas logo acaba, então pego outra.

As coisas já tavam girando um pouco, mas achei legal.

— Fala ai princesa. — Marcão se aproxima e eu sorrio.

— Princesa é o caralho, com todo respeito né! Ela é MEU pão de mel! — Clebin anuncia e Marcão revira os olhos.

— Deixa disso Clebin, tu não tem chance não... Acho que essa vai ficar pro Marcão. — Luiza comenta e eu morro de vergonha enquanto eles olham pra mim.

— Na real princesa, nois já tem que vazar. Tamo indo ficar de vigia lá nas entrada hoje.

— Sério??

— Aham, zero baile pá nois. Mas baguncem ai! Não tanto também... — Ele me encara e os dois saem andando.

Eu e Luiza continuamos dançando ao som da batida do funk.

Eu pego outro copo pra mim e bebo mais.

As coisas já estão girando bastante agora...

— Lu, acho que já vou embora. — Aviso.

— Ah, eu queria ficar mais um pouco... Mas eu te acompanho.

— Não, não quero incomodar.

— Não vai incomodar Nala!

— Pode ficar, é pertinho. — Insisto.

— Tá, mas avisa quando chegar viu? — Ela me abraça e eu saio andando.

Dou alguns passos, mas meu estômago começa a embrulhar e tudo tá girando, não sei mais pra onde tô indo.

Eu tô em um beco e me sento no chão, esperando que eu volte a ficar normal.

Mas tô passando mal...

Nem um minuto passa e umas pessoas se aproximam.

Três homens aparecem e começam a comentar coisas sobre mim.

— Que que uma benção dessa tá fazendo nas ruas essas hora?

— Tá sozinha a vadia...

Eles se aproximam e eu começo a chorar e meu corpo treme.

Merda!

Mocinha do ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora