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NALA

— Vou te soltar nessa casa, e aqui você vai ficar! Entendido? — Meu pai diz bravo e eu aceito.

Ele tira as cordas do meu braço e eu já me sinto bem por poder sair daquela cadeira.

Consigo respirar melhor e me sinto livre, mesmo estando presa nessa droga de casa!

Preciso arranjar um jeito de fugir... De falar pra alguém onde eu tô, se não nunca vão me achar...

— Tu vai ficar nesse quarto! E não me apronte nada, que tem gente pra caralho em volta, se tu quiser sair, vai morrer! Igual a tua mãe. — Ele fala mais alto e me tranca aqui.

Me sento na cama, dou uma olhada em volta e depois levanto indo ver pra fora da janela.

Eu tenho que sair...

Vejo alguns homens um pouco mais pra frente.

Devem ser amigos do meu pai... Ele sempre andava com uma galera estranha desse jeito.

Pela janela não dá pra fugir... É muito pequena e realmente tem vários homens aqui... Tenho que pensar em outra coisa!

Penso, penso, penso, mas na verdade... Eu só quero saber como tá a minha vó e o Puma...

Será que eles sabem que eu não tô mais em casa, que eu sumi?

Será que alguém tá mesmo me procurando e tentando me achar?

Tenho que pensar que sim... Porque eu não consigo fazer que nem o Puma e bater em todo mundo e matar geral no soco.

Preciso de ajuda pra sair daqui...

Eu começo a bater na porta, tentando fazer com que alguém venha me buscar.

— OOOOI! ABREEE! TÔ COM FOME! MUITA FOME! — Minto e depois de uns dois minutos gritando, um cara horrível abre a porta pra mim.

— QUE PORRA VADIA! VEM! — Fala me puxando pelo braço, me machucando, e me leva até a cozinha.

Eu dou uma olhada em volta.

Tá lotada de homem, mas eu não ligo, só quero ir embora!

Na verdade... Ligo sim, porque eles me olham de um jeito que eu me sinto muito desconfortável...

Fico com medo de algo acontecer...

Se Puma ao menos estivesse aqui pra me proteger... Mas por enquanto eu tô sozinha...

— Essa tua filha não para de gritar que tá com fome! — O cara diz e meu pai me olha bravo.

— Senta aqui porra e come alguma merda! — O cara me leva até a cadeira e eu começo a comer umas batatinhas que tem ali.

Só tem batatinhas e cerveja.

Deve tá todo mundo bêbado por aqui, tenho certeza!

Aproveito pra dar mais uma olhada pela casa sem que ninguém perceba, mas não vejo nada muito importante e nada que me tire daqui.

E nem adianta correr que eles correm mais rápido.

Cada um tem uma arma, mas nem atirar eu sei!

Meu Deus, que que eu faço agora?

— Come mais! Tava com tanta fome caralho, agora come tudo! — O filho da puta horrível me olha e eu volto a comer.

Ele se senta do meu lado e é na hora que eu vejo um celular no seu bolso.

Tenho que bolar um jeito de pegar esse merda e ligar pra alguém.

Eu morro mas não fico presa aqui pra sempre não!

Decido jogar as batatinhas no chão de propósito.

— PORRA MULHER!

— Foi sem querer! Sem querer moço. — Falo assustada e me abaixo pra pegar as batatinhas.

Ele também se abaixa e é a hora que eu pego o celular.

A adrenalina toma conta do meu corpo e eu ponho o celular na cintura.

A camisa que tô usando é larga então tá tudo bem, acho que ninguém vai perceber.

Eu tento me manter calma, mas na verdade tava surtando por dentro.

Quase começo a tremer e desse jeito alguém vai perceber...

— Tenho que ir no banheiro! — Falo rápido e eles me olham.

— Depois! — O cara diz e eu o encaro.

— É urgente!

— Eu lá ligo se é urgente ou não vagabunda?

Eu olho pro meu pai achando que ele vai me defender ou sei lá, mas ele não tá nem um pouco preocupado com isso.

— Tô menstruada.

Esse é o argumento pra acabar com toda essa merda de proibição de ir no banheiro.

O cara me encara bravo.

— Vamo então vadia! — Diz me apertando de novo pelo braço e me jogando pra dentro do banheiro. — Tô na porta, não tente nenhuma gracinha porra!

É ele fechar a porta que eu pego o celular.

Não tem senha e eu agradeço por isso!

Ligo pro número do Puma, que eu tinha gravado na cabeça e ele atende na mesma hora.

Sinto uma paz maluca ao ouvir aquela voz...

Aquela voz me faz ficar em bem, que faz eu saber que vai dar tudo certo...

Aviso onde eu tô, mas parece que falei alto demais, porque o cara começa a bater na porta e consegue abrir.

— SUA VADIA! DEVOLVE ESSA MERDA! — Ele se aproxima me dando um soco na cara e pega meu braço, me levando pra sala novamente. — A merda da sua filha tava falando no celular! — Conta pro meu pai, que já deve tá na décima latinha.

— Faça o que quiser!

Ao escutar isso, meu coração acelera.

Começa a bater rápido.

Muito, muito rápido.

Caralho!

Não, não, não!

— NÃO, POR FAVOR! — Digo quando o filho da puta me arrasta e me joga no quarto.

Ele tranca a porta e eu só fico no canto e começo a chorar.

— Vai ver a puta que você é agora! — Ele se aproxima.

— PARA! Por favor... — Digo cobrindo meu rosto com a mão.

— Vamo se divertir um pouco só... Você vai gostar! Eu já volto! — Ele sai e eu começo a rezar.

Por favor que o Puma chegue logo... Por favor!

Depois de uns minutos, o cara volta.

— Tira toda a roupa! — Eu o encaro chorando. — TIRA CARALHO!

Eu começo a tirar devagar enquanto tremo.

— Por favor... — Peço mas ele não tá nem ai.

— VAI LOGO!

Eu tiro tudo enquanto fico no canto.

Ele se aproxima de mim e me vira, fazendo eu ficar de costas pra ele.

— Por favor... — Eu imploro chorando e escuto ele abrir a calça.

***

1K DE COMENTÁRIO!!!!

Só fui ver agoraaaa, desculpa pela demora e obg por todos que comentaram!!!

Querem saber o que vai acontecer no próximo cap????

Mocinha do ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora