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NALA

Ao chegar em casa, me lembro do jantar que combinei com as meninas e já me animo de novo.

Mando uma mensagem pra elas falando que já podem vir e em menos de dez minutos, elas aparecem.

Minha vó já tinha preparado tudo, ela ama visita em casa e ama ficar conversando.

— Na próxima temos que convidar a Leidy, minha amiga!

— Temos mesmo! — Concordo enquanto como o estrogonofe que ela fez.

— Nossa dona Maria! Essa comida sua tá muito boa! — Mia diz sorrindo enquanto come.

Mia parece bem melhor do que a última vez que a vi.

Parece mais feliz, com mais cor, sorrindo mais...

— Obrigado querida! Peguem mais comida!

— Imagina dona Maria! Deus abençoe. — Diz Luiza já satisfeita.

— Vó, esse estrogonofe tava muito bom mesmo!

— Obrigada minha neta!

Minha vó adora quando elogiam ela, a velinha gosta de uma atenção.

Depois de jantarmos, Mia fala um pouco sobre como tá melhor e feliz, que se sente livre e quer descobrir mais sobre si mesma.

Fico feliz por ela.

Enquanto isso, Luiza fala que já tá na seca tem tempos e que quer alguém novo.

Essa Luiza não tem o que inventar mesmo!

Depois de bastante conversa de garotas, elas vão pra casa e eu ajudo minha vó a limpar tudo e a lavar a louça.

— Boa noite querida!

— Boa noite vó! — Falo indo tomar banho enquanto ela foi pro quarto dormir.

Eu coloco meu pijama e me deito já ficando quentinha.

Fico pensando em Puma e no nosso beijo de hoje...

Assim, eu durmo.

***

Acordei feliz pra mais um dia.

Me levanto rápido e já vou tomar um cafézinho que minha vó fez mais cedo e como um pão com manteiga.

Coloco uma roupa e vamos lá que já já essa semana acaba.

Saio de casa feliz e em pouco tempo, já chego no trabalho.

Abro a porta e vejo Leidy.

Corro a abraçar e dar um beijo no rosto dela.

— Leidy!! Como você tá??? Puma disse que você ficou doente ontem, por isso não veio...

— Tô bem melhor Nala! Fiquei um pouco resfriada mas hoje já acordei bem melhor! Puma já saiu já.

— Que bom que você tá bem! Fiquei preocupada!

— Tá tudo certo! Tô indo fazer um bolo recheado aqui. — Olho pra bancada e parece que ela vai fazer bolo de fubá com goiabada.

— Posso comer um pedacinho quando ficar pronto?? — Falo sorrindo e querendo que ela diga "sim".

— Claro! — Ela sorri e eu vou pegar as coisas de limpeza pra começar o trabalho.

Todo dia tem folha de árvore pra eu varrer nessa sacada.

Até vejo um casal de passarinhos voando por entre as árvores.

Achei bem fofo.

O tempo passa que eu nem vejo.

Quando vou comer o bolo, Puma chega em casa.

— Chegou cedo... — Leidy comenta, ele olha pra mim mas só sobe as escadas.

Terminamos de comer o bolo, que tava uma delícia, e a campainha toca.

Leidy tá lavando louça, então eu atendo a porta.

Quando abro, vejo Patrícia de salto alto, com um vestido curto preto meio rasgado.

Ela tá toda arrumada e quando me olha, faz uma cara de desgosto.

— Licença queridinha? — Diz e eu dou licença.

Ela entra.

Puma aparece na escada e ela vai até os braços dele.

Ele me encara e quando ela chega perto, ele a beija.

Eu fico em choque sinceramente.

Eles vão indo pra direção do corredor se beijando até que somem de vista.

Algo dentro mim doeu com aquilo... Doeu mesmo.

Não sei o que pensar, nem o que fazer, eu devia fazer algo?

Não temos nada, mas, mas poxa.

Isso foi porque eu não quis ir mais pra frente com ele?

Ou uma demonstração dele mostrando que fica com todas e eu não posso ficar com ninguém?

Não sei se fico com raiva ou triste e só de pensar nele com ela lá em cima fazendo... É melhor nem pensar.

Pego minhas coisas, aviso Leidy que preciso ir e saio rápido dali.

No caminho pra casa eu tô tão longe da realidade que nem vejo por onde passo.

Quando percebo, esbarro em alguém.

— Desculpa... — Digo baixinho com a cabeça voando.

— Eai princesa. — Marcão sorri.

— Ah, oi Marcão.

— Oi! Quanto tempo nois não conversa.

— É...

— Tá tudo bem? Tu parece meio perdida na maionese...

— Acho que tô bem. — Dou um sorriso falso.

— Quer dar uma volta?

— Pode ser. — Concordo e começamos a andar em silêncio.

Quando chegamos em uma parte que não tinha ninguém passando, eu tomo coragem.

Me aproximo da boca dele e o beijo, querendo sentir aquela mesma intensidade que sinto com Puma.

Querendo só esquecer o que eu vi e o que ele deve estar fazendo essas horas.

Nossas línguas se encostam e começamos a nos beijar.

As mãos dele ficam na minha cintura e vão pra minha bunda logo depois.

Eu o beijo intensamente e foi muito bom!

Fico com vontade de fazer mais do que aquilo, só de raiva.

Mas eu sei que estaria agindo errado e me arrependeria depois.

Quero que a primeira vez seja algo especial... Mas não sei se vai ser mesmo.

Paramos de nos beijar por causa da falta de ar.

— Uou! — Ele fala e eu sorrio tímida.

— Tenho que ir! Até depois Marcão! — Falo indo direto pra minha casa, antes que eu perca a cabeça mais ainda!

Mocinha do ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora